Quinta-feira, 30 de Março de 2006
U. Leiria 0 - Boavista 0: A UMA BOA PRIMEIRA PARTE SEGUIU-SE UM SEGUNDO TEMPO MUITO FRACO. FALTOU AMBIÇÃO PARA O BFC CONSEGUIR OS 3 PONTOS.

U. Leiria Costinha; Éder, Renato, Gabriel e Tixier; João Paulo, Harison e Alhandra (Touré, aos 62min); Maciel (Jaime Jr., aos 85min), Paulo César e Lourenço (Fábio Felício, aos 78min)


Treinador: Jorge Jesus


Boavista - William; Manuel José, Ricardo, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Tiago e Lucas; Zé Manel (Diogo Valente, aos 83min), João Pinto (Tomas Oravec, aos 89min) e Paulo Jorge


Treinador: Carlos Brito


O Boavista não foi além de um “nulo” na deslocação a Leiria. Apesar de, à partida, o empate não se afigurar como um mau resultado para os “axadrezados” (até porque o Nacional, o grande rival na luta por um lugar na Taça UEFA, empatou em casa), a verdade é que a primeira parte boavisteira no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, em que o BFC foi dominador perante uma União de Leiria que revelou algumas fragilidades, permitia concluir, ao intervalo, que o Boavista tinha “em mãos” uma excelente oportunidade para regressar às vitórias e aumentar para quatro pontos a vantagem sobre o Nacional. Todavia, a pouca ambição demonstrada no segundo tempo, aliada à inoperância, em termos de transporte e saída de jogo para o ataque, do meio-campo. Paulo Sousa, não obstante ter evidenciado a entrega e a generosidade habituais, esteve francamente mal no capítulo do passe e Lucas, também muito esforçado, após um início de encontro bastante prometedor, acabou por denotar pouca lucidez quando tinha o esférico em sua posse. Tiago (dos três centrocampistas, era aquele que menos responsabilidades tinha na transposição do jogo para sectores mais adiantados) foi o melhor elemento do meio-campo “axadrezado”.


            No ataque, enquanto que Paulo Jorge (um verdadeiro lutador) e João Pinto, apesar de ter jogado, literalmente, nas funções de ponta-de-lança (o que lhe coarctou liberdade para explanar a sua criatividade e capacidade técnica; em jogos anteriores fora de casa, JVP não foi tão obrigado a jogar entre os centrais adversários), mostravam garra e espírito de sacríficio (criando imensas dificuldades a Gabriel, Renato e Éder, principalmente no primeiro tempo), Zé Manel denotou alguma apatia, não emprestando a acutilância de que o lado direito do ataque necessitava. Foram, aliás, apenas dois os momentos em que o ex-pacense se destacou na partida de segunda-feira: na primeira parte, ao gizar um passe a rasgar a defensiva leiriense, direccionado a Paulo Jorge (que, perante Costinha, não conseguiu rematar em boas condições); na segunda parte, ao efectuar um cruzamento perfeito que João Pinto, por ter escorregado, não aproveitou.


            Quanto ao sector defensivo, William realizou um punhado de intervenções importantes, mantendo invioláveis as redes boavisteiras, Ricardo Silva assumiu-se, uma vez mais, como o “patrão” da defesa, Cadú, após um primeiro tempo durante o qual sentiu algumas dificuldades face aos rápidos contra-ataques da União, melhorou imenso na etapa complementar (precisamente, nos antípodas do que se verificou com o rendimento da equipa no seu conjunto), foi decisivo ao anular algumas iniciativas ofensivas do adversário, Manuel José, com menor pendor atacante do que é costume, conseguiu fechar, sem grandes problemas, o lado direito da defesa (nem Lourenço nem Alhandra conseguiram criar desequilíbrios), enquanto que Areias, no flanco “canhoto”, embora tenha subido, sobretudo no primeiro tempo, com bastante frequência pela sua ala, esteve muito inseguro a defender (a maior parte das investidas ofensivas da formação da casa surgiram pelo lado do esquerdino emprestado pelo FC Porto), cometendo alguns erros em termos de posicionamento.


            Em suma, foi um encontro durante o qual o Boavista apresentou duas “faces”. De equipa dominadora, descomplexada e, nos últimos 10 minutos da primeira parte, bastante pressionante, praticando um futebol muito agradável (graças à capacidade de circular a bola, mostrando profundidade ofensiva, no meio-campo adversário) e dispondo da mais flagrante oportunidade de golo de toda a partida (um remate ao poste por parte de João Pinto, na sequência de um centro preciso de Paulo Jorge), o Boavista passou, a partir do intervalo, a ser uma formação demasiado tímida e apática, “convidando” a União de Leiria a “crescer” dentro de campo e a subir no terreno.


