Boavista William; Nélson, Jorge Silva, Éder e Milhazes; Tiago e André Barreto (João Pedro, aos 53min); Zé Manel (Guga, aos 59min), João Pinto e Diogo Valente (Toñito, aos 69min); Felipe Flores
Treinador: Jaime Pacheco
O Boavista cumpriu a sua obrigação, eliminando o Vianense da Taça com uma vitória por 1-3. Não deslumbraram os "axadrezados", mas a verdade é que o BFC não precisou de se esforçar muito para levar de vencida a aguerrida formação de Viana do Castelo, que, todavia, até entrou melhor no encontro, com um remate que obrigou William a uma defesa apertada. Pouco depois, numa jogada de ataque bem construída, João Pinto remata para a defesa para canto do guardião vianense. O Boavista atacava preferencialmente pelo flanco direito, onde se encontrava Nélson (o mlehor em campo), tendência que se acentuou mais a partir do momento em que Zé Manel trocou de ala com Diogo Valente, com este último a passar para o flanco canhoto. João Pinto procurava organizar jogo (o seu regresso à equipa traz inegavelmente classe à mesma), bem apoiado por André Barreto (mostrou alguns pormenores interessantes). O Boavista, à medida que otempo corria na primeira parte, acentuava o seu domínio na partida, chegando com naturalidade ao golo, aos 20min: bom trabalho de Zé Manel perto do vértice do lado direito da grande área, puxa a bola para o pé esquerdo e cruza para Flores, que não chega a trocar na bola (foi, pelo menos, essa a sensação que ficou na bancada), acabando por inaugurar o marcador. Quase de seguida, canto na direita apontado por Diogo Valente e Jorge Silva executa um cabeceamento que passou perto do poste esquerdo. Era a ameaça para o segundo golo, que haveria de surgir aos 26min: novo canto na direita de Diogo Valente, Flores cabeceia para uma defesa incompleta do guarda-redes da formação da casa e João Pinto, livre de marcação, aumenta, sem dificuldades, a contagem. Quatro minutos depois, na melhor jogada da partida, João Pinto abre para Flores, que desmarca Diogo Valente na esquerda, terminando a jogada com uma excelente execução por parte do esquerdino, com um "chapéu". A vencer por três tentos de diferença, o Boavista "desacelerou" e o intervalo acabou por chegar sem mais situações de realce. Na segunda parte, verificou-se um "relaxamento" quase colectivo da equipa "axadrezada". As entradas de João Pedro e Guga, para os lugares de, respectivamente, André Barreto e Zé Manel (protagonistas de duas actuações positivas) piorou a qualidade do jogo. A entrega dos jogadores boavisteiros era claramente menor, visto que a eliminatória já estava resolvida. Na frente Felipe Flores recebia, amiúde, a bola virado de costas para a baliza, não sendo suficientemente rápido para efectuar a rotação, daí que a maioria dos lances de ataque do Boavista acabassem por não trazer perigo para a baliza vianense. Contudo, fica o destaque para a perdida de Diogo Valente, desmarcado por João Pinto, em posição priveligiada, não consegue passar pelo guarda-redes adversária. Talvez por causa desta ocasião desperdiçada, o extremo-esquerdo é, minutos a seguir, substituído por Toñito. O médio espanhol, porém, a jogar descaído na esquerda, não trouxe nada de novo ao jogo, que, nessa altura, se apresentava extremamente monótono. Foi o Vianense quem animou o encontro, ao apontar o golo que deu azo a grandes festejos, que acabam por ser justificados, tendo em conta que se trata de uma equipa que milita na 3.ª Divisão. Canto apontado na direita do ataque do Vianense e William, que não se saiu, viu o avançado local a apontar o tento da equipa da casa. O Vianense, galvanizado pelo entuasiasmo dos seus adeptos, tentou, nos minutos que imediatamente se seguiram, chegar ao segundo golo, não revelando, no entanto, a solidez necessária para o conseguir. O encontro terminava e o Boavista já está nos oitavos-de-final da Taça de Portugal. Nélson, finalmente a realizar um jogo completo como lateral-direito, foi o jogador que mais se destacou, revelando eficácia a defender e constituído um importante auxílio no flanco direito do ataque.
