O Notícias do Bessa vai de férias, prometendo regressar no início da Superliga desta nova época.
Este blog aproveita para enderençar a todos os boavisteiros votos de umas óptimas férias de Verão.
O Notícias do Bessa gostaria, também, que o bom futebol que Carlos Brito tem implementado nos "axadrezados" continue e que a equipa do Boavista continue a evoluir, em todos os aspectos, nos jogos particulares que faltam até ao início do campeonato. Além disso, fica o desejo de uma vitória na jornada inaugural da Superliga, frente ao Vit. Setúbal, no Estádio do Bessa Século XXI.
Antes de Boavista e Valladolid se defrontarem, todos os jogadores (25, no total) que, neste momento, compõem o plantel do BFC subiram ao relvado do Estádio do Bessa Século XXI envergando o novo equipamento principal para 2005/2006 (cuja camisola foi dada a conhecer, no mês de Junho, pelo Notícias do Bessa). Os calções são pretos, com duas tiras amarelas, enquanto que as camisolas dos guarda-redes são amarelas. Relativamente à numeração do plantel, os 16 futebolistas que transitam da temporada transacta mantêm o mesmo número.
Eis a lista completa dos jogadores e respectivos números:
1 - William Andem
2 - Nelson
3 - Ricardo Silva
4 - Cissé
5 - Igor
7 - José Manuel
8 - Guga
9 - Fary
11 - Diogo Valente
12 - João Pinto
13 - Carlos Fernandes
14 - Paulo Jorge
15 - André Barreto
16 - Paulo Gomes
17 - Cafú
20 - Cadú
21 - Carlos
22 - Lucas
23 - Hugo Monteiro
24 - Khadim
25 - Essame
37 - Hélder Rosário
66 - Tiago
81 - Manuel José
83 - William Souza
Imagens dos três primeiros golos:
Boavista - Carlos (William Andem, ao intervalo); Nélson (Hugo Monteiro, aos 69min), Cadú (Ricardo Silva, ao intervalo), Cissé (Hélder Rosário, ao intervalo) e Carlos Fernandes (Igor, aos 60min); Tiago (Essame, aos 64min) e André Barreto (Lucas, ao intervalo); Manuel José (Paulo Jorge, ao intervalo), João Pinto (Guga, ao intervalo) e Diogo Valente (Cafú, ao intervalo; Paulo Gomes, aos 78min); William Souza (Fary, aos 37min)
Treinador: Carlos Brito
Após a apresentação, um a um, dos 25 jogadores que, para já, compõem o plantel boavisteiro, não tendo havido qualquer surpresa, o Boavista cilindrou o Valladolid com uns claros 4-0. Na estreia a orientar a equipa "axadrezada" em jogos no Estádio do Bessa Século XXI, Carlos Brito colocou em campo aquele que, salvo alguma lesão ou saída de algum futebolista, muito provavelmente será o "onze" que alinhará de início frente ao Vit. Setúbal. E a verdade é que, apesar de só apresentar três "caras novas" relativamente à época passada, o futebol praticado pelos "axadrezados", principalmente no primeiro tempo, foi muito diferente. Perante um adversário que procurou apostar no contra-ataque e que tentou fechar os espaços no seu meio-campo defensivo, apresentando, inclusivé, uma dureza e uma agressividade excessivas (que, no final da primeira parte, chegou a atingir a violência), o Boavista, com um futebol apoiado que se baseava numa rápida circulação de bola e com progressão no terreno (graças à grande mobilidade dos elementos do seu sector ofensivo), ganhou, desde cedo, o domínio da partida e conseguiu abrir espaços no último reduto contrário. O Valladolid, por sua vez, apenas respondia com alguns contra-ataques. No BFC, André Barreto assumia-se como o organizador de jogo, conseguindo fazer algumas aberturas de grande qualidade, João Pinto jogava mais adiantado no terreno, com acção livre, procurando fazer combinações com William Souza ou com Diogo Valente e tentando recorrer, em algumas ocasiões, ao seu poder de finta para "romper". Diogo Valente deambulava, à semelhança do que acontecera em Paços de Ferreira, entre a esquerda e o centro, não se limitando a ir sempre para perto da linha lateral cruzar. Tentava, também, fazer passes para colegas bem colocados em zonas mais interiores do terreno. Manuel José, apesar de, uma vez mais, não ter conseguido fazer grandes "rasgos" pelo seu flanco, dava solidez à ala direita, permitindo a Nélson apoiar o ataque, e participava em algumas triangulações. Aliás, as triangulações foram um aspecto dominante no futebol "axadrezado" no primeiro tempo. Quanto a William Souza, o avançado brasileiro lutava imenso, nunca desistindo de tentar recuperar a bola em zonas