Domingo, 19 de Outubro de 2008
BOAVISTA FC 1 - 0 LOUSADA

O Boavista apurou-se para a IV eliminatória da Taça de Portugal ao derrotar em casa o Lousada com um golo sem resposta. Rui Lima, aos 35 minutos, protagonizou o momento alto da partida, com um excelente remate de meia-distância que bateu o guarda-redes lousadense.


Para o duelo desta III eliminatória da Taça, Rui Bento manteve o 4-3-3, mas efectuou duas alterações na equipa, isto tendo como ponto de comparação o último encontro da Liga, em Olhão. Pedro Trigueira e Michel, depois das boas actuações frente ao FC Porto, a meio da semana, entraram para a baliza e para o lado direito da defesa, respectivamente.


Os axadrezados entraram muito bem no jogo, mostrando cedo que o objectivo era marcar o mais rápido possível, dominando completamente as operações do encontro. Com um futebol jogado junto ao relvado, procurando circular a bola e abrir espaços pelas alas, o Boavista tentou diversificar o seu jogo, de modo a poder penetrar no último reduto de um adversário que se fechava no derradeiro terço do terreno e que só chegava à área boavisteira em lances de bola parada. Aos 8 minutos, um remate forte de Rui Lima, que levava “selo” de golo, é travado pela cabeça de um defensor da equipa do Lousada e, pouco depois, Sidnei, mais ou menos do mesmo sítio, obriga o guarda-redes contrário a uma defesa difícil para canto. Começava a justificar a vantagem o Boavista, jogando, como já se disse, um futebol muito agradável, com o tridente de meio-campo (que, na primeira parte, se apresentou muito forte na gestão e na circulação da bola) a municiar as faixas (sendo que Rui Lima tinha mais liberdade para subir e para descair, por vezes, para a esquerda), a esquerda com Sidnei apoiado por Gilberto e a direita, essencialmente, com o ofensivo Michel, já que Adriano flectia para o centro nas “costas” de João Tomás.


Aos 19 minutos, Sidnei, desta vez na direita, aproveita uma distracção da defesa do Lousada, na sequência de um lançamento, e, após entrar na área, remata ligeiramente ao lado, levando alguns adeptos a gritar golo.


E foi aos 35 minutos, pouco depois de uma entrada duríssima sem bola de Hélder Cavino sobre Sidnei, que merecia mais que o cartão amarelo que foi exibido, que Rui Lima faz o primeiro e único tento da partida, num remate de fora da área, após passe de Gilberto. Um golo que colocava justiça no marcador, a premiar a única equipa que tinha, até então, procurado alterar o resultado. O Boavista, até ao final do primeiro tempo, continuava a pressionar, mantendo a mesma toada de futebol rendilhado e pelo chão, mas acabava por não ser eficaz no último passe, pelo que o intervalo chegou com o 1-0 no marcador.


A segunda parte começou numa toada mais morna, que acabou por se manter até aos 10 minutos finais. Dois livres em posição frontal, logo a abrir, a penalizar faltas que… não existiram, ajudaram o Lousada a crescer um pouco, obrigando o Boavista a jogar de forma mais cautelosa. Os cartões amarelos a Jorge Silva e Michel, que não se justificavam (atendendo, ainda para mais, a que lances semelhantes no primeiro tempo, protagonizados por defesas do Lousada, não tiveram a mesma acção disciplinar), também contribuíram para isso. Ainda assim, o Boavista mostrou organização a defender, ocupando bem os espaços e fechando as linhas de passe ao adversário. A diferença, relativamente à primeira parte, esteve nos momentos em que a equipa tinha o esférico em sua posse, acabando por arriscar pouco nos passes feitos pela zona central. Michel, dado que Adriano funcionava como um segundo ponta-de-lança, esteve menos ofensivo, dado que o Lousada colocava dois homens no seu flanco (não quis arriscar e… fez bem), fazendo, assim, com que a equipa tivesse menos profundidade e tivesse que canalizar o seu jogo ofensivo pela ala esquerda. Mesmo assim, apesar de praticar um futebol muito menos vistoso, pode dizer-se que a equipa foi inteligente na forma como geria o jogo, dado que a vantagem no marcador era sua e era ao adversário quem competia arriscar. Aos 68 minutos, Rui Bento mexia pela primeira vez, ao substituir João Tomás por Márcio Tarrafa. Abdicava, desta forma, de um elemento mais fixo entre os centrais, para ganhar mais mobilidade e capacidade de jogar com o meio-campo na zona central (onde Adriano se fixava em definitivo), entrando Márcio Tarrafa para o lado direito do ataque. E a verdade é que a equipa conseguia, com estas mudanças, ganhar maior capacidade para confundir as marcações do adversário, o que resultava em mais espaços, não obstante deixar de ter, a “tempo inteiro”, uma referência constante entre os centrais adversários. Pouco depois, o Boavista construía a jogada de maior perigo, até à altura, no segundo tempo, com Sidnei, quando o lance parecia perdido, a ganhar em velocidade ao lateral-direito do Lousada e a penetrar na área, endossando a bola a Adriano, que chega ligeiramente mais cedo que a bola, não conseguindo efectuar o remate nas melhores condições. Ainda assim, o Boavista mostrava que estava melhor e que queria chegar ao segundo golo.


Aos 82 minutos, Rui Bento rende os esgotados Sidnei e Pedro Moreira, entrando Fuska e François. Rui Lima passou para extremo-esquerdo, Bruno Monteiro adiantou-se para médio-interior do mesmo lado, Fuska surge como médio-interior direito, mas mais adiantado que Bruno e com responsabilidades de pegar no jogo, e François aparece como médio mais recuado. Apesar do susto que apanhou aos 85 minutos (remate ao poste da baliza de Trigueira, na sequência de um livre em cima da área, num lance a castigar mais uma falta inexistente: Jorge Silva jogou apenas e só a bola), o Boavista, com um meio-campo mais fresco, mostrava maior capacidade para mexer no jogo, não conseguindo, no entanto, o segundo golo (que daria uma dimensão mais ajustada ao resultado) porque, simplesmente, a sorte não esteve do seu lado. Aos 89 minutos, Rui Lima cruza da esquerda para o segundo poste, onde aparece Márcio Tarrafa a cabecear à barra. O brasileiro oriundo do Sousa FC consegue chegar ao esférico para a recarga, mas, claramente agarrado por um defensor lousadense (grande penalidade que ficou por marcar), cabeceou para defesa complicada do guarda-redes contrário. Pouco depois, Fuska, na direita, com um excelente remate, obriga o guardião do Lousada à defesa da tarde. Na sequência do canto, novamente centro para o segundo poste e novamente cabeceamento à barra, desta feita por intermédio de François. O jogo acabou cerca de 2 minutos depois, com uma vitória justa do Boavista, num encontro marcado por uma primeira parte de alto nível e por um segundo tempo menos vistoso, exceptuando os minutos finais, nos quais o BFC justificou o 2-0.



publicado por pjmcs às 21:04
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