No último dia de transferências na reabertura do mercado, o plantel do Boavista conheceu mais uma saída. Depois de, no fim-de-semana, ter ficado acertada a venda do guarda-redes Carlos aos romenos do Steaua de Bucareste, é a vez de Cafú sair. O internacional cabo-verdiano chegou a acordo com a SAD "axadrezada" para rescindir o seu contrato, que terminava no próximo mês de Junho, e assinar pelos germânicos do Sportfreunde Siegen, do segundo escalão teutónico.
O facto de Cafú não ser uma peça-chave na equipa (não era titular) e de o seu vínculo contratual expirar, como já foi referido, no final da presente temporada terão, provavelmente, influenciado a decisão da SAD em deixar sair o jogador.
Em comunicado, o BFC aproveitou para anunciar que o guarda-redes Marco e o ponta-de-lança Manuel, ambos já inscritos, na semana passada, na LPFP (juntamente com outros juniores: Rui Gomes, Gilberto, Bruno e Ricardo Neves), foram promovidos ao plantel sénior, o que significa que passarão a treinar às ordens de Carlos Brito (embora podendo alinhar pela equipa júnior caso não sejam convocados para os jogos da equipa principal do Boavista).
Face à postura, a todos os níveis, profissional e exemplar que Cafú sempre evidenciou ao serviço do Boavista, o Notícias do Bessa endereça votos de uma "aventura" bem sucedida do luso-cabo-verdiano na Alemanha.
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Mais uma saída...
Desta vez de um jogador que nos últimos jogos se tem exibido a grande nível.
Enfim, resta-nos desejar a Carlos as maiores felicidades e confiar que William e Khadim possam estar ao seu melhor nível.
Obs.: A notícia está confirmada no "site" do Steaua de Bucareste:
Cartaz elaborado, uma vez mais, pelo nosso colaborador Nuno Porto, a quem o Notícias do Bessa aproveita para agradecer.
Equipas prováveis:
Paços de Ferreira Peçanha; Mangualde, Geraldo, José Fonte e Fredy; Júnior, Paulo Sousa e Pedrinha; Júnior Bahia, Ronny e Rui Dolores
Treinador: José Mota
Boavista Carlos; Manuel José, Ricardo Silva, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Cissé e Lucas; João Pinto; Cafú e Zé Manel
Treinador: Carlos Brito
O Boavista joga, hoje à noite, no sempre difícil Estádio da Mata Real, a possibilidade de, pela primeira vez desde Março de 2002, fazer uma série de três vitórias consecutivas para o campeonato e, assim, continuar a sua reaproximação em relação aos lugares de acesso a provas europeias. Pela frente, terá um Paços de Ferreira que pretende corrigir a derrota caseira do último sábado, diante do Setúbal.
Para o duelo de logo à noite, Carlos Brito deverá manter a aposta no 4-4-2 losango que deu bons resultados nos últimos dois encontros. João Pinto continuará com acção livre, actuando nas costas de dois homens rápidos e móveis, Zé Manel (o melhor em campo contra o Estrela da Amadora) e, provavelmente, Cafú, rendendo Fary (devido à circunstância de a partida ser fora de casa, além de que Fary não tem estado feliz nos últimos jogos). Outra alteração que se poderá vir no onze será a inclusão de Cissé (de recordar que o jovem franco-malaio entrou, ao intervalo, no jogo da primeira volta com os pacenses, tendo-se assumido como um elemento fundamental no construir de um resultado volumoso 4-1 quando o BFC jogava apenas com 10 unidades), como trinco (médio mais recuado, à frente dos dois centrais), no lugar de Hélder Rosário, que protagonizou, diante dos amadorense, uma exibição fraca, sentindo imensas dificuldades na marcação ao criativo adversário (Rui Borges). De resto, Manuel José deverá manter a titularidade no lado direito da defesa (embora haja a possibilidade de jogar a médio interior, como aconteceu na derradeira meia-hora frente ao Estrela, passando Hélder Rosário para lateral-direito e Paulo Sousa para médio mais recuado).
Quanto ao Paços de Ferreira, José Mota continuará a utilizar o 4-3-3, não obstante a débacle diante do Setúbal, cujas principais virtudes residem na solidez e capacidade para sair a jogar ou distribuir jogo, sem grandes problemas, do meio-campo e na mobilidade e rapidez do tridente ofensivo, composto por Júnior Bahia (o jogador tecnicamente mais evoluído, mas, simultamente, o menos veloz do trio de ataque), Rui Dolores (será o elemento do ataque com mais tendência para flanquear, jogando no lado canhoto) e Ronny (muito ágil e perigoso). Destaque, também, para o facto de ser provável a estreia de José Fonte ao serviço da equipa do Vale do Sousa.