Sp. Braga Paulo Santos; Abel, Nunes, Nem e Jorge Luiz; Luís Loureiro, João Alves e Wender (Castanheira, aos 72min); Jaime Jr.(Paulo Sérgio, aos 67min), João Tomás (Baha, aos 79min) e Cesinha
Treinador: Jesualdo Ferreira
Boavista Carlos; Hélder Rosário (Diogo Valente, aos 62min), Cadú, Éder e Carlos Fernandes; Tiago, Lucas e André Barreto (Toñito, ao intervalo); Zé Manel, Cafú (Milhazes, aos 83min) e Nélson
Treinador: Jaime Pacheco
Pode dizer-se que foi o Boavista que perdeu e não o Braga que ganhou. Aos 3min, livre para o Sp. Braga na direita, ressalto na grande área e Luís Loureiro, sem marcação, inaugurou o marcador. Aos 11min, um verdadeiro brinde natalício: Tiago recupera a bola, após um passe em profundidade dos bracarense, Carlos aproxima-se do 66 boavisteiro, mas este último faz um passe completamente disparatado para a baliza e o guarda-redes do BFC não conseguiu chegar à bola. Sem fazer praticamente nada, o Braga via-se a vencer por 2-0. A estratégia (?) de Pacheco, que decidiu colocar o jogador, até então, em melhor forma da equipa (Toñito) no banco, apostando em 3 médios-defensivos, num extremo-esquerdo que é lateral-direito (Nélson), num lateral-direito que é defesa-central (Hélder Rosário) e num ponta-de-lança que não o é (Cafú), falhava. Todavia, o Boavista até reagiu bem aos dois golos. Procurou pressionar a equipa da casa, flanqueou o jogo, mas os cruzamentos terminavam quase sempre nos defensores minhotos, notando-se a ausência de um "homem de área". Zé Manel era o jogador que mais se evidenciava pela sua garra em tentar inverter a complicada situação. Destaque para um bom remate de primeira de Cafú, que passou perto do poste, para um remate em jeito de Zé Manel, que culminou numa boa intervenção de Paulo Santos, e para um lance duvidoso na área (na bancada, deu a sensação de que Cadú sofrera falta, acabando, no entanto, por lhe ser exibido o cartão amarelo). O Braga limitava-se a gerir a vantagem milagrosamente conseguida (os "apanha bolas" desapareceram...). No meio-campo, Lucas lutava e procurava lançar a bola no ataque, André Barreto tentava organizar jogo e Tiago mostrava-se excessivamente apático. Pacheco nada fazia no sentido de fazer face à devantagem de dois golos. Toñito continuava sentado no banco... No sector defenisvo, se Carlos Fernandes cumpria no lado esquerdo, Hélder Rosário sentia imensas dificuldades para travar o irrequieto Cesinha. O intervalo chegava e Jaime Pacheco realiza, finalmente, a primeira alteração: saía André Barreto (que nem esteve mal) e entrava Toñito. Hélder Rosário, em claras dificuldades, e Tiago continuavam em campo. O Boavista mantinha a mesma toada do primeiro tempo, mas, na finalização, as lacunas eram por demais evidentes. Aos 62min, Hélder Rosário era rendido por Diogo Valente (futebolista em que Pacheco tem insistido e insistido). Se a alteração, em termos defensivos, trouxe mais tranquilidade ao flanco direito, no ataque, esta não acrescentava absolutamente nada à ala esquerda. No Braga, Jesualdo Ferreira trocou Jaime Jr. (muito apagado) por Paulo Sérgio, acabando por acertar em cheio no alteração, uma vez que o ex-Montpellier trouxe mais acutilância ao lado direito do ataque "arsenalista". O Boavista continuava a insistir, Toñito, aos poucos, ia entrando no encontro, Zé Manel fazia o podia, o BFC ganhava cantos atrás de cantos, mas o perigo não surgia. Nos dez minutos finais, verificou-se uma quebra na equipa do Boavista e o Braga, aproveitando a velocidade dos seus extremos, conseguia explorar essa deficiência. Aos 82min, Paulo Sérgio combina bem com João Alves, cruza para grande área, onde encontra a cabeça de Baha, que marca, assim, o terceiro tento. O resultado não reflectia o que se tinha passado durante a partida, porém, penalizava a insegurança defensiva do BFC. O encontro terminava pouco depois, com uma vitória que o Braga, sem ter de produzir muito, obtinha graças, sobretudo, ao demérito "axadrezado". Jaime Pacheco falhou em toda a linha e a maior parte da responsabilidade por esta pesada derrota é sua. Destaque para a razoável afluência de boavisteiros ao Municipal de Braga.
