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Gil Vicente Paulo Jorge; João Pereira (Braima, aos 76min), Gregory, Rovérsio e João Pedro; Elias (Luís Coentão, aos 66min), Bruno Tiago e Gouveia; Nandinho (Carlos Carneiro, ao intervalo), Mateus e Carlitos
Treinador: Ulisses Morais
Boavista William; Manuel José, Hélder Rosário, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Tiago e Lucas; João Pinto (Tomas Oravec, aos 77min); Paulo Jorge (Cissé, aos 91min) e Zé Manel (Rui Duarte, aos 22min)
Treinador: Carlos Brito
E já vão sete vitórias!!!
Na sempre difícil deslocação a Barcelos, o Boavista, mostrando grande inteligência e abnegação, bateu o Gil Vicente por uma bola a zero, valendo o golo de João Pinto, logo aos 9 minutos, através de um excelente golpe de cabeça (mais um...) na sequência de um livre bem marcado ao segundo poste por parte de Manuel José. O relvado ensopado foi um claro obstáculo ao estilo de jogo apoiado do BFC, acabando por, de certa forma, beneficiar um Gil Vicente que baseia quase todo o seu futebol em lançamentos longos, geralmente m direcção do único jogador barcelense que, ontem, conseguiu, verdadeiramente, criar perigo: Carlitos. Todavia, a total entrega e determinação dos homens da Pantera acabou por compensar esse factor, destacando-se JVP de entre um colectivo que foi isso mesmo, um colectivo. O grande artista, não obstante a bola, amiúde, prender em demasia no relvado, foi um elemento fulcral na acção ofensiva da equipa de Carlos Brito: tentou pressionar em terrenos mais adiantados (nunca deixando de respeitar, porém, o rigor táctico axadrezado), ganhou bastantes bolas, o que permitiu ao BFC iniciar uma boa parte dos seus ataques, e, com o esférico nos pés, soube gerir, com mestria, a posse de bola, sabendo alternar entre excelentes aberturas para as alas e tentativas de penetração, descaindo, sobretudo, para a esquerda e recorrendo ao seu poder de finta. O tento foi, pois, a cereja no topo do bolo. E João Pinto já leva nove golos marcados nesta Liga...
Em traços gerais, quando o encontro ainda estava numa fase de alguma indefinição, o Boavista inaugurou o marcador, com o tal golo do seu capitão. A partir desse momento, e, praticamente, até cerca da meia-hora da primeira parte, o Gil Vicente tomou conta das operações do encontro, tendo em Carlitos, como já foi referido, a peça-chave de toda a manobra ofensiva. O extremo gilista foi uma autêntico quebra-cabeças para a defensiva boavisteira. Todavia, o BFC acabou por conseguir estabilizar o seu jogo, graças ao domínio do meio-campo (Tiago esteve muito bem em termos posicionais, aparecendo sempre que era necessário para fechar as linhas de passe e cortar bolas, Paulo Sousa e Lucas foi dois guerreiros, lutando imenso e jogando a um ritmo elevado, além de o ex-estorilista ter lançado, principalmente na sua segunda parte, alguns ataques rápidas), aproveitando, também, a lentidão do distribuidor de jogo adversário (Gouveia), à exibição de JVP e ao reforço do lado direito da defesa, com a entrada de Rui Duarte para o lugar de Zé Manel (o número 7 saiu muito queixoso, ele que já havia sido substituído frente ao Rio Ave devido a lesão). Por isso, a primeira parte terminou de forma relativamente tranquila para o Boavista, sendo, porém, de destacar um livre perigosíssimo, em posição frontal, apontado por Manuel José e que fez passar a bola muito perto do poste esquerdo da baliza à guarda de Paulo Jorge. A segunda parte acabou por dar continuidade ao final da primeira, com um Boavista seguro, consistente, capaz de travar, com maior ou menor dificuldade, as iniciativas ofensivas dos da casa, que nem com a entrada de um ponta-de-lança fixo (Carlos Carneiro) conseguiram criar grandes situações de perigo. Foi, aliás, o Boavista que, na etapa complementar, com aberturas feitas por Paulo Sousa (na direita) e Areias (na esquerda), solicitando jogadores como Manuel José, João Pinto ou Paulo Jorge, conseguiu gizar contra-ataques que se poderiam ter traduzido em oportunidades claras de golo, não fossem as falhas no último passe. Entretanto, Carlitos, agora no flanco direito, significava imensas dificuldades para Areias, mas a irreverência do número 7 do Gil Vicente não foi devidamente acompanhada pelos colegas de equipa.