Num encontro que se prevê bastante complicado, frente a uma formação forte a jogar em casa e extremamente perigosa nos ataques rápidos que constrói, o Boavista, para conseguir os preciosos três pontos, terá de apresentar a mesma consistência no sector ofensivo que mostrou contra o Estrela e, principalmente,
Cartaz elaborado, uma vez mais, pelo nosso colaborador Nuno Porto, a quem o Notícias do Bessa aproveita para agradecer.
Equipas prováveis:
Paços de Ferreira Peçanha; Mangualde, Geraldo, José Fonte e Fredy; Júnior, Paulo Sousa e Pedrinha; Júnior Bahia, Ronny e Rui Dolores
Treinador: José Mota
Boavista Carlos; Manuel José, Ricardo Silva, Cadú e Areias; Paulo Sousa, Cissé e Lucas; João Pinto; Cafú e Zé Manel
Treinador: Carlos Brito
O Boavista joga, hoje à noite, no sempre difícil Estádio da Mata Real, a possibilidade de, pela primeira vez desde Março de 2002, fazer uma série de três vitórias consecutivas para o campeonato e, assim, continuar a sua reaproximação em relação aos lugares de acesso a provas europeias. Pela frente, terá um Paços de Ferreira que pretende corrigir a derrota caseira do último sábado, diante do Setúbal.
Para o duelo de logo à noite, Carlos Brito deverá manter a aposta no 4-4-2 losango que deu bons resultados nos últimos dois encontros. João Pinto continuará com acção livre, actuando nas costas de dois homens rápidos e móveis, Zé Manel (o melhor em campo contra o Estrela da Amadora) e, provavelmente, Cafú, rendendo Fary (devido à circunstância de a partida ser fora de casa, além de que Fary não tem estado feliz nos últimos jogos). Outra alteração que se poderá vir no onze será a inclusão de Cissé (de recordar que o jovem franco-malaio entrou, ao intervalo, no jogo da primeira volta com os pacenses, tendo-se assumido como um elemento fundamental no construir de um resultado volumoso 4-1 quando o BFC jogava apenas com 10 unidades), como trinco (médio mais recuado, à frente dos dois centrais), no lugar de Hélder Rosário, que protagonizou, diante dos amadorense, uma exibição fraca, sentindo imensas dificuldades na marcação ao criativo adversário (Rui Borges). De resto, Manuel José deverá manter a titularidade no lado direito da defesa (embora haja a possibilidade de jogar a médio interior, como aconteceu na derradeira meia-hora frente ao Estrela, passando Hélder Rosário para lateral-direito e Paulo Sousa para médio mais recuado).
Quanto ao Paços de Ferreira, José Mota continuará a utilizar o 4-3-3, não obstante a débacle diante do Setúbal, cujas principais virtudes residem na solidez e capacidade para sair a jogar ou distribuir jogo, sem grandes problemas, do meio-campo e na mobilidade e rapidez do tridente ofensivo, composto por Júnior Bahia (o jogador tecnicamente mais evoluído, mas, simultamente, o menos veloz do trio de ataque), Rui Dolores (será o elemento do ataque com mais tendência para flanquear, jogando no lado canhoto) e Ronny (muito ágil e perigoso). Destaque, também, para o facto de ser provável a estreia de José Fonte ao serviço da equipa do Vale do Sousa.
Num encontro que se prevê bastante complicado, frente a uma formação forte a jogar em casa e extremamente perigosa nos ataques rápidos que constrói, o Boavista, para conseguir os preciosos três pontos, terá de apresentar a mesma consistência no sector ofensivo que mostrou contra o Estrela e, principalmente,
Equipas prováveis:
Boavista Carlos; Hélder Rosário, Ricardo Silva, Cadú e Areias; Paulo Sousa e Lucas; Manuel José, João Pinto e Zé Manel; Fary
Treinador: Carlos Brito
Estrela da Amadora Paulo Lopes; Tony, Maurício, Hugo Carreira e Amoreirinha; Paulo Machado, Jordão e Emerson; Rui Borges; Manú e Semedo
Treinador: António Conceição (Toni)
O Boavista recebe, amanhã, o Estrela da Amadora, na primeira vez em que, esta época, os axadrezados jogam, no seu estádio, a possibilidade de conseguirem a sua segunda vitória consecutiva para a Liga. Será, aliás, um encontro entre duas equipas extremamente motivadas: o BFC pelo importantíssimo triunfo em Setúbal, que o recoloca na rota europeia, e o Estrela por uma excelente série de três vitórias consecutivas (com o Penafiel, fora, e, em casa, contra Guimarães e FC Porto), que afasta a formação amadorense dos lugares de descida, podendo permitir-lhe sonhar com voos mais altos.
