Marítimo - Marcos; Ferreira, Tonel, Mitchell van der Gaag e Briguel; Chainho e Wênio; Manduca (Joel Santos, aos 88min), Léo Lima (Luís Filipe, aos 82min) e Alan; Pena (Bibishkov, aos 59min)
Treinador: Mariano Barreto
Boavista - William (Carlos, aos 61min); Frechaut, Cadú, Éder (Martelinho, aos 61min) e Carlos Fernandes; Hélder Rosário, Lucas, Milhazes (Toñito, aos 31min); João Pinto, Guga e Zé Manel
Treinador: Jaime Pacheco
O Boavista sofreu ontem a sua primeira derrota na Superliga, aos perder por 2-1 no Estádio dos Barreiros, com o Marítimo. O BFC não entrou bem no jogo, perdendo o domínio no meio-campo. Os "verde-rubros" apostavam sobretudo nas diagonais dos dois extremos, Alan e Manduca, para criar perigo. Na frente de ataque boavisteira, João Pinto teve de deslocar-se para a direita para equilibrar a equipa. Contudo, o Marítimo não conseguia criar grandes ocasiões de golo, muito por culpa de Hélder Rosário (a jogar como "trinco"), que anulou o criativo Léo Lima. No entanto, Frechaut raramente avançava pelo seu corredor, face às dificuldades causadas por Alan, tendo Lucas de ajudar a fechar na direita. Deste modo, o meio-campo ficava debilitado, até porque Milhazes não conseguia fazer a transposição defesa-ataque. O Marítimo acabou por chegar ao golo, aos 26min: Ferreira, desmarcado na direita, rematou para defesa incompleta de William e Tonel, no limite da grande área, disparou para a fundo da baliza. Curiosamente, a exibição boavisteira melhorou com a desvantagem no marcador. Quatro minutos depois do tento insular, Hélder Rosário, na sequência de um livre apontado por Carlos Fernandes, escapou à marcação de Tonel e cabeceou à barra da baliza maritimista. Praticamente logo de seguida, João Pinto, fora da grande área, desferiu um forte remate, que Marcos defendeu com dificuldade, porém, Guga não chegou a tempo de efectuar a recarga. Jaime Pacheco fazia então a primeira alteração, substituindo Milhazes por Toñito. Com esta alteração, Pacheco pretendia que o jogador espanhol fosse o elo de ligação entre o meio-campo e o ataque. O intervalo chegou sem mais nenhum lance de destaque. Na segunda parte, o Boavista entrou a dominar o jogo e, aos 55min, João Pinto, novamente, rematou para defesa complicada de Marcos. Aos 61min, infelicidade para o Boavista: William, após ter saído da grande área para fazer o desarme a Manduca, lesionou-se e teve de ser rendido por Carlos, que assim fez a sua estreia na Superliga. Pacheco também trocou Éder por Martelinho e a verdade é que esta substituição acabou por ser importante para a actuação "axadrezada". Hélder Rosário recuava no terreno para fazer dupla com Cadú no eixo da defesa, Lucas passou para lateral-direito e Frechaut juntou-se a Toñito no meio-campo. Martelinho passou a abrir o jogo do Boavista na direita e João Pinto deslocou-se para o meio-campo, atrás do ponta-de-lança Guga, posição onde, sem dúvida, rende mais. O Marítimo começou a sentir grandes dificuldades, respondendo apenas em contra-ataque, e, aos 65min, Zé Manel, na execução de um livre, fez a bola embater, pela segunda vez, na barra da baliza de Marcos. O Boavista ganhava mais dinâmica no ataque e dava a clara percepção de que o empate estava próximo. No entanto, o árbitro da partida, sr. Paulo Baptista assinalou uma grande penalidade, penalizando uma alegada falta de Lucas sobre Alan, que converteu com sucesso o castigo máximo. Esta decisão errada do juiz da partida practicamente resolvia o encontro, numa altura em que o BFC era claramente superior ao Marítimo. O Boavista ainda tentou pressionar, procurando o primeiro golo para depois tentar chegar ao empate. Todavia, o tento acabou por surgir apenas nos tempo de compensação, através de um golpe de cabeça de Cadú, a responder a um cruzamento tirado por Carlos Fernandes. Era demasiado tarde para evitar a vitória madeirense. O resultado, atendendo à última meia-hora do Boavista e aos minutos que se seguiram ao golo inaugural, acaba por ser injusto, numa partida em que o árbitro teve grande influência, ao assinalar um "penalty" inexistente.
