Após nova paragem do campeonato para compromissos das selecções, a Liga regressa ao Estádio do Bessa Século XXI com a reedição de um jogo que, diríamos, é sempre de alto risco, após uma temporada na qual o Vitória de Guimarães disputou a Liga Vitalis. Agora, os vimaranenses partem para o encontro na cidade do Porto no 3.º lugar. O Boavista, por seu lado, ainda não ganhou e precisa, urgentemente, de uma vitória para começar a "fugir" da zona "perigosa" da tabela classificativa. Um desafio muito intenso em perspectiva, portanto, que marca, também, a "estreia" do Eng. Joaquim Teixeira na tribuna presidencial, lado-a-lado com o antecessor e ainda presidente da SAD, Dr. João Loureiro.
É num momento de crise que surge o confronto diante dos minhotos e nada melhor que uma vitória para animar as hostes "axadrezadas". Nos últimos encontros, o Boavista, embora os resultados não o indiquem, apresentou um nível qualitativo no futebol praticado, sobretudo em termos ofensivos, mais elevado, do melhor, aliás, que produziu esta época. Os 3 golos em casa contra o Setúbal e o tento de Jorge Ribeiro na Luz, aliado às muitas oportunidades flagrantes construídas na primeira parte, são os indicadores do "crescimento" exibicional da equipa. No entanto, a falta de consistência do meio-campo em termos defensivos (num sector em que Jorge Ribeiro, apesar de ser um defesa-lateral de origem, é um jogador essencialmente vocacionado para a construção de jogo e para as manobras de apoio ao ataque de modo a explorar a meia-distância), onde Diakité, o seu "vértice" mais recuado, tem desiludido porque tem evidenciado um péssimo sentido posicional e um inoportuno tempo de entrada à bola, o que permite conceder muitos espaços aos jogadores mais ofensivos das equipas adversários, expondo excessivamente os dois centrais. Ou seja, ainda para mais frente a uma formação, habitualmente jogando em 4-2-3-1, que conta com jogadores criativos como Fajardo (que deverá ser o playmaker escolhido por Manuel Cajuda) e Ghilas (possível opção para render o lesionado Miljan Mrdakovic no centro do ataque) e João Alves como médio de transição, o Boavista terá de apresentar uma muito melhor ocupação dos espaços a meio-campo e, também, procurar pressionar mais alto no terreno, de modo a impedir que o Guimarães consiga transportar a bola para o ataque e construir jogo a seu bel-prazer. Além disso, o BFC tem de ter em atenção as diagonais dos dois extremos (Alan e Carlitos, embora Ghilas, Desmarets e Targino também sejam alternativas), aliadas à mobilidade do homem mais adiantado (que, como atrás referido, deverá ser Ghilas, mas também poderá ser Rabiola).
Para terminar, aproveitando as palavras de Jaime Pacheco na conferência de imprensa de ontem, ficam os desejos de arbitragem feliz e isenta de erros do trio liderado por Lucílio Baptista (que tem tido grande infelicidade nos encontros que dirige do Boavista, como é exemplo a recente recepção à Académica, em que ficou por marcar uma grande penalidade clara a favor dos "axadrezados" no período de compensação da segunda parte).
Os "onzes" prováveis são:
Boavista - Peter Jehle; Rissutt, Ricardo Silva, Marcelão e Mário Silva; Fleurival, Diakité e Jorge Ribeiro; Mateus, Fary e Grzelak
Treinador: Jaime Pacheco
Vitória de Guimarães - Nilson; Andrezinho, Radanovic, Geromel e Luciano Amaral; Flávio Meireles e João Alves; Fajardo; Carlitos, Ghilas e Alan
Treinador: Manuel Cajuda
O Notícias do Bessa pede aos boavisteiros que apareçam em grande número no Estádio do Bessa Século XXI e apoiem a equipa neste momento delicado, em que, obviamente, a união é fundamental.
FORÇA BOAVISTA!!!