Apesar de, no duelo em terras sadinas, Carlos Brito ter apostado numa estrutura, que teve sucesso, assente na utilização de três médios, é provável que o treinador do BFC, devido, em muito, à circunstância de estar a jogar em casa e, também, à ausência de Tiago, por lesão, regresse ao 4-2-3-1, alinhado com a dupla Paulo Sousa Lucas no meio-campo e com João Pinto ligeiramente mais recuado, na posição de playmaker. Além disso, Fary deverá voltar ao onze, assumindo-se como referência ofensiva. No sector defensivo, Cadú poderá, também, regressar, após castigo, passando Hélder Rosário para lateral-direito, com Manuel José alguns metros à frente, como médio-ala. Todavia, caso esta seja a estratégia utilizada por Brito, haverá uma nuance táctica ligada ao posicionamento de Manuel José: o ex-Setúbal nem sempre jogará no flanco direito do ataque, podendo, em algumas situações defensivas, flectir para zonas mais interiores, de modo a dar superioridade à equipa no meio-campo, além de ter, por vezes, de recuar para auxiliar Hélder Rosário a travar o rápido e perigoso Semedo. O técnico do BFC chamou, mesmo, a atenção, na projecção que ontem fez sobre a partida de amanhã, para a necessidade, quando o Boavista joga com uma frente de ataque bem aberta nos dois flancos, de os extremos recuarem para darem segurança e consistência à equipa no processo defensivo.
No entanto, face aos bons resultados que a utilização de um meio-campo reforçado com mais um elemento, com JVP mais à frente, jogando solto, deu, a hipótese de Carlos Brito manter o mesmo sistema táctico não é, de todo, impossível. Nesse caso, Zé Manel e João Pinto jogariam no apoio a Fary e o reforço do meio-campo poderia ser feito com Cissé ou, numa perspectiva de emprestar maior qualidade na ligação com o ataque, com a aposta em Figueredo, jogando Paulo Sousa como médio mais recuado, à frente dos dois centrais, que seriam Hélder Rosário e Cadú (Manuel José jogaria na lateral-direita defesa). Cadú manter-se-ia, pois, no banco.
Quanto ao Estrela, António Conceição não deverá operar grandes mudanças no esquema que derrotou o FC Porto, fazendo, somente, duas alterações, devido aos castigos de Pedro Simões e de Coutinho. Amoreirinha deverá entrar para lateral-esquerdo, passando Hugo Carreira para o centro (dupla com Maurício) e Paulo Machado deverá render Coutinho, embora a utilização de Rui Duarte seja uma hipótese. De resto, Toni continuará a apostar num meio-campo reforçado, mas tecnicamente evoluído, capaz de fazer a transição para o ataque, onde vão morar duas setas: os velozes Manú e Semedo, dois jogadores desequilibradores, que sentem facilidade tanto nas alas, como nas diagonais com o intuito de alvejar a baliza adversária.
Para vencer e, desta forma, dar a melhor sequência ao triunfo em Setúbal, o Boavista, jogando com dois ou três médios, terá de apresentar a mesma consistência no sector intermediário, que foi uma das chaves para a vitória no último encontro. Se o conseguir, fazendo, com eficácia, as transições ofensivas, o Boavista terá mais posse de bola e poderá fazer a circulação do esférico no meio-campo adversário, de forma rápida e, também, objectiva, com os olhos postos na baliza do Estrela. Além disso, no aspecto defensivo, será importante que o Boavista funcione como um bloco, tendo em especial atenção Semedo e Manú, devendo os extremos recuar, sempre que necessário. Todavia, a preocupação com esses dois jogadores não poderá ser excessiva, uma vez que, caso sejam aplicadas marcações individuais, mesmo que esses dois elementos protagonizem uma actuação apagada, poderão ser abertos espaços e zonas de penetração para outros futebolistas da formação amadorense, vindos de trás. O essencial é procurar fechar as linhas de passe para Semedo e Manú e manter uma concentração elevadíssima no sector defensivo, a fim de que este não seja surpreendido por um contra-ataque rápido. Convém, também, realçar que seria importante apostar num futebol pressionante (sem, contudo, desequilibrar tacticamente a equipa) no último reduto do Estrela, uma vez que uma das pechas dos tricolores reside no facto de estes, quando o pressing ofensivo adversário é muito intenso, recuarem, talvez em demasia, as suas linhas defensiva e intermédia, não conseguindo sair a jogar com a bola junto ao relvado.
Para terminar, dada a importância e o grau de dificuldade deste encontro e porque este se disputa num sábado à tarde (às 17 horas, num horário convidativo para os adeptos), o Notícias do Bessa pede aos boavisteiros que compareçam em bom número no Estádio do Bessa Século XXI.FORÇA BOAVISTA!!!