Equipas prováveis:
Sp. Braga Paulo Santos; Abel, Nunes, Nem e Jorge Luiz; Luís Loureiro, João Alves e Castanheira; Wender, João Tomás e Cesinha
Treinador: Jesualdo Ferreira
Boavista Carlos; Hélder Rosário, Cadú, Éder e Carlos Fernandes; Tiago, Lucas, André Barreto e Toñito; Cafú e Zé Manel
Treinador: Jaime Pacheco
O Boavista tem hoje um difícil e importante teste frente a um Sp. Braga moralizado pelo empate obtido em Alvalade. Na tentativa de recuperar a liderança da Superliga, Pacheco deverá reforçar o meio-campo, juntando André Barreto a Lucas e Tiago. Toñito será o organizador de jogo, apoiando os rápidos Cafú e Zé Manel. Na defesa, Hélder Rosário vai voltar ao posto de lateral-direito. Quanto ao Sp. Braga, Jesualdo Ferreira, para fazer face à ausência, por castigo, de Vandinho, deverá apostar em Castanheira, que jogará ao lado de João Alves. Na frente, João Tomás será a referência no ataque e o regressado Wender deverá render Jaime, que esteve em sub-rendimento no último encontro. Prevê uma partida muito bem disputada, colocando frente-a-frente duas das melhores equipas do campeonato. Para vencer, o Boavista terá de ser uma equipa lutadora, não concedendo espaços no seu meio-campo e, no ataque, circular a bola, procurando criar lacunas na defesa bracarense. André Barreto e Lucas terão de procurar fornecer superioridade aos "axadrezados" no centro do terreno, lançando os ataques do BFC, tentando, também, ajudar os laterais esquerdo e direito, respectivamente. Quanto isto acontecer, Toñito terá de recuar no terreno. FORÇA BOAVISTA!!!
Boavista Carlos; Frechaut (Nélson, aos 53min), Cadú, Éder e Carlos Fernandes; Tiago e Lucas; Zé Manel, Toñito e Diogo Valente (Felipe Flores, aos 79min); Cafú
Treinador: Jaime Pacheco
Académica Pedro Roma; Nuno Luís, Danilo, José António e Fredy; Nuno Piloto, Tixier, Paulo Adriano (Joeano, aos 68min) e Ricardo Fernandes; Luciano (Kenny Copper, aos 85min) e Dário (Rafael Gaúcho, aos 70min)
Treinador: João Carlos Pereira
O Boavista sofreu mas acabou por derrotar a Académica por 1-0, com um golo de Éder aos 93 minutos. Foi uma vitória justa a do BFC, porém, a verdade é que só no período de compensação da segunda parte os "axadrezados" conseguiram entusiasmar o público que compareceu no Estádio do Bessa Século XXI. Até então, o Boavista havia sido uma equipa demasiado apática durante a maior parte do jogo, com Toñito (deliciou a plateia com alguns bons pormenores, que, infelizmente, não foram tão frequentes como os boavisteiros gostariam), Cafú (mais uma noite de muito sacrifício), Nélson (entrou na segunda parte e forneceu maior capacidade ofensiva ao flanco direito) e, por vezes, Zé Manel a serem praticamente os únicos jogadores que tentavam fazer algo para animar o jogo. Na primeira parte, o Boavista, a partir dos 20min, parecia começar a dominar o encontro, preparando-se para uma vitória tranquila. Cafú, 5 minutos depois, desperdiçou incrivelmente a possibilidade de inaugurar o marcador com um cabeceamento torto, em posição frontal, após Toñito ter desmarcado Diogo Valente na esquerda, que executou um bom cruzamento a solicitar o avançado cabo-verdiano. Mas foi "sol de pouca dura". Ao invés