mais adiantadas no terreno, e mostrava inteligência nas movimentações que fazia. Foi neste cenário que surgiu o lance de maior "frissom", até àquele momento, no jogo: João Pinto, após fintar um defensor adversário, endossou a bola, com um passe curto, a William Souza, que, no interior da grande área, a perdeu, dando a sensação aos adeptos que se deslocaram ao Estádio do Bessa Século XXI de que fora derrubado em falta. Paulo Paraty nada assinalou, apesar dos protestos do público. No entanto, o Boavista acabou por chegar ao golo pouco depois, aos 18 minutos: André Barreto, no "miolo" do terreno, executa um lançamento perfeito a desmarcar William Souza, que, sozinho frente ao guarda-redes do Valladolid, aguarda que a bola bata duas vezes no relvado para, de seguida, efectuar um remate cheio de convicção para o interior da baliza. Um golo à ponta-de-lança. A equipa do BFC galvanizava-se, enquanto que o Valladolid se desorientava. Todavia, foi a formação espanhola que criou, logo a seguir, algum perigo, na sequência de um canto no qual Carlos efectuou uma má saída, permitindo a um jogador do Valladolid cabecear à vontade, num remate que saiu por cima. No entanto, o BFC voltou rapidamente a lograr o domínio do jogo, com um futebol sempre jogado de pé para pé (mesmo em sectores mais recuados; raramente os dois centrais recorriam ao "pontapé para a frente", nota dominante na temporada transacta), e Diogo Valente, na marcação de um livre na direita, nas imediações da grande área, efectua um remate extremamente colocado, que o guarda-redes do Valladolid conseguiu desviar para canto. Pouco depois, João Pinto, com a parte exterior do pé direito, desmarca William Souza, que, descaído para direita, efectua um remate forte que saiu ao lado. Aos 28min, o Boavista chega, com naturalidade, ao segundo golo: a jogada começa, uma vez mais, em André Barreto, que faz um excelente passe a rasgar para Diogo Valente, o jovem esquerdino, junto à linha final, já em desequilíbrio, centra para o interior da grande área, onde William Souza, com um toque com o pé direito, remata outra vez forte para o fundo das redes. O ponta-de-lança brasileiro convenceu e ouviu o seu nome ser entoado, durante alguns instantes, pela claque do BFC, os Panteras Negras. Quem não soube reagir da melhor forma à superioridade boavisteira foram os jogadores do Valladolid, que, cada vez mais desorientados, transformaram a dureza e a agressividade iniciais em violência, que Paulo Paraty, pouco autoritário para com os futebolistas espanhóis, não soube controlar. Aliás, o número 18 do Valladolid, Carmona, após uma falta dura, junto à linha lateral, sobre João Pinto, agrediu o "artista" com um pontapé na face. O árbitro da partida deveria ter expulso Carmona. Outro dos jogadores mais "marcados" por faltas foi André Barreto, talvez por ter causado algum desconforto aos jogadores do Valladolid pelos pormenores de grande qualidade técnica que, por vezes, mostrou e que desconsertaram, por completo, os centrocampistas da formação espanhola. Aos 42min, já depois de Fary ter entrado para o lugar de William Souza e imediatamente a seguir à confusão que os futebolistas do Valladolid criaram, Manuel José, na marcação de um livre perto da esquina esquerda (para quem atacava) da grande área, cruza para o interior da mesma, solicitando Fary. Um defesa do Valladolid consegue, de cabeça, fazer a intercepção, sobrando, porém, a segunda bola para João Pinto, que, após a dominar com o pé esquerdo, a coloca no outro pé e remata para o interior da baliza da equipa espanhola. O intervalo chegava pouco depois com um 3-0 que reflectia o excelente futebol praticado pelo Boavista, que "desmontou" a organização defensiva espanhola. E, por certo, se o "onze" da primeira parte se mantivesse, o resultado ter-se-ia avulumado muito mais. Para a segunda parte, Carlos Brito deixava somente os dois laterais e Tiago, além de Fary, que jogou alguns minutos na primeira etapa. Cafú passava a ser o "dono" do flanco esquerdo do ataque, Guga jogava na posição de João Pinto, Paulo Jorge era o extremo-direito, Lucas passava a ser o distribuidor de jogo. No sector defensivo, William Andem era o guarda-redes e Hélder Rosário e Ricardo Silva (de regresso ao Bessa) formavam