Vit. Setúbal Marco Tábuas, Janício, Veríssimo, Auri e Bruno Ribeiro; Binho, Ricardo Chaves e Russiano; Pedro Oliveira (Madior NDiaye, aos 65min), Fábio Hempel (Fonseca, ao intervalo) e Franja (Lacombe, aos 71min)
Treinador: Hélio Sousa
Boavista Carlos; Rui Duarte (Zé Manel, aos 6min), Ricardo Silva, Hélder Rosário e Areias; Paulo Sousa, Tiago (Kalifa Cissé, aos 37min) e Lucas; João Pinto; Manuel José e Cafú (Paulo Jorge, aos 90min)
Treinador: Carlos Brito
O Boavista estreou-se a ganhar fora de casa neste campeonato e logo com uma vitória incontestável, num dos terrenos mais complicados desta Liga Betandwin.com, frente a um rival directo na luta por um lugar de acesso às competições europeias. O xadrez de Carlos Brito foi explanado, no relvado sadino, de uma forma inteligente e, consequentemente, o BFC foi uma equipa tacticamente superior ao Setúbal. O reforço do meio-campo, com a colocação de três médios (Tiago, mais recuado, Paulo Sousa, um verdadeiro carregador de piano, e Lucas, com a responsabilidade de fazer a ligação com sectores mais ofensivos), foi fundamental, não só pela maior consistência boavisteira nessa zona nevrálgica do terreno (os axadrezados ganharam, finalmente, a batalha do meio-campo), mas também porque permitiu dar total liberdade de movimentos a João Pinto, que pôde jogar sem preocupações defensivas e nas imediações da grande área adversária, com espaço e margem de manobra para fazer uso de toda a sua criatividade. Não foi, por isso, por acaso que JVP foi, quiçá, o melhor jogador em campo, sobretudo pelas aberturas e passes a rasgar de grande qualidade que fez, sem esquecer a magistral assistência para o golo de Zé Manel (autor, também ele, de uma boa exibição, num encontro em que mostrou irreverência, rapidez e capacidade para combinar, muitas vezes, com JVP).
O JOGO COMEÇA... RUI DUARTE LESIONA-SE POUCO DEPOIS
Ainda numa fase de total indefinição na partida, o Boavista sofria aquela que se previa que fosse a primeira contrariedade: Rui Duarte saía lesionado (uma mazela de cariz muscular). Todavia, a entrada de Zé Manel, com o recuo de Manuel José para lateral-direito, em nada alterou o 4-4-2, desdobrável em 4-3-3, utilizado por Carlos Brito. Aliás, o aparecimento do ex-pacense no encontro acabou por jogar a favor daquilo que o treinador do BFC pretendia para a partida de Setúbal: uma frente de ataque móvel, capaz de baralhar o bem organizado sector defensivo setubalense e uma defesa com dois laterais que subissem, sempre que possível, de modo a criar desequilíbrios no sector ofensivo.
A formação da casa por sua vez, limitava-se, face à falta de linhas de passe, a procurar partir para o ataque com lançamentos longos, que, na sua maioria, acabavam por ser interceptados por Ricardo Silva, Hélder Rosário, Areias ou Paulo Sousa.
Todavia, o domínio axadrezado não era materializado em muitas oportunidades de golo. Um cruzamento de Lucas, que acabou por embater na barra da baliza à guarda de Marco Tábuas, foi o lance de maior destaque na primeira parte. Uma das razões para o facto de não terem sido criadas ocasiões de perigo em número suficiente para ilustrar o real ascendente do BFC no encontro residiu, muito provavelmente, na ausência de um cabeceador forte na grande área adversária, que respondesse aos cruzamentos efectuados por jogadores como João Pinto, Manuel José, Zé Manel ou Areias.
O intervalo chegava com um nulo no marcador. Antes disso, novo azar para o Boavista: Carlos Brito era obrigado a uma segunda alteração, devido à saída, por lesão, de Tiago. Entrou Cissé para a posição mais recuada do meio-campo, sem nada alterar em termos tácticos. Contudo, a actuação boavisteira na primeira parte permitia antever um jogo, provavelmente, com final feliz para a nossa equipa.