ANÁLISE TÁCTICA
Em mais um duelo fora de casa, Carlos Brito voltou a apostar num 4-3-1-2 baseado na mobilidade e rapidez dos homens da frente, na criatividade e na capacidade de aparecer com perigo na área por parte de JVP e na solidez de um meio-campo prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />
Quanto ao Gil Vicente, ao contrário do que o Notícias do Bessa antevira, Ulisses Morais, ao invés de apostar, desde o início, numa fase de ataque alargada, dediciu prescindir de Carlos Carneiro, para jogar com um ataque móvel (Nandinho, pela direita, Mateus, pelo meio, e Carlitos, pela esquerda) e, simultaneamente, colocar mais um elemento no meio-campo (Elias). Todavia, essa opção acabou por não ser acertada, visto que, mesmo com três homens, o meio-campo gilista foi quase sempre inferior ao sector intermediário axadrezado. Todavia, à entrada para o segundo tempo, Carlos Carneiro regressou à equipa, saindo o desinspirado Nandinho. Carlitos passou para a direita, Mateus descaiu para a ala canhota e Carlos Carneiro assumiu-se como referência ofensiva. Todavia, o ponta-de-lança ex-Paços de Ferreira pouco mais fez do que tentar abrir espaços, algo que não conseguiu.
DESTAQUES INDIVIDUAIS E COMENTÁRIOS FINAIS
João Pinto continua, sem dúvida, a espalhar todo o seu talento pelos relvados nacionais durante esta época. Depois de uma temporada decepcionante, fruto de um estilo de jogo que em nada o beneficiava, o internacional português encontrou, com Carlos Brito ao leme, a liberdade e o espaço para fazer uso de toda a sua qualidade técnica, criatividade e, também, capacidade finalizadora. É, actualmente, o quinto melhor marcador da Liga e um dos jogadores mais valiosos da competição. No entanto, não foi apenas JVP que se destacou, até porque, para o número 12 do BFC jogar solto (nas funções em que se sente, realmente, à vontade), tem sido fundamental a acção, nos últimos jogos, do centrocampistas. E, ontem, isso também se verificou. Paulo Sousa, depois de uma actuação infeliz diante do Rio Ave, regressou às boas exibições. Lutou imenso, recuperou muitas bolas, fechou os espaços na zona interior direita e, sobretudo na segunda parte, lançou, com passes bem medidos, Manuel José e João Pinto, pelo flanco direito, iniciando-se, deste modo, ataques rápidos dos axadrezados. Lucas, não obstante, no primeiro tempo, ter falhado alguns passes, o que significou perdas de bola que poderiam ter sido comprometedoras, também foi decisivo pela (habitual) abnegação demonstrada, melhorando a sua produção (à semelhança da maioria dos campanheiros) na segunda parte. Tiago, por sua vez, denota, claramente, mais facilidades a jogar neste esquema de 4-3-1-2 (relativamente ao 4-2-3-1 apresentado na primeira volta, em que, juntamente com Lucas, tinha de assumir as despesas do meio-campo), tendo sido um importante ponto de equilíbrio da equipa. Apenas no capítulo do passe a 20,
Outro destaque é o quase incontornável Manuel José. Se, na fase inicial, da partida, sentiu algumas dificuldades para travar Carlitos, o ex-setubalense foi, aos poucos, estabilizando a sua exibição, colocando-a ao nível de encontros anteriores. Quando passou a ter funções mais ofensivas, fruto da entrada de Rui Duarte, cumpriu, na perfeição, as tarefas que lhe foram incumbidas: tentou abrir espaços com penetrações pelo flanco direito do ataque, combinando bem com JVP, e, no aspecto defensivo, foi um precioso auxílio quer a Rui Duarte, quer a Paulo Sousa. Além disso, foi do seu pé direito que surgiu o cruzamento para o golo de JVP, tendo, também, apontado um livre com grande perigo. Uma vez mais, Manuel José foi fulcral, pela sua garra e pelo ritmo elevado que apresenta durante a totalidade da partida, na estratégia engendrada por Carlos Brito.