a dupla de centrais. O segundo tempo abria praticamente com o quarto tento "axadrezado": Paulo Jorge recupera a bola, perde-a mas ganha o ressalto e endossa o esférico a Nélson, que avança, junto à linha lateral, pelo flanco direito, e realiza um bom cruzamento para a grande área, na tentativa de solicitar Fary; Mateo, defesa-central do Valladolid, intercepta, mas acaba por introduzir a bola na sua própria baliza (o defesa espanhol fez a intercepção com o pé direito, porém, acaba por fazer com que o esférico bata no seu pé esquerdo, culminando num auto-golo). A partir desse momento, e apesar de o Valladolid ter ficado reduzido a 10 unidades, o Boavista não conseguiu explanar o seu futebol, fruto, provavelmente, da ausência de um criativo no meio-campo, uma vez que Guga, embora seja dotado de capacidade técnica, não tem a visão de jogo necessária para jogar na posição de número 10, além de, nesta pré-época, se apresentar algo lento. Além disso, Paulo Jorge, nos antípodas do que fizera em Paços de Ferreira, apresentava-se algo inibido (talvez por ser a sua estreia perante a massa associativa do BFC), tendo algum receio em arriscar fazer incursões pela ala direita (não fez uso da sua rapidez e poder de finta para se aproximar da linha final e tirar cruzamentos). Cafú, no flanco esquerdo, atrapalhava-se com a bola (acabou por ser substituído por Paulo Gomes) e Fary não apresentava a mesma mobilidade e capacidade de luta de William Souza. Também não ajudava o facto de o Valladolid praticamente ter abdicado de contra-atacar, colocando 5 jogadores na zona intermediária, mantendo o quarteto defensivo. Entretanto, Carlos Brito aproveitava para dar minutos de competição a Essame (que procurou ajudar Lucas na distribuição de jogo, tendo conseguido execucar alguns bons passes) aos jovens Igor, Hugo Monteiro (que jogou a extremo-direito, passando Paulo Jorge para lateral) e Paulo Gomes (passando o BFC a jogar em 4-4-2, com Guga a descair para a esquerda). O Valladolid ainda criou relativo perigo, com um remate do número 10, Sousa, que William Andem, com uma excelente defesa, conseguiu desviar pela linha final. No entanto, foi o Boavista que, já na fase final, voltou a criar perigo, por intermédio de Paulo Gomes em duas ocasiões. Na primeira, o jovem ponta-de-lança brasileiro, lançado por Hugo Monteiro, efectuou um bom remate que o guarda-redes do Valladolid deteve com dificuldade. Na sequência do canto que o seu remate originou, Paulo Gomes, respondendo a um cruzamento de Hugo Monteiro, cabeceou por cima. A partida terminava pouco depois (tendo Lucas acabado por sair lesionado), com a clara sensação de que Carlos Brito está a fazer um excelente trabalho, colocando a equipa a praticar um futebol muito mais apoiado e harmonioso, com uma forte aposta na construção de jogadas de envolvimento ofensivo desde o primeiro terço do campo. André Barreto, João Pinto e Diogo Valente, dispondo de maior liberdade em campo, agradecem. Quanto a William Souza, parece que o Boavista tem, após algumas épocas, um finalizador de qualidade.
Segue-se a análise individual à prestação dos jogadores do Boavista:
Carlos - apesar de ter tido uma tarde relativamente tranquila, há um reparo a fazer: esteve inseguro nas saídas nos cantos, problema que já vem da época passada. Com toda a certeza, Lúcio Pereira (treinador-adjunto encarregue do treino específico dos guarda-redes) dará especial atenção às saídas nos cantos nos próximos treinos, aspecto que Carlos precisa de trabalhar. Pela positiva, destaque para o facto de ter melhorado na reposição de bola com o seu pé esquerdo (que é o seu melhor pé).
Nélson - muito ofensivo como é seu tímbre, pôde gozar de grande liberdade para atacar face à presença, na primeira parte, de Manuel José no seu flanco, o qual deu maior consistência à ala direita. Aliás, Nélson efectuou algumas combinações interessantes com o ex-setubalense. Só fica o reparo para o capítulo dos cruzamentos: Nélson raramente conseguiu solicitar em boas condições quer William Souza, quer Fary. Numa das poucas ocasiões em que conseguiu centrar com qualidade o BFC chegou ao quarto golo (auto-golo do Valladolid). A defender, cumpriu, sendo auxiliado por Cadú, Tiago e, por vezes, Manuel José.