BOAVISTA SENTE DIFICULDADES NO PRIMEIRO QUARTO-DE-HORA DO SEGUNDO TEMPO... MAS RECUPERA A TOADA DA PRIMEIRA PARTE NO RESTO DA ETAPA COMPLEMENTAR
Foi um Boavista transfigurado para pior aquele que regressou dos balneários. Na fase inicial da segunda metade do encontro, foi o Setúbal a equipa que assumiu o controlo da partida, algo que, até então, nunca conseguira. É óbvio que a turma sadina teve mérito na forma mais dominadora com que começou a etapa complementar, muito por causa da capacidade ofensiva do lateral-direito Janício e ao facto de o croata Franja, durante os cerca de 70min em que esteve em campo, ter sido um jogador irrequieto e que tudo fez para contrariar a tendência do encontro. No entanto, também convém apontar o recuo das linhas ofensiva e intermediária do Boavista como explicação para o sinal mais do Setúbal durante entre os 45min e os 60min. Nessa fase, a transição defesa-ataque do BFC não saía com eficácia e a equipa, consequentemente, perdia mais bolas na zona do meio-campo. Contudo, o domínio setubalense (que nunca foi, em abono da verdade, muito acentuado) apenas resultava em iniciativas que morriam nos defesas-centrais do BFC ou nos pés de Paulo Sousa ou Cissé. Cerca dos 55min, Franja, aproveitando uma boa incursão de Bruno Ribeiro pela esquerda, surgiu perante Carlos, mas sem tempo para rematar com convicção, face à saída destemida e segura do guarda-redes axadrezado. E esse foi o último lance de destaque por parte do ataque do Setúbal
O Boavista acabava por reassumir o controlo do jogo, a equipa subia no terreno. Regressava-se, pois, à toada do primeiro tempo, com um BFC mais forte no miolo e capaz de fazer uma circulação de bola segura no meio-campo adversário. No entanto, a falta, de certo modo, de poder de fogo no ataque continuava a não permitir que os muitos centros efectuados tivessem uma conclusão à altura. Zé Manel, que, frequentemente, recorria a diagonais de apoio a JVP e Cafú para abrir espaços e zonas de penetração, era o elemento mais rematador da equipa do Boavista. E acabou por ver esse esforço premiado, com um excelente golo, que colocou os axadrezados, merecidamente, em vantagem, aos 78min. Excelente não só pelo remate colocado de Zé Manel (ainda para mais, quando já não dispunha de muito espaço, devido à tentativa conjunta de Bruno Ribeiro e de Binho em fecharem o caminho de Zé Manel rumo à baliza de Marco Tábuas), mas também pelo fantástico passe de João Pinto. O número 7 do Boavista colocava justiça no marcador, minutos depois de o árbitro Pedro Henriques não ter assinalado uma grande penalidade nítida por mão na bola de Auri, que interceptou um cabeceamento de Ricardo Silva, na sequência de um canto apontado por Zé Manel.
SETÚBAL TENTA REAGIR, BOAVISTA NÃO DEIXA
O golo marcado por Zé Manel teve o condão de acordar um Vitória que parecia encarar o empate como um mal menor. A equipa da casa subiu no terreno e procurou ser mais pressionante. Todavia, o Boavista conseguiu fechar bem os espaços no último terço do terreno, graças à preciosa acção de Cissé e de Paulo Sousa, bem como ao acerto de todo o sector defensivo. Desta forma, aproveitando o adiantamento sadino, o BFC, recorrendo à velocidade de Cafú e de Zé Manel, à experiência e visão de jogo de João Pinto e à capacidade de Lucas em fazer a transposição do jogo para o sector ofensivo, conseguiu gizar alguns ataques rápidos, o que permitia manter o esférico longe da baliza de Carlos. Aos 86min, Zé Manel, quando se preparava para alvejar as redes da formação da casa, foi derrubado por Binho (muito faltoso durante toda a partida), à entrada da grande área. Manuel José, no regresso a um estádio que bem conhece, com uma boa execução, converteu o livre em golo, fechando as contas do encontro. Era a confirmação da primeira vitória fora do Boavista, esta época, na Liga.
O Setúbal acusou, claramente, o segundo tento sofrido, mostrando-se apática e pouco rigorosa nas marcações, na fase inicial do encontro. Por conseguinte, o Boavista, gozando de uma tranquilidade própria de quem sabe que tem o triunfo assegurado, esteve muito perto de chegar ao 0-3. Paulo Jorge, récem-entrado para o lugar de Cafú, penetrava na grande área adversária e rematava, em jeito, com Marco Tábuas a desviar a bola, com a ponta dos dedos, para a barra. O encontro terminava pouco depois. Estava selada a estreia dos axadrezados a ganhar fora, numa exibição que primou pela consistência e inteligência na ocupação dos espaços e na circulação da bola.
