Em entrevista à edição de hoje d' "O JOGO", João Pinto não refutou a possibilidade de permanecer no Boavista, mantendo a incógnita relativamente ao seu futuro. Afirmando que, se ficar no nosso país, 2005/2006 será a sua última época como futebolista profissional, o internacional português continua indeciso entre ficar na Superliga ou emigrar, uma vez que tem alguns convites de clubes estrangeiros. Visto que a hipótese Belenenses (rumor dado como certo por alguma Comunicação Social há poucos dias) foi afastada pelo próprio, o mais provável é que o BFC seja o único destino possível para o criativo de 33 anos em Portugal.
No entanto, a entrevista de João Pinto não tem apenas como aspectos relevantes a abordagem feita acerca do seu futuro, mas sim, também, a referência, de uma forma frontal e directa, aos acontecimentos que marcaram esta última temporada no campo pessoal, nomeadamente a sua relação conturbada com Jaime Pacheco. Confirmando o que parecia óbvio para os boavisteiros, o JVP apontou o actual treinador do Guimarães como o problema para o seu subrendimento com a camisola "axadrezada". Lançando duras críticas ao sistema táctico (que não previa a inclusão um jogador com as características de João Pinto, que gosta de jogar solto nas "costas" do ponta-de-lança e não propriamente no meio-campo, com preocupações defensivas), modelo de jogo (demasiado directo e físico, o que, claramente, não o favorecia) e as poucas oportunidades que, na sua opinião, lhe foram concedidas. Nos antípodas, JVP elogia o novo treinador do BFC, Carlos Brito, que, segundo o "artista", foi extremamente simpático na abordagem que lhe fez e terá mostrando interesse na permanência do número 12 no plantel.
O comentário que pode ser feito a esta entrevista é o seguinte: JVP tem toda a razão nas críticas que direcciona a Jaime Pacheco, apontando aspectos que, por exemplo, foram reprovados neste blog ao então treinador do BFC. No entanto, se João Pinto ficar, os sócios do BFC tem o direito de exigir muito mais do antigo "puto maravilha", agora que o Boavista tem um técnico que aposta num estilo de jogo muito mais favorável aos atributos de JVP. Fica, portanto, esta questão: João Pinto vai ser o "playmaker" que os "axadrezados" tanto necessitam? Ou será outro jogador (do actual plantel - André Barreto ou Jocivalter - ou que irá ser contratado - Ricardo Sousa é a hipótese mais provável, embora Ricardo Nascimento também seja uma possibilidade)?
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face=arial size=2>Segundo a edição de hoje d'"A Bola", o Borussia Moenchengladbach parece estar mesmo interessado em contratar Éder ao Boavista. De acordo com a imprensa germânica, o histórico clube alemão está a fazer todos os esforços para persuadir o BFC, que só venderá o jogador mediante o pagamento de uma determinada verba. Se se confirmar a transferência do central brasileiro, que, para já, não passa de uma mera hipótese, Franco actualmente ao serviço do FC Seul, poderá ser a solução da SAD "axadrezada" para substituir Éder, juntando-se, assim, a Ricardo Silva (sem clube) e a Bruno Alves (através de um eventual empréstimo por parte do FC Porto) como potenciais alvos do BFC, isto depois de Hugo Alcântara ter deixado de ser opção, uma vez que já assinou com a Académica. No entanto, a aquisição de um defesa-central só será equacionada apenas caso Éder saia. Franco, apesar de ter a desvantagem de já ter 31 anos, tem a seu favor o facto de ter sido orientado por Carlos Brito no Rio Ave (foi, aliás, considerado um dos melhores defesas-centrais na última Superliga) e está insatisfeito na Coreia do Sul, algo que poderá levar o FC Seul a facilitar o seu regresso a Portugal, embora o seu vínculo termina somente no próximo mês de Dezembro.