Cadú - teve uma actuação tranquila, superiorizando-se sempre no jogo aéreo. Nos 45 minutos em que esteve em campo, foi eficaz nas dobras efectuadas a Nélson, quando este se encontrava no ataque, tendo sido auxiliado por Tiago.
Cissé - à semelhança do seu companheiro de sector, esteve muito seguro e imperial no jogo aéreo. Foi decisivo nos minutos iniciais ao fazer ao desarmar um atacante do Valladolid que seguia em boa posição para almejar a baliza de Carlos, após uma perda de bola algo infantil de André Barreto. Jogou quase sempre simples. Aliás, o seu único erro resultou de uma tentativa de sair a jogar quando não tinha muito espaço para o fazer. Todavia, essa única falha não "manchou" minimamente mais uma exibição de grande qualidade daquela que esta uma das revelações da pré-temporada "axadrezada".
Carlos Fernandes - o Valladolid canalizou os seus contra-ataques essencialmente pelo flanco esquerdo do seu ataque, razão pela qual o número 13 do BFC não teve grandes problemas a defender. A atacar, apesar de não ter dificuldades nos passes curtos para André Barreto e Diogo Valente, revelou, uma vez mais, insegurança nos passes mais longos e alguma inibição para subir pelo seu flanco.
Tiago - esteve em melhor plano relativamente ao encontro em Paços de Ferreira. Para essa melhoria terá ajudado o facto de o Valladolid ter apresentado muito pouco caudal ofensivo, mas a verdade é que Tiago deu grande equilíbrio ao meio-campo, conseguindo recuperar a bola e entregá-la em boas condições para os jogadores que se encontravam mais perto dele: João Pinto, André Barreto, Nélson e Manuel José. Também ajudou a fechar o lado direito sempre que foi necessário. Uma actuação segura, em suma.
André Barreto - se, na época passada, já evidenciou enorme qualidade técnica, agora, com Carlos Brito a orientá-lo, parece um jogador muito mais maduro. Apesar de não ter entrando bem no jogo, falhando um passe em posição compremetedora e tentado ficado a olhar, ao invés de tentar recuperar a bola, assumiu a "batuta" do jogo ofensivo "axadrezado", sendo o transportador, distribuidor e organizador na primeira parte. Mostrou grande visão de jogo e qualidade de passe (quer curto, quer longo), o que ficou patente nos dois primeiros golos, que resultaram de jogadas que começaram no seu pé esquerdo. Além disso, voltou a exibir toda a sua técnica em pormenores absolutamente deliciosos, que levaram ao desespero de alguns jogadores do Valladolid. Tem todas as condições para ser uma das figuras do Boavista 2005/2006.
Manuel José - apesar de, uma vez mais, não ter arriscado a finta, não conseguindo dar grande profundidade ao flanco direito, conseguiu dar solidez à sua ala, permitindo a Nélson gozar de liberdade para atacar. Participou, também, em algumas triangulações, além de ter revelado segurança no passe curto para zonas mais interiores do terreno e a solicitar Nélson, mais junto da linha. Além disso, mostrou grande capacidade de luta e abnegação.
João Pinto - pôde, finalmente, explanar todo o seu talento, jogando numa posição mais adiantada e com acção livre para jogar ora como segundo ponta-de-lança ora descaindo para um dos flancos. Tentou algumas "tabelinhas" com William Souza e com Diogo Valente (aliás, trocou algumas vezes de posição com o esquerdino). Procurou, também, agora que tem mais liberdade para explorar o seu poder de finta, romper e criar espaços no sector mais recuado da formação espanhola. Fez dois passes curtos de grande qualidade para William Souza, sendo que, no primeiro lance, o ponta-de-lança brasileiro sofreu uma falta que Paulo Paraty não sancionou (que daria direito à marcação de uma grande penalidade) e, no segundo, o ex-Santos rematou ao lado. O golo marcado, na sequência do aproveitamento de uma segunda bola, foi o prémio merecido para uma exibição em que JVP justificou o epíteto de "artista". Foi muito castigado por faltas e agredido, na face, por Carmona, médio do Valladolid.
Diogo Valente - não sendo obrigado a jogar "encostado" à linha lateral, Diogo Valente mostrou a irreverência que lhe é característica, conseguindo criar espaços no lado direito da defesa do Valladolid e efectuando algumas triangulações com João Pinto e André Barreto. Desmarcou-se muito bem no lance do segundo golo, lançado por André Barreto, centrando para William Souza. Não se limitou a tirar cruzamentos; fez, também alguns passes para o centro, solicitando colegas em melhor posição. Tentou o golo num livre descaído para a direita com um remate que obrigou o guarda-redes do Valladolid a estirar-se para desviar para canto.
