Boavista Carlos; Hélder Rosário, Cadú, Éder e Carlos Fernandes; Tiago e André Barreto (Frechaut, aos 57min); Zé Manel, Toñito e Diogo Valente (Martelinho, aos 57min); Cafú (Felipe Flores, aos 86min)
Treinador: Jaime Pacheco
Beira-Mar Srnicek; Levato, Alcaraz, Ricardo e Mário Loja; Beto (Filipe, aos 88min) e Paul Murray; McPhee, Rui Lima e Kingsley (Heitor, aos 64min); Santiago "Tanque" Silva (Pablo Rodriguez, aos 88min)
Treinador: Manuel Cajuda
Não poderia haver melhor maneira de o Boavista dar sequência à vitória obtida no Estádio do Dragão. Obteve um triunfo expressivo e realizou uma excelente exibição. Os "axadrezados" praticaram um futebol apoiado, com uma harmoniosa ligação entre os sectores da equipa, construindo jogadas de envolvimento ofensivo que chegaram a deliciar a assistência presente no Estádio do Bessa Século XXI. Toñito foi o organizador de jogo e a verdade é que foi o melhor em campo, jogando e fazendo jogar a equipa. O espanhol foi, frequentemente, buscar jogo a zonas mais recuadas do terreno e recorreu ao seu poder de finta e capacidade de passe para realizar uma exibição de luxo. Após 10 minutos inicias em que a partida não teve momentos de grande interesse, o Boavista começou a dominar o encontro. Destaque para uma jogada muito bem trabalhada na qual faltou apenas um último passe de qualidade: Carlos Fernandes tabela com Toñito, fazendo, de seguida, o passe para o centro; Zé Manel faz a simulação, deixando a bola para Cafú, que, de primeira, com a parte exterior do pé direito, acaba por aplicar pouca força na assistência para o ex-pacense. Quase logo a seguir, Zé Manel, à entrada da grande área, desfere um forte remate rasteiro, Srnicek não agarra e Cafú, fazendo uso da sua rapidez, consegue executar a recarga, que, no entanto, sai por cima da baliza aveirense. O golo boavisteiro haveria de surgir pouco depois, aos 25 minutos: Tiago, na esquerda, coloca a bola em Toñito, que se encontra no flanco oposto; o número 10 "axadrezado" faz o passe para Éder, que cruza para o interior da grande área, respondendo Diogo Valente de cabeça, acabando por sobrar a bola para a Cadú e Cafú, culminando no tento inaugural. Apesar de, no estádio, ter sido dada a indicação de que foi Cafú a apontar o primeiro golo, fica a dúvida sobre quem, efectivamente, deu o último toque antes do esférico entrar na baliza. Os últimos 15 minutos da primeira parte mostraram um Beira Mar mais ofensivo, valendo ao Boavista a inspiração do guarda-redes Carlos. O intervalo chegava com um justo 1-0, ficando, contudo, a preocupação pela descida de rendimento do BFC no último quarto-de-hora da primeira parte. A etapa complementar iniciou-se com o Beira Mar a tentar "pegar" no jogo e o Boavista a procurar responder em contra-ataque. Aos 55min, Jaime Pacheco substituiu Diogo Valente (muito esforçado; deu um precioso auxílio a Carlos Fernandes no flanco esquerdo da defesa) por Martelinho e André Barreto por Frechaut. Se a primeira alteração pouco acrescentou à equipa, a segunda teve o condão de fornecer maior consistência ao meio-campo. Pouco a pouco, o Boavista voltava a subir no terreno, uma vez que as iniciativas atacantes do "auri-negros" eram inconsequentes, falhando, no entanto, o último passe por diversas ocasiões. Toñito era o maestro da equipa e Cafú, que nunca virou a cara à luta, procurava, recorrendo à sua velocidade, penetrar na grande área beiramarense, optando, porém, em algumas situações, pela opção menos acertada. Todavia, começava a prever-se que iria surgir o 2-0. Destaque para um remate em jeito, com o pé esquerdo, de Hélder Rosário (foi ganhando confiança ao longo da partida, subindo no terreno com mais frequência no segundo tempo), que passou ligeiramente por cima da barra. O segundo golo acabou por não