DESTAQUES INDIVIDUAIS
Além dos supracitados JVP (mostrou todo o talento que o caracteriza, merecendo o título de melhor jogador em campo) e Zé Manel, que mostraram qualidade técnica e criatividade, Paulo Sousa foi um verdadeiro esteio da equipa, lutando imenso no
meio-campo e sendo objectivo e prático na entrega do esférico. É, também, forte no jogo aéreo. Paulo Sousa, que, recorde-se, entrou ao intervalo no jogo frente ao FC Porto, teve uma estreia muito boa, constituindo uma das razões, talvez a principal, pelas quais o Boavista se exibiu em muito melhor plano na segunda parte do derby do que na primeira. O médio-defensivo ex-Estoril, campeão de juniores pelo BFC em 1998/1999, parece ser, pelo menos até este momento, um excelente reforço de Inverno.
Outro elemento importante foi Ricardo Silva, o patrão que faltava ao sector defensivo. Irrepreensível de cabeça, o número 3 do Boavista nunca complicou, jogando simples sempre que se impunha. Fez uma boa dupla com Hélder Rosário, central rápido mas não muito forte no jogo aéreo, que, desta forma, foi um complemento à acção de Ricardo Silva. Ainda no sector defensivo, os dois laterais, Areias e Manuel José (não é possível fazer uma avaliação à actuação de Rui Duarte, dado o seu escassíssimo tempo em jogo), foram dois importantes apoios ao sector ofensivo, permitindo, no caso de Manuel José, que Zé Manel pode reflectir para zonas interiores do terreno. Aliás, falando do ex-sadino, convém destacar que conseguiu evitar que Franja, um dos mais inconformados da formação da casa, penetrar no último reduto axadrezado, limitando imenso à acção do croata. Também o guarda-redes Carlos esteve em grande nível, continuando a mostrar a segurança (bem patente naquela saída em que retirou tempo de remate a Franja) que tem evidenciado desde que roubou a William a titularidade. Cissé, apesar de não ter construído jogo, não falhou qualquer passe, entregando, sempre, a bola jogável a companheiros como Lucas ou Paulo Sousa, além de ter sido um elemento perfeito tacticamente, ajudando, quando foi necessário, os dois centrais. Para terminar, elogios para Lucas, que, não obstante ainda não ter recuperado a bitola exibicional que revelou contra o Sporting ou o Gil Vicente, por exemplo, foi um unidade essencial na transposição do jogo boavisteiro para sectores mais recuados, permitindo que João Pinto jogasse mais próximo de Zé Manel e Cafú, sem responsabilidades na distribuição de jogo a meio-campo. VIVA O BOAVISTA!!!
Cartaz elaborado por Nuno Porto, a quem o Notícias do Bessa, novamente, agradece a colaboração.
Equipas prováveis:
Vit. Setúbal Marco Tábuas, Janício, Auri, Veríssimo e Russiano; Binho, Ricardo Chaves e Bruno Ribeiro; Pedro Oliveira, Fábio Hempel e Franja
Treinador: Hélio Sousa
Boavista Carlos; Manuel José, Ricardo Silva, Hélder Rosário e Areias; Paulo Sousa e Tiago; Zé Manel, João Pinto e Paulo Jorge; Fary
Treinador: Carlos Brito
Num terreno que não deixa boas recordações da época passada (recorde-se que foi no Estádio do Bonfim que o Boavista foi eliminado nas meias-finais da Taça de Portugal 2004/2005), os axadrezados têm um importantíssimo teste, frente ao Vitória de Setúbal, 6.º classificado e uma das surpresas da Liga. Face à desvantagem de 7 pontos em relação aos sadinos (que ocupam um lugar, na tabela, que, mediante o que acontecer na Taça, poderá ser o último posto de acesso às provas europeias), apenas a vitória poderá ser considerada um resultado positivo para o BFC, que ainda não venceram fora do Estádio do Bessa Século XXI em encontros do campeonato, nesta temporada.