William Souza - o melhor em campo. Além dos dois golos que marcou (qual é o ponta-de-lança que não gostaria de, logo na primeira ocasião em que joga pela sua equipa no seu estádio, facturar por duas vezes, em apenas 38 minutos de jogo?), nunca virou a cara à luta (não desistiu de nenhuma bola). Conseguiu recuperar algumas bolas, no sector ofensivo, que pareciam perdidas, além de ter mostrado qualidade técnica e inteligência quando tinha a bola nos pés. Combinou muito bem com João Pinto, efectuando algumas "tabelinhas". Sofreu uma falta na grande área que o árbitro não assinalou e esteve perto de marcar outro golo quando lançado por João Pinto com um passe com a parte exterior do pé direito. Apesar de ter perdido a maior parte dos lances "aéreos", tem a virtude de apresentar facilidade e convicção no remate. É mesmo ponta-de-lança.
Fary - não foi uma referência no centro de ataque como William Souza, lutando movimentado-se menos na procura de espaços. No entanto, participou, nos minutos que esteve em campo na primeira parte, em algumas jogadas de envolvimento ofensivo nas imediações da grande área. Saiu prejudicado, também, pelo facto de a equipa, na segunda parte, ter apresentado um caudal ofensivo muito menor.
William Andem - teve uma tarde tranquila só importunada por um remate do número 10 do Valladolid, ao qual o guarda-redes camaronês respondeu com uma grande defesa. Esteve melhor a sair nos cantos que o seu "concorrente" Carlos. Ainda deu tempo para animar a assistência com um pormenor técnico.
Ricardo Silva - apesar de mostrar alguma lentidão (normal para quem só começou a treinar na segunda-feira), esteve seguro, mostrando superioridade no jogo aéreo e nenhum receio em efectuar os "tackles". Também esteve bem no capítulo do passe, embora não tenha arriscado distribuir jogo para sectores mais adiantados no terreno.
Hélder Rosário - jogando mais descaído para a esquerda (Ricardo Silva descaiu para a direita), o facto de o Valladolid pouco ter contra-atacado pelo seu flanco direito (as poucas incursões ofensivas da formação espanhola eram realizadas pelo lado canhoto) concedeu-lhe uma exibição em que praticamente não foi colocado à prova.
Lucas - agora que pode jogar mais no "miolo" (como fazia na Académica), tentou distribuir jogo para o ataque (embora com menos imaginação que André Barreto), solicitando algumas vezes o rápido Cafú. No entanto, o facto de o Valladolid, na segunda parte, se remeter quase unicamente para o seu meio-campo defensivo, abriu-lhe poucas linhas de passe. A defender, esteve esforçado, como é seu hábito, apesar de não ter tido muito trabalho neste âmbito. Acabou por sair lesionado quando a partida já estava no seu epílogo.
Paulo Jorge - para quem o viu jogar na partida de Paços de Ferreira, a exibição do lateral/extremo-direito foi algo decepcionante. Mostrou um claro nervosismo por estar a actuar, pela primeira vez, no Estádio do Bessa Século XXI. Teve receio em arriscar a finta e as incursões pelo seu flanco, dando pouca profundidade ofensiva à ala direita. Acabou a jogar a lateral e, também nesta posição, arriscou pouco, colocando a bola em Ricardo Silva ao invés de lançar Hugo Monteiro, mais adiantado no flanco direito, quando tinha espaço para o fazer. No entanto, destacou-se pela positiva no lance do quarto tento, ao não desistir de lutar pela posse da bola, mesmo quando a perdeu, acabando por ganhar o ressalto e endossar o esférico a Nélson.
Guga - apresenta-se nesta pré-época "axadrezada" denotando alguma lentidão. Não tem a visão de jogo nem a segurança de passe necessárias para actuar como "número 10". No entanto, conseguiu abrir algumas vezes o jogo para Paulo Jorge e Nélson, no flanco direito, com passes com a parte exterior do seu pé direito. Não fez uso do seu poder de finta para animar e dar criatividade ao jogo ofensivo "axadrezado". Precisa de ganhar ritmo competitivo e rapidez.
Cafú - a despeito de se apresentar muito irrequieto e de tentar fazer uso da sua velocidade, a verdade é que o cabo-verdiano não esteve num final de tarde feliz, pois atrapalhou-se em demasia com a bola. Foi lançado algumas vezes por Lucas, mas conseguiu criar perigo pelo seu flanco. Carlos Brito, apercebendo-se do facto de Cafú não estar em dia "sim", substituiu-o.