William - teve a infelicidade de se lesionar numa partida em que estava a exibir-se em bom nível. No primeiro quarto-de-hora, efectuou uma excelente defesa a remate de Manduca. Esteve seguro nas saídas, aquando dos cantos maritimistas.
Frechaut - a sua actuação durante uma hora como lateral-direito foi praticamente desastrosa, sentido grandes dificuldades para travar o rápido Alan. Além disso, quase nunca subiu pelo seu corredor. Melhorou quando passou para o meio-campo, jogando com mais serenidade, ajudando a distribuir jogo.
Cadú - excelente exibição coroada com um golo. Desta vez, foi o elemento "livre" da defesa e a verdade é que conseguiu quer no jogo aéreo, quer junto ao relvado, ganhar praticamente todos os lances em que interveio. Na primeira parte, efectuou alguns passes longos para o ataque (para Zé Manel e João Pinto) que acabaram por ter o destino pretendido.
Éder - não deu grandes espaços a Pena, acabando por ter um final de tarde tranquilo. Foi substituído apenas devido à necessidades estratégicas.
Carlos Fernandes - teve alguns problemas com Manduca, que, no entanto, não lhe prejudicaram a exibição. Na primeira parte, tentou empurrar a equipa para a frente, avançando pelo seu corredor. Foi do seu pé esquerdo que saíram os cruzamentos para Hélder Rosário e Cadú, com o primeiro a cabecear à barra e o segundo a conseguir marcar.
Hélder Rosário - foi a aposta de Jaime Pacheco para jogar como elemento mais recuado do meio-campo, fazendo a marcação a Léo Lima. Hélder Rosário esteve bem sucedido, conseguindo anular o criativo jogador brasileiro. Procurou aparecer na área contrária nos lances de bola parada e, num desses lances, cabeceou à barra. Terminou a partida na sua verdadeira posição, a de defesa-central.
Lucas - mais um encontro no qual o ex-academista correu muito. A jogar no meio-campo tentou, na primeira hora de jogo, auxiliar o desacompanhado João Pinto na direita, ajudando, também, Frechaut, que sentia muitas difculdades face à rapidez de Alan. Jogou os últimos 30min a defesa-direito, sendo um lateral muito ofensivo no apoio a Martelinho. Foi vítima do erro do árbitro, que entendeu que Lucas cometeu grande penalidade sobre Alan.
Milhazes - não se estreou da melhor maneira com a camisola axadrezada na Superliga. Recorreu demasiadas vezes à falta e não conseguiu cumprir a missão de lançar os ataques "axadrezados".
João Pinto - esteve demasiado desapoiado no primeiro tempo, fruto da incapacidade de Frechaut para subir pelo seu flanco. A jogar como extremo-direito, perde qualidade. No entanto, efectuou dois remates que obrigaram a intervenções complicadas por parte de Marcos.
Zé Manel - o esquema táctico inicial da equipa prejudicou a sua actuação, uma vez que não podia jogar "encostado" à linha lateral. Contudo, esteve pertíssimo do golo ao rematar à barra na marcação de um livre.
Guga - foi o elemento mais pressionante da frente de ataque, ganhando também algumas bolas de cabeça. No entanto, não é a referência de que o Boavista necessita na grande área adversária.
Toñito - entrou para organizar o jogo "axadrezado". Todavia, só por algumas vezes é que se "mostrou". Jogou numa posição demasiado recuada.
Carlos - na sua estreia na Superliga, revelou segurança, sendo batido apenas de grande penalidade. Destaque para uma brilhante defesa a remate de Bibishkov, aos 81min.
Martelinho - Pacheco lançou-o em campo na tentativa de abrir o jogo na direita e a verdade é que, após a sua entrada, a equipa melhorou e podia ter chegado ao empate. Ainda criou algumas dificuldades a Briguel.
