Domingo, 9 de Novembro de 2008
BOAVISTA FC 0 - 2 GUIMARÃES

O Boavista perdeu no Bessa com o Guimarães por duas bolas a zero, encerrando, assim, a participação na Taça de Portugal desta época. Trata-se de um resultado extremamente injusto, penalizando a equipa que teve mais oportunidades de golo e que durante mais tempo dominou o jogo. Destaque, além da boa exibição dos axadrezados, para o apoio incessante dos adeptos boavisteiros, do primeiro ao último minuto, mostrando, uma vez mais, que a grandeza deste clube está não só no seu palmarés rico, como também em quem o segue.


Para o encontro inaugural da IV eliminatória da Taça, Rui Bento manteve o tradicional 4-3-3, com algumas alterações relativamente à deslocação a Santa Maria da Feira, a começar na baliza, onde Pedro Trigueira (à semelhança do que havia acontecido no anterior duelo para a Taça, com o Lousada) assumiu a titularidade. Na defesa, Bruno Pinheiro e Diogo Fernandes renderam Jorge Silva (lesionado) e Michel, respectivamente, no centro e no lado direito da defesa. De resto, tudo igual aos últimos encontros, mas com uma pequena nuance: os dois extremos trocaram um com o outro, jogando Adriano quase sempre na esquerda e Sidnei quase sempre na direita.


O encontro entre o 9.º e o 3.º classificado no principal campeonato da temporada transacta começou com um Boavista forte, desinibido e pressionante, surpreendo um Guimarães que pouco mais podia fazer que tentar fechar-se no seu último terço e aliviar de qualquer forma o esférico. Com transições rápidas para o ataque, quer através de passes dos dois centrais, quer através de iniciativas pelas alas (e, nesse aspecto, Gilberto e Diogo Fernandes foram preciosos apoios aos extremos), contando, também, com o dinamismo dos dois médios mais ofensivos, Rui Lima e Pedro Moreira, o Boavista crescia minuto atrás de minuto, chegando, inclusive, a empolgar os seus adeptos com o bom futebol produzido e, obviamente, com as ocasiões de golo construídas. O Guimarães procurava responder com lançamentos longos para o ataque, apostando no poderio físico da sua linha avançada, mas, fora uma situação de cruzamento, pouco conseguiu fazer. O Boavista, por seu lado, mostrava classe, logo desde o sector defensivo (em que os seus jogadores procuravam sair a jogar com consistência desde zonas recuadas, ao invés de despacharem a bola de qualquer maneira), e, nos 20 minutos finais do primeiro tempo, pode até dizer-se que massacrou a formação minhota. A sorte, contudo, nada queria com o Boavista, dado que criou as oportunidades de golo que, em princípio, deveriam ser suficientes para construir uma vantagem, por que não dizê-lo, confortável. João Tomás, com um espectacular golpe de cabeça após livre na direita de Diogo Fernandes, Adriano, que por pouco não conseguiu o desvio quando se isolou perante Nilson (após assistência de cabeça de João Tomás), e Sidnei, que, fazendo uso da sua velocidade, penetrou na área e rematou ligeiramente ao lado, tiveram pertíssimo de abrir o marcador e levar o Bessa ao delírio. O intervalo chegava com um tremendo sabor a injustiça, dado o avassalador caudal ofensivo dos axadrezados.


A segunda metade da partida começou com muito maior equilíbrio, com alguns passes falhados de parte a parte e, talvez em consequência disso, uma maior aposta, por parte do Boavista, em saídas rápidas para o ataque com lançamentos mais longos, de forma a apostar na velocidade dos extremos. O treinador dos minhotos, sensivelmente decorridos 10 minutos desde o reatamento, decidiu efectuar alterações na equipa, aproveitando a primeira substituição do desafio, passando a jogar com dois homens na frente. Esta mudança coincidiu com o período (único) em que o Guimarães esteve mais forte no jogo, pressionando mais o Boavista e ganhando mais bolas em zonas avançadas do terreno. Esse período culminou no primeiro tento do encontro, na sequência de um canto, com Gregory, com muita felicidade à mistura (e fica a dúvida sobre se Pedro Trigueira não sofreu uma carga faltosa do defesa vimaranense), a cabecear para o fundo das redes. Apesar de ser a melhor fase dos visitantes no encontro, a verdade é que o golo surgiu no primeiro remate perigoso que os minhotos fizeram.


A equipa do Boavista, no entanto, reagiu muito bem ao golo sofrido e voltou a pegar no jogo. E a verdade é que, quase de seguida, na sequência de um livre na esquerda cobrado por Rui Lima, Renato Santos cabeceou à barra. A prova, se tal fosse preciso, que o Boavista criava o maior número de oportunidades, mas era o Guimarães quem acabava por concretizar.


Aproveitando o recuo do Guimarães, novamente a jogar em contra-ataque, Diogo Fernandes surgia, na direita, praticamente com um segundo extremo-direito, permitindo a Sidnei aparecer em diagonais no apoio directo a João Tomás.


Contudo, aos 77 minutos, o Boavista sofreu o 0-2, por intermédio de Fajardo, num lance em que a equipa forasteira acabou por, de uma forma quase cínica, por praticamente resolver uma eliminatória que não mereceu, de todo, passar.


Rui Bento, ainda assim, procurou mostrar à equipa que discutir o jogo ainda era possível, ao lançar, de uma só vez, dois jogadores, logo a seguir ao segundo tento minhoto. Entraram Fuska e Márcio Tarrafa para os lugares dos esgotados Rui Lima e Pedro Moreira, numa tentativa clara de, nos derradeiros fôlegos da partida, refrescar o meio-campo e, com isso, conseguir um caudal ofensivo que ainda permitisse alentar esperanças no prolongamento. E a verdade é que Márcio Tarrafa, numa das primeiras ocasiões em que teve a bola nos pés, protagonizou um dos mais bonitos lances do encontro, ao fintar três opositores, rematando para defesa difícil de Nilson, após penetrar na grande área.


Sem mais lances de grande destaque até final, apesar de o Boavista nunca ter baixado os braços e deixado de lugar, o encontro terminou com o 0-2 no marcador, ganhando a equipa que menos justificou e mais sofreu. Sublinhando a bravura e a irreverência da equipa, que jogou completamente descomplexada, os adeptos boavisteiros brindaram os seus jogadores com uma fantástica ovação, ao som de um arrepiante “Boavista! Boavista!”. Porque o azar não castiga sempre aqueles que merecem o sucesso, esta actuação da equipa faz-nos todos acreditar que o futuro, no campeonato, poderá ser risonho. Muito risonho.


O próximo jogo é, novamente, no Estádio do Bessa Século XXI, diante do Beira-Mar, pelas 15 horas. Contamos com o excelente apoio que a massa associativa tem dado a esta equipa, de modo a que o público seja o 12.º jogador em mais uma batalha rumo à Primeira Liga.



publicado por pjmcs às 10:28
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