Equipas prováveis
Boavista - Carlos; Gilberto, Ricardo Silva, Marcelão e Jorge Ribeiro; Fleurival, Diakité e Gajic; Mateus, Bangoura e Grzelak
Treinador: Jaime Pacheco
Vitória de Setúbal - Eduardo; Janício, Robson, Auri e Adalto; Elias, Sandro e Ricardo Chaves; Cláudio Pitbull, Edinho e Matheus
Treinador: Carlos Carvalhal
O Boavista recebe amanhã o Vitória de Setúbal, num jogo entre uma equipa que ainda não venceu em encontros oficiais nesta época e uma das sensações desta temporada em Portugal, sem qualquer derrota no percurso. Esta partida marca, também, a "despedida" de João Loureiro enquanto presidente do Boavista em encontros disputados no Estádio do Bessa Século XXI.
Para amanhã, Pacheco, dentro do habitual 4-3-3, deverá lançar um organizador de jogo, o sérvio Milan Gajic (que entrou ao intervalo no nulo contra o Estrela), no lado esquerdo do meio-campo, recuando Jorge Ribeiro para lateral-esquerdo, tudo isto em virtude da lesão de Mário Silva e da suspensão de Moisés até ao próximo dia 5 de Janeiro. Outra alternativa que tem sido aventada passa pela colocação de Mateus em zona mais central (como aconteceu na parte final do jogo com o Belenenses), entrando Edgar ou Zé Kalanga para o flanco direito do ataque. De resto, as outras alterações também envolvem o sector defensivo, com Gilberto a render o castigado Rissut na lateral-direita e Marcelão, que cumpriu um jogo de suspensão frente ao Estrela, a voltar a formar dupla com Ricardo Silva.
Quanto ao Vitória de Setúbal, moralizado pelo 5.º lugar no campeonato e pela vitória diante do Benfica a meio da semana, Carlos Carvalhal também deverá apostar num esquema de 4-3-3, no qual se destaca a capacidade de desdobramento do meio-campo (que conta com um tridente que mostra eficácia quer na ocupação dos espaços e na recuperação da bola, quer na transição rápida para o ataque) e uma frente de ataque em que os dois alas, Pitbull e Matheus, são exímios a aproveitar o arrastar de marcações pelo ponta-de-lança Edinho, surgindo, através de diagonais, frequentemente na zona de finalização (e é por isso que Matheus é o melhor marcador dos sadinos).
Para o encontro de amanhã, prevê-se, naturalmente, uma tarefa árdua para a equipa do Boavista somar a primeira vitória e, assim, começar a afastar-se da zona mais perigosa da tabela classificativa. Há que, por isso, manter os bons pormenores que a equipa evidenciou na semana passada na Amadora, procurando ganhar o meio-campo (frente ao Vitória de Setúbal essa zona do terreno será especialmente importante na definição das "operações" do encontro) e, assim, impor o ritmo da partida e controlá-la. No último jogo em casa (derrota 2-4 contra o Belenenses), o Boavista não conseguiu vencer não porque tivesse apresentado mau futebol (construiu um volume de jogo em termos ofensivos com a quantidade e, a espaços, a qualidade necessárias para conquistar os três pontos), mas, sim, porque, quando o adversário partia para o ataque, o meio-campo se apresentava demasiado passivo e com os seus elementos a entrarem precipitadamente à bola, o que conceder aos jogadores do Belenenses demasiado espaço para, em boa situação para alvejarem a baliza, ensaiarem o remate. São erros que, portanto, não podem ser repetidos amanhã. Outro aspecto a corrigir frente ao Vitória de Setúbal prende-se com o aproveitamento das ocasiões de golo (ainda na última partidaquando, por exemplo, enviou duas bolas ao poste), já que os "axadrezados" apresentam uma eficácia baixíssima na concretização das oportunidades (muitas das quais bastante claras) de golo que consegue criar.
Com o clube em convulsão (espera-se que, a partir de 20 de Novembro, com a tomada de posse do engº Joaquim Teixeira, o BFC comece a recuperar alguma estabilidade) e a equipa de futebol em situação muito complicada na classificação, o Notícias do Bessa pede aos boavisteiros que compareçam em massa amanhã à tarde no Estádio do Bessa Século XXI, numa altura em que todo o apoio é fundamental!
FORÇA BOAVISTA!!!
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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