Confirmou-se a meio da tarde de hoje o já aguardado ingresso de William Souza (é o nome que é atribuído ao brasileiro pela Comunicação Social; no entanto, quer William Souza, quer William Júnior são dois nomes correctos, uma vez que Souza e Júnior são dois apelidos do atleta) no Boavista. O avançado de 22 anos, com créditos já firmados no futebol "canarinho", afirma que vai procurar marcar muitos golos, "coisa que sempre fiz durante a minha carreira" (citando as palavras do próprio). É exactamente isto que os boavisteiros desejam, algo que não tem sido muito frequentemente no Estádio do Bessa Século XXI no que a pontas-de-lança "axadrezados" diz respeito. De facto, desde 1998/1999, época em que Ayew ainda brilhava de xadrez ao peito, que o Boavista não tem um grande ponta-de-lança, capaz de apontar um número de golos bastante razoável e de resolver jogos. Depois de, em 1996/1997, Jimmy Floyd Hasselbaink e Nuno Gomes terem constituído uma dupla temível e de, nas duas temporadas seguintes, Ayew Kwarme, não desiludindo as expectativas que trazia de Setúbal, se cotar como um dos melhores pontas-de-lança da então 1.ª Divisão Nacional (só Jardel e Nuno Gomes se superiorizaram, em termos de tentos marcados, ao ganês), o BFC nunca mais encontrou uma verdadeira referência no ataque. Em 1999/2000, Gilmar e Augustine foram contratados para fazer face à transferência de Ayew para o Sporting, mas a verdade é que ambos decepcionaram e acabaram por ser dispensados antes de essa temporada terminar. Foram o até altura desconhecido Whellinton e, na fase final da época, o suplente Demétrios (que veio para o Bessa em Janeiro de 2000), que, vindo do "banco", entrava para marcar, os únicos avançados que deram algumas alegrias à nação boavisteira. No ano do título (2000/2001), foi adquirido Elpídio Silva, vindo do Braga, mas este apenas conseguiu brilhar a espaços ao longo da maior parte da época, conquistando a titularidade na recta final e decisiva da temporada, o que lhe valeu, ainda assim, apontar 11 golos (o que, no entanto, para um avançado-centro, não é muito). Whellinton, titular na maior fatia da fantástica carreira do BFC, ainda marcou alguns tentos e Demétrios "eclipsou-se" (acabou dispensado). De realçar que, no Boavista Campeão, quer Silva, quer Whellinton se destacaram muito mais pela realização da "pressão alta" nas imediações da grande área adversária e pelos espaços que conseguiram abrir ao invés dos golos apontados. Sem dúvida que elementos como Sanchez, Litos, Petit, Martelinho e Duda foram muito mais importantes nesse fabuloso ano. Chegava o Verão de 2001 e o Boavista, após transferir Whellinton para os espanhóis do Córdoba, anunciava Márcio Santos como reforço, jogador com grande prestígio no Brasil (fora, aliás, indicado por Mário Jardel, seu ex-colega nos turcos do Galatasaray). No entanto, Márcio marcou somente 5 golos. Quanto a Silva, embora se tenha destacado na 1.ª Fase da Liga dos Campeões, em que marcou 4 golos, os 8 tentos apontados no Campeonato constituem um número demasiado pequeno. Chegava-se a 2002/2003; Márcio Santos era cedido à União de Leiria e o BFC adquiria Luiz Cláudio, avançado conhecido pela sua eficácia no jogo aéreo (a sua altura de 1,91m permitia reforçar essa ideia), gastando uma soma recorde na história do clube. Mas a verdade é que o brasileiro, apesar dos decisivos tentos em Paris e em casa com o Málaga, também, de alguma forma, desiludiu. Silva, por sua vez, melhorava ligeiramente a sua "performance" a nível interno, apontando 10 golos. Jaime Pacheco reconhecia, pela primeira vez, que o "pistoleiro" não era bem um ponta-de-lança, colocando-o, frequentemente, descaído para o flanco esquerdo. E Silva até protagonizava exibições de grande qualidade. Na época seguinte, Silva era vendido ao Sporting, Luiz Cláudio mantinha-se e Fary, melhor da Superliga em 2003, era