No sector defensivo, Cadú esteve imperial, minorando os efeitos da importante ausência de Hélder Rosário, ganhando todos os duelos. William mostrou segurança e foi decisivo ao arriscar duas saídas: na primeira, conseguiu evitar que um atraso demasiado curto de Hélder Rosário fosse recolhido por Mateus; na segunda parte, perante o mesmo Mateus, interceptou, por duas vezes, o esférico, acabando por ceder lançamento. Nos cruzamentos, o guarda-redes não denotou hesitações (ao contrário do que aconteceu, por exemplo, nos primeiros minutos da recepção ao Rio Ave), blocando a bola, na maior parte das ocasiões, sem grande dificuldades). Areias, por sua vez, esteve nos aspectos mais positivos do BFC, mas, também, nos aspectos menos positivos. Por um lado, à semelhança de Paulo Sousa no lado oposto, conseguiu fazer, com eficácia, a transição para o ataque, através de passes seguros e com precisão. Por outro lado, Carlitos, no segundo tempo, foi sempre um foco de problemas, sendo o lateral-esquerdo, em algumas situações, batido pela rapidez do gilista. Todavia, o jogo terminou com relativa tranqulidade para o esquerdino. Rui Duarte, apesar de não ter sido titular, foi importante no segurar do triunfo. Deu grande consistência defensiva ao flanco direito e raramente errou.
Falando, agora, da arbitragem, o trio liderado pelo sr. Duarte Gomes teve uma actuação relativamente positiva na primeira parte, ajuizando bem a maioria dos lances. No entanto, no segundo tempo, a bitola não se manteve. Os dois lances em que os adeptos da casa pediram grande penalidade não parecem ser merecedores de sanção de falta, uma vez que, no primeiro, o contacto entre Areias e o jogador gilista não parece suficiente para ser assinalado o castigo máximo (aliás, se essa jogada tivesse sido punida com falta, então situações em que jogadores do BFC, sobretudo JVP e Cadú, foram agarrados na grande área adversária, na sequência de lances de bola parada, também seriam passíveis de grande penalidade), enquanto que, no segundo lance, Tiago intercepta a bola com o peito e não com o braço. Todavia, a actuação do trio de arbitragem, na etapa complementar, fica negativamente marcada pela dualidade de critérios na marcação de faltas, em claro prejuízo do BFC. Por exemplo, João Pereira, depois de ter visto o cartão amarelo, cometeu três faltas nítidas, possivelmente puníveis com a amostragem da segunda cartolina amarela, que passaram
Para terminar esta crónica, resta afirmar que o resultado final se pode considerar justo, em muito devido à capacidade de luta e de sacrifício do Boavista, que soube fazer face às adversárias colocadas por um Gil Vicente que necessita desesperadamente de pontos e por um relvado inadequado à realização de um jogo de futebol. Carlos Brito, uma vez mais, é merecedor dos maiores elogios, por ter implementado um sistema táctico que confere muito mais consistência à equipa na ocupação dos espaços quando não tem a bola em seu poder, sem descurar a qualidade na gestão da posse do esférico (que, ontem, não foi tão evidente como em jogos anteriores, devido ao facto de o campo do Gil Vicente se encontrar completamente ensopado).
Ficam aqui algumas fotos de um jogo em que o apoio dos adeptos boavisteiros (que compareceram em Barcelos em muito bom número), com especial ênfase para os Panteras Negras, foi praticamente incessante.
No exterior do estádio...
O "aquecimento" do Boavista...
O jogo prestes a começar...
VIVA O BOAVISTA!!!
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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