tardar, aparecendo aos 80min: Cafú finta um defensor aveirense; ainda relativamente longe da grande área, o avançado cabo-verdiano assiste, com um passe espectacular, Zé Manel, que, perante Srnicek, não vacila e faz o 2-0 com uma magistral execução. A merecia tranquilidade chega para o Boavista, que, poucos minutos depois, aponta mais um tento: Toñito, aproveitando a desatenção da defensiva aveirense, marca rapidamente um livre a meio do meio-campo do Beira-Mar, desmarcando Zé Manel, que, mais uma vez diante de Srnicek, realiza um excelente trabalho, "fugindo" para a esquerda, acabando por endossar a bola a Cafú, que factura pela segunda vez, recompensando, assim, mais uma partida em que mostrou toda a sua abnegação. O BFC podia ter feito o quarto golo: Flores (que rendeu Cafú, para a ovação da noite) faz um excelente cruzamento para Hélder Rosário, que, porém, cabeceia por cima. O jogo terminava com uma vitória folgada do Boavista, numa noite em que voltou a fazer a pressão alta de que Jaime Pacheco tanto gosta (fazendo pouquíssimas faltas: somente 2 na primeira parte), apostando amiúde na circulação de bola com progressão. Além do já referido Toñito, destaque, como é óbvio, para Cafú (não só pelos dois golos apontados, mas sobretudo para garra que demonstrou; para ele, não havia lances perdidos), Zé Manel (regressou às grandes exibições, conciliando a sua rapidez com uma grande capacidade técnica), Cadú (intratável no jogo aéreo), Hélder Rosário (imperial a defender, atacou bastante na segunda parte, não revelando receio em subir no terreno) e Carlos (mais uma actuação seguríssima, transmitindo tranquilidade a todo os seus colegas de sector). VIVA O BOAVISTA!!!
FC Porto Vítor Baía; Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Areias; Costinha, Bosingwa e Maniche; Quaresma (Hugo Almeida, aos 56min), McCarthy e Derlei (Hélder Postiga, aos 77min)
Treinador: Victor Fernández
Boavista Carlos; Hélder Rosário, Cadú, Éder (Martelinho, ao intervalo) e Milhazes; Frechaut, Tiago e André Barreto (João Pinto, aos 64min); Toñito, Cafú e Diogo Valente (Zé Manel, ao intervalo)
Treinador: Jaime Pacheco
O Boavista redimiu-se da melhor maneira do resultado de Alvalade, sendo a primeira equipa visitante a ganhar no Estádio do Dragão. Apresentando muita organização no seu meio-campo defensivo, com os seus centro-campistas a fecharem as linhas de passe ao FC Porto, o BFC não concedia espaços ao seu rival. Jaime Pacheco surpreendeu tudo e todos ao deixar João Pinto e Zé Manel no banco e ao dar a titularidade a Carlos. Os "axadrezados" apostavam num meio-campo combativo, capaz, por intermédio de André Barreto e, principalmente, Frechaut, de lançar, em velocidade, os três homens da frente. Além disso, A.Barreto constituía uma preciosa ajuda a Milhazes, que acabou por não ter grandes problemas para travar Quaresma. Fruto da excelente estratégia desenhada por Pacheco, o FC Porto não criava uma única oportuindade para colocar minimamente em causa o zero que se regista no "placard" da formação anfitriã. Assim, os campeões da Europa ficavam cada vez mais nervosos e McCarthy, ao agredir por duas (!) vezes Milhazes, num comportamento que pode, quiçá, adequar-se a outros desportos que não, seguramente, o futebol, foi justamente expulso. O intervalo chegava pouco tempo depois, com um Boavista a ganhar, progressivamente, confiança e um nulo correcto no marcador. Ao intervalo, Pacheco trocava o inexperiente Diogo Valente por Zé Manel e colocava Martelinho a lateral-direito, rendendo Éder, passando Hélder Rosário para o eixo da defesa, numa tentativa de fornecer maior capacidade ofensiva a esse flanco. E conseguiu-o. Toñito jogava mais apoiado pelo defesa-direito, o que resultava numa melhoria evidente da exibição do espanhol, que