contratado. A vinda do senegalês criava grandes expectativas, que, talvez fruto do esquema táctico demasiado defensivo de Sanchez, decepcionou durante o grosso da temporada. No entanto, na fase em que, já com Jaime Pacheco de novo a treinador, apesar de nunca ter sido titular com o lordelense, Fary finalmente mostrava a sua notável capacidade de finalização e o seu sentido de oportunidade, o ponta-de-lança africano, no lance em que ele próprio dava uma vitória ao BFC em Barcelos, fracturava a tíbia e o perónio da perna direita. Luiz Cláudio apontou 1 golo ao longo de toda essa época, o que diz bem da prestação do brasileiro. Na temporada que recentemente terminou, o chileno Flores foi contratado, mas, sendo uma jogador dotado de uma baixa estatura (1,75m), não se adaptou ao estilo de jogo directo de Pacheco e marcou apenas um golo (no descalabro "axadrezado" em Alvalade). Em Janeiro, Hugo Almeida veio emprestado pelo FC Porto até ao final da temporada, com elevadas expectativas por parte dos boavisteiros. Porém, acabou por apontar 3 golos (poder-se-á dizer que o internacional "A" português foi também vítima do futebol directo de Pacheco, em que a bola, vinda da defesa, era direccionada para a cabeça de Hugo Almeida, com este virado de costas para a baliza e relativamente longe desta para almejar o golo). Fary entrou em 2 jogos (segunda parte em Setúbal para a Superliga e minutos finais contra o Leiria, no Bessa Século XXI). Cafú, que acabou por ser a aposta mais regular para a frente do ataque, lutou muito, é certo, mas mostrou que não está talhado para a ser a referência do ataque "axadrezado", muito por culpa do seu débil jogo aéreo. Marcou 3 golos.
Agora, com Carlos Brito "ao leme", espera-se que William Souza seja, finalmente, o "artilheiro" que tem faltado ao Boavista. Não só se pedem tentos, como também se solicita ao brasileiro que consiga abrir espaços nas defensivas adversárias (de modo a possibilitar a penetração na grande área de jogadores como Zé Manel, por exemplo) e, também, de jogar sem bola em fases adiantadas do terreno, isto é, de fazer a "pressão alta", marca indelével do Boavista Campeão. Se as previsões de confirmarem, o Boavista praticará um futebol mais bonito e mais ofensivo em 2005/2006 (fazendo jus àquilo que tem caracterizado as equipas de Carlos Brito), o que poderá favorecer os pontas-de-lança da formação boavisteira. BOA SORTE, WILLIAM!!!
Poderá hoje ser consumada a aquisição de William Júnior por parte do BFC. O ponta-de-lança chegou ontem à cidade do Porto e acertará com a SAD "axadrezada" os termos do contrato que o ligarão ao nosso clube. No entanto, o Dr. João Loureiro mostrou alguma cautela quando abordado sobre esta contratação, afirmando que, apesar de estar tudo bem encaminhado, ainda não é completamente certo que o negócio venha a ser concretizado. O presidente do BFC acrescentou que existem alternativas referenciadas pela SAD, no caso de as conversações com o jogador proveninente do Santos falharem.
Todavia, é extremamente provável que William Júnior represente o BFC na próxima época. Em 2005/2006, o jogador estará emprestado pelo Santos aos "axadrezados", que pagarão ao clube brasileiro uma verba de 70 mil euros. No final da época, caso o Boavista pretenda continuar a contar com os serviços do brasileiro de 22 anos, terá de negociar com a empresa Euro Export (e não com o Santos, uma vez que o vínculo de William Júnior com os paulistas termina em Junho de 2006) a aquisição, em definitivo, do avançado. Ou seja, o BFC terá direito a accionar, após o encerramento da temporada que brevemente se iniciará, uma cláusula de opção para assinar com William Júnior um contrato de 3 anos (que terminaria em 2009, portanto), desembolasando um determinado valor monetário (que, segundo o jornal O JOGO, na edição da passada quarta-feira, se cifra em 400 mil euros).