 


ANÁLISE TÉCNICO-TÁCTICA


 


            Aproveitando a circunstância de João Pinto e Paulo Jorge voltarem a estar disponíveis, Carlos Brito regressou ao esquema de 4-3-3 (em jogos anteriores, desdobrável em 4-3-1-2) que valeu uma série de 7 vitórias consecutivas. Todavia, o “figurino” táctico do BFC apresentou algumas “nuances” que tornaram a disposição “axadrezada” no relvado do Municipal de Leiria diferente em relação às deslocações a Coimbra e a Barcelos, por exemplo. João Pinto, como atrás foi referido, jogou entre os dois centrais adversários, nas funções de um verdadeiro ponta-de-lança, o que não lhe permitiu surgir como elemento mais criativo da equipa. Lucas, o “vértice” esquerdo do meio-campo, jogou mais perto da linha lateral, o que acarretou a vantagem de permitir a Paulo Jorge flectir para zonas mais interiores (conseguindo algumas combinações com JVP), mas, simultaneamente, significou dificuldades acrescidas para Lucas, claramente, mais habituado a aparecer em regiões mais centrais do terreno. Além disso, ex-academista também teve de cumprir a tarefa de ajudar fechar, nas acções defensivas o flanco esquerdo, sobretudo na segunda parte, em que Areias, face ao recuo das linhas do BFC, foi obrigado, em certas ocasiões, a funcionar quase como terceiro central.


            Contudo, a maior crítica que poderá ser apontada a Carlos Brito, relativamente ao duelo de segunda-feira, reside no facto de ter “mexido” demasiado tarde na equipa (Zé Manel, por exemplo, deveria ter sido substituído há mais tempo), acabando por efectuar alterações muito pouco arrojadas (a entrada de um ponta-de-lança de raiz, Oravec, que só dispôs de cerca de 5 minutos em campo, não deveria ter implicado a saída de João Pinto, um dos elementos mais inconformados da equipa, mas, sim, de Paulo Sousa ou de Lucas, pouco eficientes a lançar o ataque, não obstante terem sido importantes na função de fechar os espaços ao sector intermediário adversário).


            Quanto à União de Leiria, Jorge Jesus, apesar de ter apostado num elevado número de elementos de características ofensivas, baseou a sua estratégia no contra-ataque, concedendo o domínio do encontro ao Boavista. O 4-3-3 apresentado visava o desdobramento, nas acções ofensivas, num 4-4-2 (com Alhandra a descair para a esquerda e Lourenço a flectir para o centro do ataque, nas “costas” de Paulo César), mas, na primeira parte, tal intento acabou por não se concretizar, graças à segurança evidenciada por Manuel José e à boa gestão da posse do esférico por parte do BFC. No entanto, a postura menos ousada dos “axadrezados” no segundo tempo permitiu, em algumas situações, esse desdobramento táctico à União.


ÚLTIMAS NOTAS


 


            É certo que o empate não compromete o objectivo europeu do Boavista (bem pelo contrário), mas, como tem sido mencionado ao longo desta análise, os “axadrezados” poderiam ter saído de Leiria com um resultado mais positivo e, mais importante, com uma vantagem mais confortável sobre o Nacional. A primeira parte da “Pantera”, mormente o último quarto-de-hora, em nada fazia antever uns segundos 45 minutos absolutamente paupérrimos e, por vezes, entediantes. A transfiguração para pior do Boavista ao intervalo é algo inexplicável, assim como o receio da equipa técnica em arriscar e “reanimar” o jogo boavisteiro no segundo tempo.


            Para os próximos encontros, a equipa terá de procurar seguir o exemplo dado no primeiro tempo, em que mostrou alguns momentos de grande qualidade, e evitar repetir o rendimento evidenciado na etapa complementar, durante a qual mostrou uma (falta de) ambição que pouco se coaduna com um candidato aos lugares europeus.


 


O Notícias do Bessa não deixou de marcar presença em mais um jogo do BFC; seguem-se algumas fotos tiradas no Estádio Municipal de Leiria.



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publicado por pjmcs às 15:17
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Sexta-feira, 24 de Março de 2006
Próximo Jogo

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Cartaz, uma vez mais, elaborado pelo nosso colaborador Nuno Porto, a quem voltamos a agradecer.


Depois do desaire caseiro da última jornada, o Boavista, agora que pode voltar a contar com João Pinto e Paulo Jorge (duas “peças” fulcrais na manobra ofensiva “axadrezada”), vai procurar regressar às vitórias, de forma a manter o 5.º lugar, que dará acesso à próxima edição da Taça UEFA. Pela frente, o BFC tem uma União de Leiria que conta com bons valores individuais e que está a protagonizar uma campanha bastante tranquila nesta Liga.


 


FORÇA BOAVISTA!!!


 



publicado por pjmcs às 22:25
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Sexta-feira, 17 de Março de 2006
Boavista X Belenenses - Antevisão

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Equipas prováveis:


Boavista – William; Manuel José, Ricardo Silva, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Tiago e Lucas; Diego Figueredo; Fary e Zé Manel


Treinador: Carlos Brito


Outros convocados: Khadim, Marco, Cissé, Hélder Rosário, Rui Duarte, Essame, Diogo Valente, Hugo Monteiro e Tomas Oravec


Belenenses – Marco Aurélio; Amaral, Rolando, Pele e Rui Jorge; Sandro Gaúcho, Ruben Amorim, Djurdjevic e José Pedro; Meyong e Silas


Treinador: José Couceiro 


Outros convocados: Pedro Alves, Gaspar, Vasco Faísca, Rui Ferreira, Fábio Januário, Paulo Sérgio, Ahamada e Ceará 


Depois da injusta eliminação da Taça de Portugal, a última quarta-feira, o Boavista regressa aos compromissos a contar para a Liga, com a recepção a um Belenenses muito motivado pela vitória da passada segunda-feira diante do Braga. 