Depois de, a meio da semana, ter visto os seus pupilos derrotar o Abrantes, por 3-0, numa partida em que jogadores que ainda não tinham feito a sua estreia esta época (Figueredo e Hugo Monteiro) se destacaram, não é provável, ainda assim, que Carlos Brito aposte no paraguaio e no jovem extremo-direito, apesar de o nome de ambos figure na lista dos convocados. Desta forma, tomando como marco de comparação a partida da última jornada, no Estádio do Dragão, Hélder Rosário deslocar-se-á da direita do sector defensivo para o centro (em substituição do castigado Cadú), fazendo dupla com Ricardo Silva, e Manuel José deverá recuar da posição de médio-ala direito para lateral do mesmo lado, embora haja a possibilidade de Rui Duarte (em bom plano frente ao Abrantes) jogar nesse posto, mantendo-se o número 81 do BFC nas funções de extremo. De resto, Carlos, Ricardo Silva (boas exibições frente a FC Porto e Abrantes) e Areias (até porque Carlos Fernandes nem sequer foi convocado) serão os restantes elementos do sector defensivo. Mais à frente, no meio-campo, se é mais que provável a titularidade de Tiago, já o mesmo não se aplica ao seu companheiro de sector, que tanto poderá ser Lucas (habitual aposta de Carlos Brito) ou Paulo Sousa (o meio-campo axadrezado ganhou muito mais consistência, no jogo contra o rival da Invicta, quando Paulo Sousa rendeu Lucas), sendo que este último parece estar melhor colocado para jogar de início. No ataque, João Pinto e Fary mantêm-se como indiscutíveis, com as dúvidas a recaírem sobre quem jogará nas faixas. Zé Manel e Paulo Jorge parecem ser as hipóteses mais plausíveis, porém, Diogo Valente espreita o regresso ao onze, sem descurar a possibilidade de Manuel José jogar a médio-ala direito. Outra alternativa, a despeito de ser improvável, será a utilização de um sistema táctico de 4-4-2 losango, com Figueredo a surgir como organizador de jogo e João Pinto nas costas de dois homens móveis, Zé Manel/Paulo Jorge/Diogo Valente e Fary. Esta solução comportaria a desvantagem de, eventualmente, poder afunilar, em algumas fases do encontro, o jogo ofensivo axadrezado, mas, por outro lado, traria mais consistência e capacidade de transposição da bola para o ataque por parte do meio-campo, bem como maior liberdade táctica e de movimentos a João Pinto. Todavia, o 4-2-3-1 deverá ser o esquema eleito, uma vez mais, por Brito.
Quanto ao Vit. Setúbal, Hélio Sousa deverá manter o 4-3-3, que tem sido norma esta temporada, com, uma vez mais, a aposta declarada num estilo de jogo baseado na solidez do meio-campo e numa rápida transposição para o ataque, explorando os espaços abertos pelo adversário. A entrada do jovem lateral-esquerdo da equipa B Russiano, face às ausências, por lesão, de Nandinho e Adalto, deverá ser a única novidade, embora não seja de excluir a possibilidade de Lacombe entrar para o flanco esquerdo do ataque, rendendo o croata Franja.
Num duelo frente a uma das mais organizadas formações da Liga, que, na primeira jornada, conseguiu arrancar um empate no Estádio do Bessa Século XXI, o Boavista, para conquistar os três pontos, terá de ser uma equipa mais compacta e consistente no sector intermediário, algo que faltou nos encontros diante do Benfica, Nacional e FC Porto (em que apenas somou derrotas), e, também, mais rápida e eficaz quer nas transições defesa-ataque (de modo a que JVP, o jogador-chave do sector ofensivo axadrezado possa jogar perto do ponta-de-lança e disponha do esférico em boas condições), quer nas transições ataque-defesa. Por outras palavras, terá que conseguir colocar, mais vezes, a bola jogável no sector ofensivo e não pode deixar-se surpreender nem desorganizar pelos ataques rápidos gizados pelo adversário. Além disso, o BFC terá de apresentar, durante todo o jogo, velocidade, acutilância e a criatividade nas faixas. FORÇA BOAVISTA!!!
O avançado brasileiro Guga já se encontra na cidade de Larissa, na Grécia, para assinar contrato com o clube local, que milita na 1.ª Divisão Helénica. A transferência ainda não foi tornada oficial pelos dois clubes, mas o negócio está, praticamente, fechado. Desconhece-se qual o valor da compensação financeira que o BFC irá receber, apesar de o montante de 150 mil euros ter sido aventado durante a semana.
Recorde-se que Guga, de 28 anos, chegou ao Bessa no Verão de 2004, após terminar contrato com o Guimarães. Não obstante o então treinador do Boavista, Jaime Pacheco, lhe ter concedido a titularidade no início de época, no posto de ponta-de-lança, o brasileiro acabou por ser fazer uma temporada relativamente fraca, destacando-se pela positiva apenas nos dois jogos finais de 2004/2005, já com Pedro Barny no comando técnico, alinhando a extremo-esquerdo.
Nesta época, com Carlos Brito ao leme, Guga também começou por ser opção, também como extremo (a sua posição favorita), tendo, inclusive, marcado um golo, na deslocação ao terreno da Naval (2-2). Todavia, face às modestas prestações do ex-vimaranense, Guga acabou por perder a titularidade, deixando, praticamente, de fazer parte das opções de Brito. Foi, mesmo, no final do mês de Dezembro, apontado como possível reforço da Naval, por empréstimo. No entanto, tais rumores não se confirmaram. Guga vai, de facto, sair, mas para o campeonato e, em princípio, a título definitivo.