de trocar a bola, o Boavista procurava apostar quase exclusivamente em cruzamentos, ainda por cima longe da linha lateral, para a grande área, com os centrais academistas a superiorizarem-se quase sempre. No meio-campo, somente Toñito, quando recuava para vir buscar jogo, conseguia fazer a transição em boas condições para o ataque. Se Tiago cumpria a sua função de lutar pela posse de bola, já Lucas, não obstante a abnegação que revelou, não estava em noite inspirada. Aos 38min, a Académica, em contra-ataque, após um canto do BFC, chegou a assusta, uma vez que Ricardo Fernandes, em posição extremamente favorável, rematou para uma defesa difícil de Carlos, que desviou a bola para o poste. O intervalo chegava após a monotonia que se verificou nos últimos dez minutos da primeira parte. Na segunda parte, Diogo Valente e Zé Manel trocaram de flanco, todavia, essa alteração não trouxe nada de novo. Aos 53min, Pacheco trocou Frechaut e Nélson. Esta substituição conferiou maior fulgor e poder atacante ao flanco direito, uma vez que o número 2 do BFC subiu, em várias ocasiões, pela sua ala, subidas essas que não foram devidamente aproveitadas pelo ataque do BFC. Quanto à Académica, limitava-se a trocar a bola, não arriscando absolutamente nada, com o seu treinador a realizar duas substituições quase seguidas, mas separadas, denotando uma gritante falta de ambição. O Boavista não conseguia despertar e a partida continuava a arrastar-se. Aos 79min, Jaime Pacheco colocou Flores no lugar de Diogo Valente, que realizou uma exibição muito pobre. Cafú passava para o flanco direito. Nesta segunda parte, Toñito já não conseguia, com tanta frequência, pegar no jogo, muito por culpa do seu adiatamento no terreno. Foi a partir dos 87, 88 minutos que a equipa do Boavista, "espicaçada" pelos adeptos, começou a pressionar e a "sufocar" a Académica. Toñito voltava a recuar, Tiago tentava ajudar a organizar jogo, Nélson funcionava como extremo direito, Cafú e Cadú (vindo do sector defensivo) juntavam-se a Flores no "coração" da grande área coimbrã. Aos 92min, Cafú, a cruzamento de Zé Manel, cabeceava, outra vez, de forma deficiente em boa posição. No entanto, os "axadrezados" não esmoreceram e continuaram a acreditar, perante uma Académica remetida às imediações da sua área. Novo cruzamento para a grande área e, Cafú voltava a falhar, de cabeça, o tento. Contudo, Nélson recuperou a bola antes de esta sair pela linha final, endossou-a a Toñito, que cruzou para a grande área. Éder, aproveitando a saída de Pedro Roma, superiorizou-se a este último no jogo aéreo, efectuando o cabeceamento vitoroso para o fundo das redes adversárias. Era a explosão de alegria no Estádio do Bessa Século XXI. O encontro terminava praticamente de seguida com um triunfo que acabou por ser merecido para o Boavista. Foi um castigo justo para a Académica, perdendo o "pontinho" que constuía a sua única ambição. O BFC soma agora 27 pontos, assumindo a liderança isolada da Superliga, pelo menos até os seus adversários mais directos entrarem em campo para esta 14.ª jornada.
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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