Igor - não foi possível avalizar a sua capacidade a defender, uma vez que o Valladolid praticamente não fez uso do seu flanco direito do ataque. No entanto, foi perceptível que o jovem lateral-esquerdo quis mostrar serviço a Carlos Brito, denotando menor inibição a atacar que Carlos Fernandes (subiu mais vezes pela sua ala). Requer maior observação para que a equipa técnica possa tomar uma decisão definitiva sobre a permanência ou não no plantel.
Essame - entrou melhor do que no encontro em Paços de Ferreira, tentando fazer alguns passes para o ataque. E a verdade é que trouxe uma ligeira animação ao jogo ofensivo "axadrezado". Parece ser uma boa opção para o meio-campo.
Hugo Monteiro - entrou para jogar a extremo-direito. Movimentou-se bem, procurando receber a bola, que, todavia, raramente lhe chegou em boas condições. Nas poucas ocasiões em que teve a bola nos seus pés, denotou qualidade técnica.
Paulo Gomes - foi o futebolista que jogou menos tempo, mas tentou justificar a inclusão no plantel principal. Não teve muitas oportunidades para brilhar nos cerca de 20 minutos que esteve em campo, período suficiente, porém, para criar perigo em duas ocasiões quase consecutivas.
O próximo jogo será frente ao FC Marco, no jogo de apresentação da equipa duriense aos seus associados, no Estádio Municipal Avelino Ferreira Torres, no Marco de Canaveses. Esta partida terá lugar na próxima quarta-feira, às 18 horas.
height=150 src="http://boavistafc.blogs.sapo.pt/arquivo/boavista x valladolid-thumb.jpg" width=200 border=0> O Boavista versão 2005/2006 terá hoje o seu primeiro grande teste no seu estádio, defrontando o Real Valladolid. A equipa espanhola, apesar de militar na 2.ª Divisão daquele país, apresenta-se frente ao BFC como um adversário relativamente forte (será, aliás, o teste mais complicado, a par da partida em Wigan, na próxima semana, que os "axadrezados" terão nesta pré-temporada), tendo em Bizarri (antigo guarda-redes do Real Madrid), Mario (lateral-direito emprestado pelo Barcelona), Carmona (médio contratado ao Maiorca), Llorente (ponta-de-lança formado nas escolas da Real Sociedad) e Víctor (avançado extremamente móvel) as principais figuras que hoje defrontarão o Boavista. Contudo, a grande "estrela" da equipa, o uruguaio Hornos (ponta-de-lança), encontra-se a recuperar de lesão. Em suma, o Valladolid montou um plantel com vista ao regresso à 1.ª Liga espanhola.
No Estádio do Bessa Século XXI, Carlos Brito, que fará a sua estreia como treinador do Boavista em partidas disputadas em casa, deverá, ao contrário do que fez nos anteriores encontros particulares (em que nunca repetiu o mesmo "onze" titular, fazendo várias experiências e procendendo a diversas substituições), apostar nos onze jogadores que, neste momento, se encontram em melhor posição para assumirem a titularidade ao longo da época. Assim, Carlos será o guarda-redes, Nélson mantém o seu lugar como lateral-direito e Carlos Fernandes fará o mesmo no outro flanco da defesa, Cadú e Cissé formarão a dupla de centrais. Se, no ataque, o ponta-de-lança William Souza e João Pinto (que jogará nas "costas" do brasileiro) são nomes quase certos na equipa inicial, já, no meio-campo, Lucas (embora seja um jogador do qual Carlos Brito dificilmente prescindirá, no "onze", ao longo da época, a sua titularidade frente ao Valladolid não é uma certeza, uma vez que o ex-academista não poderá jogar na primeira jornada - está "castigado" - pelo que, se o técnico do BFC optar por testar uma equipa para alinhar na ronda inaugural da Superliga, Lucas não será titular), André Barreto, Tiago e Essame discutirão os dois lugares no meio-campo. O próprio Manuel José poderá ser utilizado no "miolo", como médio-interior com as funções de distribuir e transportar jogo para o ataque. Nas alas, Diogo Valente e Paulo Jorge devem ser os escolhidos, a despeito de Cafú e Manuel José (no caso de não jogar nem no meio-campo nem no lado direito da defesa, na segunda parte) "espreitarem" a titularidade. No entanto, Carlos Brito também dará mais alguns minutos de competição a Ricardo Silva.
