Estoril - Jorge; Rui Duarte, Amoreirinha, Dorival e João Pedro; Yuri (Vargas, aos 68min), Elias, Pinheiro e Hugo Santos; Arrieta (Buba, aos 92min) e João Paulo (Moses, aos 68min)
Boavista Carlos; Nélson, Hélder Rosário, Cadú e Carlos Fernandes (Guga, aos 84min); Tiago e Lucas; Zé Manel, João Pinto (Toñito, aos 66min) e Diogo Valente (Cafú, aos 78min); Hugo Almeida
Segundo jogo com o Estoril esta época e o Boavista volta a perder pontos, podendo, tal como no jogo da primeira volta, queixar-se exclusivamente de si próprio. Apesar de não ter feito uma grande exibição, sendo uma equipa menos pressionante e ambiciosa relativamente aos últimos encontros, os "axadrezados" apontaram três golos fora de casa, o que deveria ser suficiente para levar de vencida à frágil formação estorilista. Mas não. Dois erros de Nélson e mais um tento sofrido num lance de bola parada quase conduziam à derrota, não fosse, mais uma vez, a força psicológica de uma equipa que acredita sempre a evitar aquilo que o Estoril não justificou. No que concerne à história da partida propriemente dita, o jogo começou morno, mas com o Boavista a ameaçar a baliza de Jorge, com um remate, à meia-volta, de Diogo Valente. Jaime Pacheco voltava a apostar em João Pinto e fazia alinhar Hugo Almeida, jogador importante no futebol aéreo e que foi o melhor em campo por parte do BFC. Quanto ao primeiro, mesmo não apresentando grande rapidez de movimentos, acabou por, nos cerca de 65 minutos que jogou, realizar uma actuação razoável, procurando ser o organizador do jogo "axadrezado". Foi aos 14min que o Estoril, na sequência de um canto que não deveria ter existido (Carlos sofreu falta no lance que o precedeu), chegou ao 1-0: Dorival aproveita a falha de marcação da defesa boavisteira e inaugura o marcador. O Boavista passa então por uma fase de alguma instabilidade, não conseguindo assentar o seu jogo. Zé Manel era dos poucos que mostrava alguma lucidez, procurando abrir o jogo na direita. Quanto ao meio-campo, Lucas falhava alguns passes e a bola raramente chegava aos pés de João Pinto. Todavia, aos 25min, após passe de João Pinto, Hugo Almeida recebe a bola com o peito, vira-se e, deixando a bola embater somente uma vez no relvado, efectua um remate excelente de pé esquerdo, apontando um "golaço". O Boavista anima e consegue, finalmente, o domínio do encontro. Aos 33min, na marcação de um livre, Hugo Almeida remata forte e leva a bola, caprichosamente, a chocar contra o poste. Jorge estava batido. Quase a fechar o primeiro tempo, bom trabalho de Zé Manel, que flecte da esquerda para o centro e remata, em jeito, um pouco ao lado do alvo. O intervalo chegava com o Boavista a terminar melhor e a prometer mais. Na segunda parte, o nosso clube deu continuidade, nos primeiros 10 minutos, ao domínio da fase final da etapa inicial. De destacar um cabeceamento perigoso de Hugo Almeida, respondendo a um passe longo de João Pinto. Nos 20 minutos seguintes, talvez acusando alguma fatiga de alguns dos seus jogadores (Lucas, João Pinto, Diogo Valente, Nélson), o Boavista deixou de criar perigo. Voltou a acusar fragilidade nos lances de bola parada e o sector defensivo não mostrava segurança. Carlos Fernandes não conseguia travar Arrieta, Hélder Rosário denotava dificuldades no jogo aéreo e Nélson não lançava o ataque (ao contrário do que é costume). Jaime Pacheco reagiu, se bem que devesse ter realizado as alterações mais cedo, substituindo João Pinto por Toñito, na tentativa de fornecer maior cutilância ao ataque. Apesar de o espanhol não conseguido pegar no jogo "axadrezado", a verdade é que a entrada do número 10 acabou por animar o sector mais avançado do Boavista. Alguns minutos depois, saía Diogo Valente e entrava Cafú. O treinador do BFC assumia um novo sistema táctico; um 4-4-2, com Toñito na direita, Zé Manel na esquerda e Cafú a juntar-se a Hugo Almeida no ataque. E, precisamente na altura em que o Boavista começava a pressionar o Estoril, procurando os três pontos, um passe errado de Nélson com o pé esquerdo isola Arrieta que acaba por (re)colocar na liderança do marcador quem não merecia. No entanto, o Boavista não desanimava e, após Pacheco ter trocado Carlos Fernandes por Guga, passando este último para a direita do ataque, com o Boavista a apresentar apenas 3 defesas (Nélson mudava para o flanco esquerdo), Zé Manel arranca um golo verdadeiramente fenomenal: toque com o pé esquerdo e, sem deixar cair a bola, a meio do meio-campo estorilista, o ex-Paços de Ferreira arranca um remate espectacular, sem quaisquer hipóteses para Jorge. Pensava-se que tinha sido o estímulo de que o BFC necessitava, mas, quase de seguida, novo erro de Nélson, que perde a bola, em zona compremetedora, para Vargas, este faz o passe para a Arrieta, que, em posição muito duvidosa, bisa sem dificuldades. Poderiam os adeptos do Estoril estar convecidos que o encontro estava ganho, mas o Boavista, mostrando o seu crer e garra habituais nos minutos finais, volta a empatar: Nélson, atenuando os dois erros que deram 2 golos ao Estoril, coloca o esférico na grande área, onde Hélder Rosário aparece, de cabeça, para o tento da igualdade, salvando uma exibição que, a nível pessoal, esteve longe de ser brilhante. Ainda tentou o BFC a reviravolta, mas o tempo que faltava para o concluir da partida acabou por ser insuficiente. Foi, de facto, pena o Boavista não ter arrecado o três pontos, numa partida em que tinha condições para vencer de forma confortável. No entanto, apesar dos erros defensivos que voltaram a ser cometidos, fica a imagem de uma equipa que nunca se deixa abater.
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
Páginas relacionadas com o Boavista
Boavista Futebol Clube (Oficial)
Madeinox Boavista - Página Oficial
Fórum "Ser Boavista Amar Boavista"