Trata-se da primeira saída do plantel do Boavista nesta reabertura do mercado de transferências, devendo anteceder a mais que provável rescisão de William Souza. Os axadrezados ficarão, assim, com duas lugares em aberto nas inscrições na LPFP, podendo, desta forma, contratar um ou dois jogadores (embora, se houver mais alguma aquisição, será de apenas mais um futebolista).
Boavista William; Rui Duarte, Ricardo Silva, Cadú e Carlos Fernandes; Tiago (Essame, aos 80min) e Paulo Sousa; Zé Manel (Hugo Monteiro, aos 77min), Diego Figueredo e Paulo Jorge; Fary (Cafú, aos 70min)
Treinador: Carlos Brito
O Boavista não se deixou surpreender e passou aos oitavos-de-final da Taça de Portugal, eliminando o Abrantes, no Estádio do Bessa Século XXI, com uma vitória por 3-0. Uma agradável segunda parte, durante a qual foi construído o resultado da partida, contribuiu para fazer esquecer uma primeira parte que foi árida, com o Boavista a mostrar uma confrangedora falta de ideias. No segundo tempo, todavia, os axadrezados revelaram mais acutilância, rapidez e criatividade nas transições ofensivas, com dois homens a merecer especial destaque: o extremo Paulo Jorge (autor de um golo), que, uma vez mais, mostrou garra e irreverência (actuou, durante a primeira parte, no flanco direito, passando para ala canhota na etapa complementar) e o criativo Figueredo (que fez a sua estreia oficial com a camisola do BFC). Aliás, a transfiguração para melhor do Boavista, após o intervalo, poderá, muito provavelmente, ter-se devido a uma mudança táctica operada por Carlos Brito: Figueredo, que, durante a primeira parte, alinhou no flanco esquerdo, estando pouco em jogo (era Zé Manel quem estava encarregue de organizar jogo), foi deslocado para a segunda linha de meio-campo, passando, pois, a ter funções de playmaker. E essa alteração teve reflexos extremamente positivos, com o paraguaio a assumir a batuta do jogo ofensivo axadrezado. Apesar de ser algo lento (não a executar, mas sim em termos de corrida e sprint), o futebol de Figueredo agradou aos adeptos do Boavista que se deslocaram ao Bessa. Excelente visão de jogo, segurança no passe (gizou algumas aberturas fabulosas) e bom domínio de bola valeram a Figueredo uma exibição que o projecta como opção válida no plantel. Não obstante o facto de se ter tratado de um duelo com um adversário bastante frágil, a actuação do número 10 do Boavista (premiada com um golo, de cabeça, em resposta a um livre de Zé Manel) deixa aos boavisteiros boas expectativas em relação à produção futura do jogador cedido pelo Valladolid.
No entanto, o grande momento da noite pertenceu a outro estreante em partidas oficiais nesta temporada, o jovem Hugo Monteiro. Instantes depois de ter rendido Zé Manel, aos 77 minutos, o internacional sub-19, após Rui Duarte, na marcação de um lançamento lateral, lhe ter endossado a bola, decidiu, autenticamente, passar por, praticamente, todo o sector defensivo do Abrantes, fintando cinco opositores, acabando por bater o guarda-redes abrantino. Um lance de génio, uma verdadeira obra de arte!!!
Em suma, o Boavista voltou a mostrar, no mesmo encontro, duas caras. Contudo, mesmo tendo em conta que se tratou de um adversário que milita na II Divisão Nacional, jogadores como Paulo Jorge, Figueredo, Hugo Monteiro e Ricardo Silva (voltou a denotar imensa segurança no sector defensivo, ajudando, também, a lançar alguns ataques, no segundo tempo) mostraram que podem ser elementos importantes na recuperação que os axadrezados vão tentar fazer, em termos pontuais, na segunda volta na Liga e, igualmente, na boa carreira que o BFC pretende protagonizar na Taça. Continuando no capítulo dos destaques individuais, Paulo Sousa, apesar de ter falhado alguns passes, voltou a mostrar rigor táctico e agressividade (não exagerada, mas nos níveis pretendidos para um médio-defensivo) na disputa do esférico no sector intermediário e Rui Duarte, através das suas frequentes subidas pelo flanco direito, foi um jogador importante na criação de desequilíbrios no último reduto contrário (foi, aliás, um dos poucos elementos que procurou animar o futebol axadrezado durante o primeiro tempo, uma vez que tentou fazer a transposição do jogo para ataque pela sua ala). Zé Manel, por sua vez, tendo em conta que, nos primeiros 45 minutos, teve de desempenhar funções que não são as suas, acaba por também merecer uma referência positiva, pela exibição esforçadíssima que fez (chegou a fazer, inclusive, algumas aberturas de qualidade durante a primeira parte, mas que, infelizmente, acabaram por não ser devidamente aproveitadas). VIVA O BOAVISTA!!!
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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