Além do interesse desportivo que este encontro naturalmente vai despertar, servindo para, frente a um adversário que jogará, em princípio, na expectativa, aperfeiçoar a circulação de bola no meio-campo contrário, a construção de jogadas de envolvimento ofensivo (com a colocação da bola nos extremos bem abertos nas alas ou directamente no ponta-de-lança), com vista à criação de oportunidades de golo, a finalização e a coesão defensiva (ou seja, este jogo terá as mesmas características de todos os encontros da Superliga disputados no Bessa, à excepção das recepções a Benfica, FC Porto e Sporting), os associados do BFC que se deslocarão ao Estádio do Bessa Século XXI (prevê-se uma boa "casa") terão, também, a expectativa de verem ser apresentado mais um reforço para o sector ofensivo. Enquanto que a aquisição de um lateral-esquerdo será realizada caso Igor seja cedido, sendo consumada na próxima semana (contrariamente às palavras do empresário de Areias, o jogador do FC Porto deverá representar o Boavista nesta época, embora Fyssas, na lista de dispensados do Benfica, também seja uma possibilidade), já a contratação de um futebolista "do meio-campo para a frente" (parafraseando o Dr. João Loureiro) poderá ser dada a conhecer aos sócios no dia de hoje, antes, após ou no intervalo do BFC X Valladolid. O reforço tão aguardado poderá ser um organizador de jogo, com Ricardo Nascimento, Ricardo Sousa e Leandro do Bomfim a assumirem-se, dentro do conjunto de jogadores conhecido do grande público português, como as hipóteses mais consistentes. Todavia, há ainda a remota possibilidade de Sanchez regressar como futebolista. Apesar de a contratação de um "playmaker" ser mais provável, o ingresso de mais um ponta-de-lança no plantel "axadrezado" é um cenário equacionável. Como o Notícias do Bessa já anunciara, o costa-marfinense Bakayoko e os argentinos Dario Gandin, Dario Husain e Turdó são hipóteses, às quais se junta outro nome: o chileno Mirosevic, que também joga no campeonato argentino.
O Notícias do Bessa deseja que Boavista e Valladolid proporcionem um bom espectáculo de futebol, com uma vitória "axadrezada", de preferência, e que os sócios do BFC que hoje marcarão presença no Estádio do Bessa Século XXI o façam em muito bom número e saiam, no final do encontro, satisfeitos. face=georgia>FORÇA BOAVISTA!!!
À semelhança do que aconteceu na época 2002/2003, Boavista e Vit. Setúbal voltam a defrontar-se no jogo de abertura da Superliga. Desta feita, porém, o encontro realizar-se-á no Estádio do Bessa Século XXI (enquanto que em 2002/2003 a primeira jornada abriu no Estádio do Bonfim, em Setúbal). O BFC tem, assim, a oportunidade (tal como o Vit. Setúbal) de marcar o golo inaugural do campeonato, algo que conseguiu na temporada do título (Silva marcou ao Beira-Mar), na época seguinte (Serginho "facturou" também frente ao Beira-Mar) e em 2002/2003 (Luiz Cláudio abriu o marcador em Setúbal).
A partida Boavista X Vit. Setúbal terá lugar no próximo dia 19 de Agosto (sexta-feira), às 21 horas.
O Boavista, nos últimos dois anos, aproveitou os encontros que serviram de apresentação aos sócios (Benfica em 2003/2004 e FC Porto em 2004/2005) para anunciar, um a um, os futebolistas que compunham o plantel principal dos "axadrezados", isto apesar de ter, no início dos trabalhos para uma nova época, uma cerimónia oficial de apresentação.
Numa altura em que a SAD do BFC assume que vai contratar mais um jogador, uma questão surge: Será que os associados do Boavista vão ter uma surpresa aquando da partida frente ao Valladolid? Será que vai subir ao relvado do Estádio do Bessa Século XXI mais algum futebolista vestido de xadrez para além dos que actualmente compõem o plantel do Boavista? Se, entre hoje e amanhã, não for anunciado mais nenhum reforço, os sócios "axadrezados" que vão marcar presença no Boavista X Valladolid certamente terão a expectativa da vinda de mais um jogador, que, em princípio, será um médio organizador de jogo. Os nomes de Ricardo Nascimento, Ricardo Sousa e Leandro do Bomfim (colocado na lista de cedências do FC Porto), sendo que os dois últimos viriam por empréstimo, parecem ser as hipóteses mais prováveis, com a particularidade de os dois "Ricardos" já terem representado o BFC (além de Ricardo Nascimento ter jogado, na maior parte da temporada transacta, às ordens de Carlos Brito). Mas outro nome pode ser adicionado às especulações: Erwin Sanchez. Embora seja uma possibilidade pouco viável, o "playmaker" boliviano terminou, há poucos dias, o contrato que o ligava ao Oriente Petrolero e, apesar dos seus 35 anos, encaixa na perfeição no perfil que a SAD procura: boa visão de jogo e qualidade de passe.