Equipas prováveis:
Marítimo - Marcos; Ferreira, Tonel, Mitchell van der Gaag e Briguel; Chainho e Wênio; Alan, Léo Lima e Manduca; Bibishkov
Treinador: Mariano Barreto
Outros convocados: Nélson, Fernando, Bino, Joel Santos, Luís Filipe, Souza e Pena
Treinador: Jaime Pacheco
Outros convocados: Carlos, Cadú, Nélson, Milhazes, Jorge Silva, Lucas, Toñito, Cafú e Felipe Flores
O Boavista vai hoje defrontar a sempre complicada equipa do Marítimo, no Estádio dos Barreiros, onde o nosso clube não vence há 17 anos. Com João Pinto e Hélder Rosário disponíveis e Tiago ausente devido a lesão, é provável que Jaime Pacheco volte a apostar no 4-2-3-1, saíndo Lucas e entrando João Pinto e João Pedro a substítuir Tiago (Frechaut também é hipótese para esse lugar). O Marítimo joga também em 4-2-3-1, recorrendo à rapidez dos seus dois extremos (Manduca e Alan), que podem criar muito perigo nas diagonais para o interior da grande área. Além disso, tem em Léo Lima o criativo da equipa, que pode, numa jogada individual, surpreender as defesas adversário, Wênio, o "trinco" da formação madeirense, deverá encarregar-se da marcação a João Pinto, Chainho é o responsável por distribuir jogo e recuperar bolas no meio-campo e Bibishkov (também poderá jogar Pena) vai procurar abrir espaços na área "axadrezada", além de tentar responder aos cruzamentos dos dois extremos e aproveitar as possíveis ocasiões de golo criadas. No sector defensivo, Mitchell van der Gaag e Tonel são muito fortes no jogo aéreo, Os dois laterais, Ferreira e Briguel, vão tentar travar os dois extremos boavisteiros e procurar auxiliar, respectivamente, Alan e Manduca. No Boavista, Carlos Fernandes será o responsável por travar uma das principais figuras do Marítimo, Alan, podendo flectir para o centro do terreno sempre que o extremo brasileiro surgir como segundo ponta-de-lança (quando os "verde-rubros" estiverem a atacar pela esquerda). Frechaut terá a mesma função com Manduca, jogador que também pode jogar a ponta-de-lança. Nélson ou Martelinho também podem ocupar o posto de lateral-direito (caso Frechaut alinhe a médio-defensivo). Esses dois jogadores são mais rápidos que Frechaut, mas inferiores no jogo aéreo que o internacional português. Hélder Rosário seguirá todas as movimentações de Bibishkov, enquanto Éder, mais uma vez, ficará "livre", encarregando-se que jogadores como Léo Lima penetrem na grande área. Mais à frente, João Pedro (ou Frechaut) fará a marcação individual a Léo Lima, tentando também recuperar jogo no meio-campo, e André Barreto, além da função de recuperar a posse de bola, tentará lançar os ataques do BFC. Na frente, João Pinto será o organizador de jogo, podendo apostar em jogadas ao primeiro toque com Guga, para abrir espaços no sector defensivo adversário. O ex-sportinguista terá de "fugir" à marcação imposta por Wênio. Zé Manel e Martelinho serão os dois extremos, com a responsabilidade de, recorrendo à sua rapidez, ultrapassar os dois laterais. Guga será o ponta-de-lança, tentando abrir espaços na defensiva maritimista, procurando também ganhar lances de cabeça. Pacheco também pode apostar num 4-4-2, com Lucas a juntar-se ao meio-campo e com dois homens na frente. Nesse caso, o BFC jogaria numa toada mais contra-atacante, concedendo menos espaços no seu meio-campo, jogando um futebol mais junto ao relvado, apostando na circulação de bola. FORÇA BOAVISTA!!!
Texto retirado do Site Oficial do Boavista Futebol Clube:
"O Boavista é a equipa da Superliga com mais faltas sofridas, num total de 86.
Neste "campeonato" de faltas sofridas seguem atrás do Boavista (86) a Académica (75) e o Benfica (56).
Para quem tanto critica a nossa equipa apelidando-a de efectuar jogo faltoso, seria bom que atentassem igualmente nestes números no que diz respeito às faltas sofridas, o que demonstra também que nos jogos do Boavista os adversários cometeram mais faltas do que as cometidas pela nossa equipa.
Tal facto demonstra igualmente uma grande agressividade de todas as equipas que defrontam o Boavista, facto, que os boavisteiros bem conhecem e que jamais foi realçado pela Comunicação Social.
É que as constantes e já cansativas declarações de técnicos e outros responsáveis por este aspecto, sempre sublinhado pela Comunicação Social, é um factor decisivo para que se propague e construa imagem que não é justa para o Boavista F.C.."
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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