chegou a marcar, num lance invalidado por um alegado fora-de-jogo (que não existiu). Face à deslocação de Bosingwa para a direita do ataque portista, eram concedidos mais espaços no meio-campo, sector onde o Boavista sempre foi superior, e o BFC conseguia circular a bola com tranquilidade. Poderia, inclusive, ter inaugurado o marcador, não fosse o árbitro assistente, para além do já referido tento de Toñito, ter anulado duas jogadas em que Zé Manel ficava isolado perante Baía, assinalando dois foras-de-jogo inexistentes. O FC Porto, por sua vez, limitava-se a executar lançamentos longos desde a defesa, esperando que um ressalto ou uma descoordenação defensiva boavisteira permitissem o golo aos "azuis-e-brancos". Perante este cenário, Jaime Pacheco acreditou que podia vencer o encontro e substituiu André Barreto por João Pinto. Se o Boavista perdia alguma segurança no seu lado-esquerdo da defesa, permitindo que Bosingwa tivesse mais espaços, ganhava maior criatividade no ataque. Até ao final do jogo, o FC Porto só por uma vez ameaçou chegar ao golo: numa desconcentração quase geral da defesa "axadrezada", Hugo Almeida, em posição frontal, remata forte para uma espectacular intervenção de Carlos, que fez a sua estreia a titular e, num ambiente complicadíssimo, nunca vacilou. Do outro lado, praticamente de seguida, um passe a rasgar para Cafú obriga Baía a sair, acabando por aliviar a bola de forma deficiente. Martelinho tentou, de longe, aproveitar a ausência do guarda-redes portista da baliza, remantando, no entanto, ligeiramente ao lado. O final aproximava-se a passos largos e, já em período de compensações, Frechaut, o patrão de meio-campo, grande actuação do internacional português no lugar onde rende mais, desmarca Cafú (o melhor em campo pela entrega que demonstrou), que, perante Baía, faz o único golo da partida. Pouco depois, o jogo terminava com o Boavista a conseguir uma brilhante vitória, que premiou a equipa mais objectiva no ataque e mais organizada no seu sector mais recuado. Destaque, para além dos já citados Cafú, Frechaut, Carlos e Toñito (que, no segundo tempo, evidenciou toda a sua técnica aliada à rapidez no flanco direito do ataque), Milhazes, que travou, de forma impecável Quaresma e Hélder Rosário (imperial quer a lateral-direito, quer a defesa-central). Portanto, os jogadores do Boavista e a sua equipa técnica, com Pacheco à cabeça, estão completamente de parabéns pela maneira como o BFC, vindo de uma pesada derrota, conseguiu jogar de forma serena e inteligente em casa do campeão europeu, arrecadando uma vitória feliz, é certo, mas que acaba por se ajustar. VIVA O BOAVISTA!!!
Equipas prováveis:
FC Porto Vítor Baía; Seitaridis, Jorge Costa, Pedro Emanuel e Areias; Costinha, Bosingwa e Maniche; Quaresma, McCarthy e Derlei
Treinador: Victor Fernández
Boavista Khadim; Frechaut, Hélder Rosário, Éder e Carlos Fernandes; Lucas e Tiago; Martelinho, João Pinto e Zé Manel; Felipe Flores
Treinador: Jaime Pacheco
Será um Boavista "ferido" no seu orgulho aquele que vai entrar, hoje, no relvado do Estádio do Dragão, para defrontar o seu rival de sempre. Não obstante a humilhante derrota sofrida em Alvalade, não são aguardadas grandes alterações no "onze". João Pinto deverá recuar no terreno, sendo o organizador de jogo, passando Felipe Flores ou Cafú para o posto de ponta-de-lança. Nas alas, Zé Manel e Martelinho (que completou ontem 30 anos) serão os prováveis titulares, se bem que Toñito também possa constituir opção para o flanco direito. Mais atrás, na defesa, há dúvidas sobre quem será o lateral-direito: Pacheco poderá apostar na experiência de Frechaut para travar Derlei, recorrer à rapidez de Nélson ou em Hélder Rosário, que, nos últimos três jogos antes de se lesionar, ocupou esse