Todavia, o reforço pode jogar noutra posição. Pode ser avançado, com o costa-marfinense Bakayoko, actualmente sem clube, a assumir-se como hipótese, se bem que também possa ser um avançado do campeonato argentino a contratação (Dario Gandin é a possibilidade mais verosímil). Pode também ser um lateral-esquerdo, apesar de o Dr. João Loureiro ter garantido que o reforço que falta ser um jogador "do meio-campo para a frente", mas, no caso de o jovem Igor não convencer Carlos Brito, é possível que seja adquirido um lateral-esquerdo. Há algumas semanas, Rui Jorge, após ter sido anunciada a sua não-continuidade no Sporting, foi apontado como "alvo" da SAD boavisteira por alguma Comunicação Social. No entanto, tal cenário não parece muito provável face aos problemas que exisitiram, na sequência do último Boavista X Sporting, entre Rui Jorge e jogadores e responsáveis "axadrezados". Quanto a Areias, defesa-esquerdo na lista de dispensas do FC Porto, a sua vinda para o Estádio do Bessa Século XXI parece estar colocada de parte pelo empresário do jogador (contrariando as especulações que garantiam o ex-beiramarense no Boavista), que afirmou que existem propostas pelo lateral, mas nenhuma é do BFC.
Todavia, convém realçar que, mesmo que não haja qualquer surpresa na apresentação, a aquisição de mais um futebolista continua a ser um cenário provável, uma vez que, por exemplo, nas últimas duas temporadas, foi sempre contratado um jogador após o jogo de apresentação aos sócios: Fary em 2003/2004 (cerca de semana após o primeiro encontro de pré-temporada no Bessa) e Cadú em 2004/2005 (no dia seguinte ao da partida Boavista X FC Porto, que serviu para apresentar o renovado "elenco" boavisteiro).
O Boavista cedeu, ontem à noite, em Melgaço, uma igualdade a uma bola frente à equipa B do Celta de Vigo, sofrendo o golo do empate aos 88 min, após o tento madrugador de Cafú (10 min). Destaque também para um remate de João Pinto à barra na segunda parte e para a estreia de Ricardo Silva em nova aventura de "xadrez ao peito". Khadim fez o seu primeiro jogo nesta pré-temporada. Manuel José, que já jogou, nesta pré-época, a extremo-direito e a médio-interior do mesmo lado, foi utilizado como lateral-direito.
Carlos Brito colocou a seguinte equipa em campo:
Khadim; Manuel José, Hélder Rosário, Ricardo Silva e Carlos Fernandes; Lucas e Essame; Cafú, Guga e Hugo Monteiro; Fary
Também jogaram: William; Nélson, Cissé e Igor; Lucas e Manuel José; Tiago e André Barreto; Paulo Jorge, João Pinto e Diogo Valente; William Souza e Paulo Gomes.
height=150 src="http://boavistafc.blogs.sapo.pt/arquivo/jocivalter_21-thumb.jpg" width=100 border=0> O jornal "O JOGO" colocou hoje o nome de Jocivalter na lista dos "excendentários" do plantel "axadrezado", o que vem explicar a ausência do médio-ofensivo brasileiro no último encontro em Paços de Ferreira. O antigo número 21 do Boavista, após uma época em que raramente jogou, tendo, inclusivé, abandonado o clube ao qual o BFC o cedera (Varzim), teve, no início daquele que é o seu derradeiro ano de contrato, a oportunidade de integrar o plantel boavisteiro, de modo a procurar convencer Carlos Brito a recorrer aos seus serviços. No entanto, o treinador do Boavista não terá ficado agradado com o trabalho do criativo nem com a prestação nas duas partidas particulares que este disputou (em Sta. Maria da Feira e em Nelas). Assim, após a colocação de Steven e Nélson Santos (que também participaram no estágio de pré-temporada, em Melgaço) na lista de cedências e da saída de Éder (para a qual a SAD já encontrou a solução com o regresso de Ricardo Silva), é a vez de Jocivalter ser preterido, sendo que poderá avançar para a rescisão do seu vínculo com o BFC. Com um plantel actualmente composto por 25 jogadores, Carlos Brito deverá dispensar mais 2 ou 3 atletas, uma vez que pretende trabalhar com um grupo de 23 ou 24 futebolistas (contando já com mais uma contratação, que deverá ser de um "playmaker").
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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