Perante as ausências de João Pinto (circunstância com que o BFC já se debateu frente ao Sporting) e de Paulo Jorge, ambos castigados, Carlos Brito poderá apostar no sistema de 4-3-1-2 que apresentou em Alvalade, com Figueredo como “playmaker”, Fary (embora Oravec também seja uma possibilidade) e Zé Manel no ataque e apenas duas alterações relativamente a esse duelo com o Sporting: sairiam Cissé e Essame para entrarem Cadú e Tiago (que foram titulares contra o Setúbal). Todavia, a fraca exibição de Figueredo diante do Sporting e a melhor produção ofensiva “axadrezada” no segundo tempo desse encontro, principalmente após a saída do criativo paraguaio, podem levar o treinador do BFC a adiantar Manuel José no terreno, passando o Boavista a jogar com dois extremos e entrando Rui Duarte para lateral-direito. Nesse caso, Figueredo, ou um dos três médios de características defensivas (Paulo Sousa seria a hipótese mais provável), seria relegado para o “banco”.


Quanto ao Belenenses, José Couceiro deverá manter o 4-4-2 que teve sucesso diante do Braga, com José Pedro assumir a “batuta” do jogo ofensivo da formação lisboeta e Silas “solto” nas “costas” de Meyong, avançado móvel e com elevados índices de eficácia, tendo, por isso, de merecer uma especial atenção por parte da defensiva “axadrezada”. A única alteração passará, em princípio, pela entrada de Djurdjevic, para jogar a médio-interior esquerdo, rendendo o lesionado Pinheiro (Ruben Amorim passará, portanto, para médio-interior direito, ele que, diante do Braga, descaiu para o flanco oposto). 


Num teste que se prevê bastante exigente para o Boavista, não só pela qualidade do adversário, mas também pelo desgaste físico e psicológico que os 120 minutos em Setúbal, apenas três dias antes da recepção ao Belenenses, acarretam, o importante é que, independentemente da estratégia ou do jogador em que Carlos Brito aposte para fazer face à importante ausência de JVP, o Boavista consiga manter a solidez no meio-campo e a qualidade na gestão da posse de bola nos processos ofensivos que têm sido características dos “axadrezados” nesta segunda volta, mesmo nos encontros diante do Braga e do Sporting. Diante de um Belenenses que baseia o seu jogo no quarteto de centrocampistas, na criatividade de Silas e na capacidade de desmarcação de Meyong, será essencial que o sector mais recuado do Boavista não se desagregue, não perca organização perante a mobilidade do ataque belenense, que o meio-campo consiga ocupar devidamente os espaços e seja eficaz na transição do jogo para o ataque e que, em termos ofensivos, o BFC seja capaz de pressionar, abrir linhas de passe e zonas de penetração, de modo a criar situações de golo. Para isso, será importante o papel do(s) futebolista(s) que Carlos Brito escolha para a organização/distribuição de jogo: Figueredo ou, no caso de o paraguaio não jogar, a dupla Paulo Sousa e Lucas, tendo este último, se Figueredo não for titular, maior liberdade para participar nas iniciativas ofensivas da equipa.


Além disso, o Notícias do Bessa pede uma boa casa para receber uma equipa “axadrezada” que, num momento sempre difícil como é a eliminação da Taça, necessita, mais do que nunca, do apoio dos boavisteiros.


FORÇA BOAVISTA!!!



publicado por pjmcs às 18:23
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Quarta-feira, 15 de Março de 2006
Taça de Portugal: Vit. Setúbal X Boavista: O ONZE "AXADREZADO"

Faltam poucos minutos para o Boavista entrar em campo nos quartos-de-final da Taça de Portugal, precisamente no terreno onde, no ano passado, se “esfumou” o “sonho” boavisteiro de ir ao Jamor. Esta época, todavia, a deslocação a Setúbal para a Ligatraz excelentes recordações, uma vez que foi no Estádio do Bonfim que o BFC se estreou a ganhar fora de casa no campeonato. Eis o onze escolhido por Carlos Brito para procurar ultrapassar mais uma etapa (a penúltima) rumo à final:


 


Khadim; Manuel José, Ricardo Silva, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Tiago e Lucas; João Pinto; Paulo Jorge e Zé Manel


 


No “banco”: William, Cissé, Rui Duarte, Essame, Diogo Valente, Fary e Oravec


 


De destacar os regressos de JVP, Cadú e Tiago, que cumpriram um jogo de “castigo” frente ao Sporting. O Boavista regressa, assim, à “equipa-base” da segunda volta do campeonato, à excepção de Khadim, que, hoje, remete William para o “banco”.


 


FORÇA BOAVISTA!!!



publicado por pjmcs às 14:51
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