lugar. Todavia, o mais certo é que o número 37 "axadrezado" faça dupla com Éder no centro da defesa. Quanto a Carlos Fernandes, o lateral-esquerdo terá a difícil tarefa de anular Quaresma. Se o conseguir, a equipa portista perderá uma parte significativa da sua capacidade ofensiva. No meio-campo, além de JVP, Tiago manterá a titularidade, jogando ao lado de Lucas. Porém, André Barreto ou Frechaut (caso não seja o escolhido para ocupar o lado direito da defesa) podem ser hipóteses para fazer parceria com o 66 boavisteiro. No que concerne ao FC Porto, face às ausências de Diego e Carlos Alberto, Maniche funcionará como distribuir de jogo, com Bosingwa a auxiliar Costinha, que fará a marcação individual a João Pinto, num duelo que, possivelmente, será decisivo na decisão do encontro. É evidente que o FC Porto, porque joga em casa, é o favorito, mas o Boavista, se for uma equipa organizada no seu meio-campo defensivo, procurando fechar os espaços ao ataque "azul-e-branco", e explorar convenientemente as capacidades do seus jogadores mais ofensivos, pode, perfeitamente, discutir a partida e, quem sabe, trazer um bom resultado neste "derby" portuense. Jaime Pacheco tentará repetir a fantástica vitória por 2-0 obtida no Estádio das Antas, em 1998. FORÇA BOAVISTA!!!
Sporting Ricardo; Rogério, Enakarhire, Polga e Rui Jorge; Custódio, Rochemback, Carlos Martins (Danny, aos 59min) e Hugo Viana (Paíto, aos 80min); Douala (Pinilla, aos 71min) e Liedson
Treinador: José Peseiro
Boavista Khadim; Cadú, Éder e Carlos Fernandes (Nélson, aos intervalo); Lucas, Frechaut, Tiago (Jorge Silva, aos 62min) e André Barreto (Felipe Flores, ao intervalo); Martelinho, João Pinto e Zé Manel
Treinador: Jaime Pacheco
Equipas prováveis:
Sporting Ricardo; Rogério, Enakarhire, Polga e Rui Jorge; Custódio, Rochemback, Carlos Martins e Hugo Viana; Douala e Liedson
Treinador: José Peseiro
Outros convocados: Tiago, Hugo, Miguel Garcia, Paíto, Tinga, Pedro Barbosa, Danny e Pinilla
Boavista Khadim; Frechaut, Cadú, Éder e Carlos Fernandes; Lucas, Tiago e André Barreto; Martelinho, João Pinto e Zé Manel
Treinador: Jaime Pacheco
Outros convocados: William, Jorge Silva, Nélson, João Pedro, Toñito, Diogo Valente, Cafú e Felipe Flores
O Boavista vai realizar hoje o primeiro de dois clássicos num espaço de uma semana, defrontando o Sporitng, em Alvalade. Com três pontos de vantagem para o seu adversário, o BFC vai procurar manter a tendência positiva fora de casa, aproveitando a intranquilidade do rival lisboeta. Jaime Pacheco deverá reforçar o meio-campo com a entrada de Lucas (também poderá jogar Toñito) para fazer face aos quatro médios sporitnguistas, permintindo que André Barreto e Lucas auxiliem os dois laterais. Na frente, João Pinto deverá jogar "nas costas" dos rápidos Zé Manel e Martelinho. No sector defensivo, será frequente a passagem para três centrais (quer Frechaut, quer Carlos Fernandes são jogadores fortes no jogo aéreo), passando um dos laterais para terceiro defesa-central, recuando um dos médios do flanco em questão. João Pinto terá a função de fazer a ligação meio-campo - ataque, apoiando Zé Manel e Martelinho, tentando ele próprio responder aos cruzamentos. No Sporting, o sistema táctico será o habitual 4-4-2, apostando na circulação de bola para a colocar no irrequieto Douala ou no perigoso Liedson. O Boavista terá de ser uma equipa serena, procurando fechar os espaços no seu meio-campo, não pode conceder grande liberdade a Douala e Liedson e, no ataque, pode apostar em jogadas de envolvimento ofensivo ou em contra-ataques rápidos. Uma vitória neste encontro pode lançar os "axadrezados" para altos voos... FORÇA BOAVISTA!!!
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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