Noutro âmbito, o jornal A Bola adianta que não é totalmente liquída a saída de João Pinto do Boavista. Apesar de o internacional "A" português ter afirmado, numa recente entrevista à SportTV, que o seu futuro não passava pelo Estádio do Bessa Século XXI, o avançado de 33 anos rejeitou uma proposta de um clube saudita, podendo "voltar atrás" e permanecer no BFC.
Com a saída de Nélson abrem-se as portas do plantel do BFC para Steven (lateral-direito que representou a selecção de sub-20 no último torneio de Toulon), que lutará com Manuel José ou Paulo Jorge (ambos são extremos de raiz, mas podem jogar no lado direito da defesa) pela titularidade. A aquisição de um defesa-esquerdo passará, caso se confirme a transferência do cabo-verdiano ex-Salgueiros, a ser uma prioridade para a SAD do BFC (Areias é a hipótese mais provável, se bem que Rui Jorge também possa ser opção, embora o seu destino mais plausível seja o Belenenses) ou, como alternativa, a inclusão do lateral Igor, que esteve emprestado ao União de Lamas na última época, poderá ser a solução encontrada para fazer face ao défice de jogadores no lado canhoto da defesa. Quanto a Diogo Valente, a ausência do esquerdino do plantel poderá ser colmatada com Hugo Monteiro (que, apesar de não ser canhoto, pode ocupar a posição de extremo-esquerdo), que esteve emprestado ao União de Lamas e é um futebolista com grandes potencialidades, ou com a aquisição de mais um jogador (César Peixoto, através de um eventual empréstimo por parte do FC Porto, é uma possibilidade a ter em conta).
O avançado William Júnior, aposta da SAD do BFC para reforçar o ataque, deverá mesmo ser jogador do Boavista em 2005/2006. Após ter disputado aquele que foi o seu último jogo ao serviço do Santos (derrota 0-2, em casa, com o Atl. Paranaense, a contar para a Taça Libertadores; William Júnior entrou no decorrer da segunda parte), o ponta-de-lança brasileiro de 22 anos fará, em princípio, os testes médicos no dia de hoje ou amanhã. Com 1,81m de altura e 72kg de peso, William Júnior é um avançado móvel, que gosta de procurar e abrir espaços no interior da grande área e que, de acordo com as palavras do próprio, tem na finalização a sua grande arma, tendo apontado 28 golos em 93 jogos (a maioria dos quais iniciados a partir do "banco", uma vez que Deivid e Robinho ganharam a titularidade no ataque).
William Júnior afirma que está motivado para este novo desafio, destacando o título nacional de 2001 como grande justificação para considerar o BFC um clube de prestígio.
A confirmar-se este reforço (que elevará as expectativas dos boavisteiros para a temporada que se avizinha), Boavista direccionará os seus esforços para a aquisição de um "playmaker" (o regresso de Ricardo Sousa, por empréstimo, afigura-se como a hipótese mais provável). A contratação de outro ponta-de-lança também faz parte da lista de prioridades da SAD "axadrezada". Quanto ao reforço de outras posições, este estará dependente da saída de futebolistas com vínculo ao BFC. Com a cada vez mais eminente saída de Éder, a contratação de um defesa-central será equacionada, sendo Hugo Alcântara, Ricardo Silva e Bruno Alves (os dois primeiros não têm, neste momento, clube, enquanto que Bruno Alves pertence aos quadros do FC Porto) as possibilidades mais viáveis.
Mas o melhor é aguardar...
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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