Domingo, 23 de Novembro de 2008
SC Freamunde 2 - 0 Boavista FC

O Boavista somou a terceira derrota consecutiva na Liga Vitalis, ao ser derrotado por duas bolas a zero em Freamunde, num jogo de futebol globalmente fraco, em que o nulo seria, provavelmente, o castigo mais justo para o pouco que as duas equipas produziram. Mereciam, claramente, mais e melhor os adeptos boavisteiros, que, uma vez mais, compareceram em muito bom número em mais uma deslocação fora de casa. A eficácia, aliada ao aproveitamento de erros defensivos, acabou por fazer a diferença no resultado final.

 
Para este encontro, Rui Bento operou duas alterações no onze, entrando Fuska e Sidnei (regressado após lesão) para os lugares do lesionado Pedro Moreira e de Márcio Tarrafa, respectivamente. O esquema táctico, esse, manteve-se, com um 4-3-3 em que Rui Lima e Fuska eram os homens mais adiantados no meio-campo, jogando atrás de um trio com instruções para ir trocando de posição durante a partida.
 
O Boavista até começou melhor, com uma oportunidade flagrante para abrir o marcador. Com um passe de cerca de 30 metros, Rui Lima desmarca Sidnei, que, após passar pelo guarda-redes, acaba por rematar fraco (permitindo a intercepção para canto), dado ter ficado com um ângulo reduzido para alvejar a baliza. Parecia que o BFC ia impor o seu futebol e dominar o jogo, mas… puro engano. Rapidamente o encontro mergulhou numa toada morna, demasiado morna, com muita bola pelo ar, pouca imaginação a meio-campo e escassíssimos lances junto das duas áreas. Tacticamente, o Boavista era uma equipa confusa. Os dois extremos (Sidnei e Adriano) muitas vezes apareciam no mesmo flanco ou permaneciam em zonas mais interiores, o que dificultava não só o desdobramento para o ataque (os dois laterais, amiúde, subiam sem ter linhas de passe à sua frente), como também as transições defensivas (dado que não havia quem acompanhasse as subidas dos laterais adversários, criando uma situação de inferioridade numérica nas alas). O meio-campo também mostrava desorganização: Rui Lima, frequentemente, era obrigado a descair para a esquerda e Bruno Monteiro era forçado a desempenhar um duplo papel – distribuir jogo e tentar recuperar bolas, dado que era o único elemento no sector com capacidade para cumprir tarefas mais defensivas. O resultado era evidente: equipa demasiado previsível a sair a jogar e falta de cobertura na zona central em frente aos centrais, o que, juntamente com o pouco apoio dado aos laterais (como já referido), expunha o sector defensivo ao ataque adversário. E, com isto, o Boavista acabou por sofrer um golo perfeitamente escusado…
 
Os axadrezados, até ao intervalo, ainda tentaram esboçar uma reacção, mas a boa vontade de João Tomás (muito trabalhador e forte no jogo aéreo) e de Sidnei não era suficiente para “remar contra a maré”.
 
A segunda parte começou com um Boavista mais pressionante, embora nem sempre com grande lucidez, mas, fazendo lembrar o que aconteceu na deslocação ao terreno do Varzim, foi o adversário quem marcou, mais uma vez aproveitando um erro defensivo. 2-0 no marcador e um rude golpe para uma equipa que tentava reagir à desvantagem. Foi, então, que o Rui Bento mexeu na equipa. Primeiro aos 60 minutos, ao fazer sair Adriano (que esteve numa manhã muito infeliz, tendo, inclusive, desperdiçado uma soberana ocasião para marcar, logo a seguir ao 2-0), para entrar Márcio Tarrafa. Pouco depois, nova substituição, com Ivan Santos a render Diogo Fernandes. O Boavista, mantendo o 4-3-3, passou a jogar com Gilberto no lado direito da defesa e Rui Lima no lado esquerdo, Ivan Santos como extremo-direito e Márcio Tarrafa a fazer dupla com Rodrigo Fuska no meio-campo, ligeiramente à frente de Bruno Monteiro. E a verdade é que, apesar do natural desânimo com o resultado e que o passar do tempo acentuava, o Boavista arrancou, nos vinte minutos finais, para o seu melhor período no encontro, graças à nova dinâmica trazida por Ivan e Márcio. A equipa passou a jogar de forma mais organizada também (tendo os dois extremos mais fixos no seu flanco) e, canalizando o jogo por ambos os flancos, conseguiu, finalmente, construir jogadas coerentes e situações de penetração na área, faltando, no entanto, maior discernimento na hora do último passe e do cruzamento. Acabou, todavia, por ser demasiado tardia a reacção da equipa, fazendo, quando o tempo escasseava, aquilo que deveria ter começado a produzir desde o início. O anti-jogo por parte dos jogadores do Freamunde, com perdas de tempo excessivas, para as quais os três minutos de compensação dados pelo árbitro Paulo Costa foram, claramente, muito curtos, também acabou por dificultar, ainda mais, uma tarefa que já era quase impossível. O jogo terminava com o 2-0 no marcador, que, ainda assim, não demoveu os muitos boavisteiros presentes em Freamunde (sempre inexcedíveis no seu apoio) de, novamente, aplaudirem a equipa, mostrando, apesar de tudo, que estão com ela até ao fim da época. E que, naturalmente, acreditam que este momento negativo pode acabar já no próximo jogo, em casa contra a União de Leiria (próximo domingo às 15 horas). Um jogo no qual pedimos aos boavisteiros que compareçam em grande número, como tendo acontecido, dando mais uma prova inequívoca de que este clube é grande não só no seu palmarés, como também na gente que o segue.
 
_____________________________
 
 
SC Freamunde 2 - Boavista FC 0
(Nelson, aos 19 min; Bock, aos 57 min)
 
 
Onze Inicial 
79 Sérgio Leite
77 Diogo Fernandes
3 Renato Santos
4 Bruno Pinheiro
7 Gilberto
18 Rodrigo Fuska
27 Bruno Monteiro
23 Rui Lima
80 Adriano
9 João Tomás
19 Sidnei
 
Suplentes
1 Pedro Trigueira
10 Ivan Santos
13 Zâmbia
14 Benvindo
15 François
26 Djibril Djaló
35 Márcio Tarrafa
 
Disciplina – cartões amarelos
Bruno Monteiro, aos 22 min
Bruno Pinheiro, aos 30 min
Diogo Fernandes, aos 44 min
João Tomás, aos 78 min
 
Substituições
Adriano por Márcio Tarrafa, aos 60 min
Diogo Fernandes por Ivan Santos, aos 70 min
 

 



publicado por pjmcs às 16:31
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