Domingo, 28 de Setembro de 2008
Boavista FC 1 - 1 D. Aves

O Boavista empatou em casa frente ao Desportivo das Aves a uma bola, não conseguindo, assim, ascender ao primeiro lugar da classificação. Numa boa partida de futebol, num Estádio do Bessa Século XXI com uma excelente moldura humana, faltou aos axadrezados a pontinha de sorte necessária para resolver o encontro quando se encontrava em vantagem, além da infelicidade no lance do tento da igualdade, numa altura em que o Boavista dominava e controlava.

Rui Bento voltou a montar a equipa num 4-3-3, com uma única alteração relativamente à vitória em Portimão: entrou João Tomás para o lugar de Ivan Santos, passando Adriano para o lado direito do ataque. Desta forma, o Boavista apresentava-se com Sérgio Leite na baliza; defesa com Renato Santos e Jorge Silva no eixo, Gilberto na esquerda e Bruno Pinheiro na direita; meio-campo com Bruno Monteiro como elemento mais defensivo (com a responsabilidade de “varrer” a zona entre os sectores defensivo e intermediário), Pedro Moreira descaído para a direita e Rui Lima mais sobre a esquerda (embora com mais liberdade para subir por esse flanco e para organizar o jogo ofensivo da equipa); ataque com Adriano e Sidnei com a responsabilidade de servir o ponta-de-lança João Tomás.

O Aves entrou melhor no encontro, aproveitando o facto de o Boavista estar ainda a acertar as marcações. Sami, logo a abrir, aproveitou uma desconcentração defensiva do Boavista para rematar ao poste. Rapidamente, porém, os axadrezados tomaram conta da iniciativa do jogo, com os dois médios-interiores, Rui Lima e Pedro Moreira, a conseguirem boas aberturas para as faixas, principalmente pela esquerda, onde Sidnei (ou Adriano, em algumas situações) e Gilberto, muito ofensivo, criavam imensas dificuldades ao lateral-direito avense (que recorreu muitas vezes à falta, nem sempre assinaladas pelo árbitro). A formação forasteira apenas conseguia responder com contra-ataque lançados através de “balões” para o ataque, sem grandes sobressaltos, todavia, para o guarda-redes Sérgio Leite. O Boavista praticava um futebol positivo, com mais posse do esférico e boa circulação do mesmo, mas pecava no último passe e no capítulo dos cruzamentos. Era, no entanto, uma questão de tempo até surgir o golo dos alvi-negros. Foi aos 38 minutos. Livre na esquerda cobrado por Gilberto, a bola é rechaçada pela defesa avense e sobra para Bruno Monteiro, que encontra num adversário a oposição para o remate. No entanto, Rui Lima consegue recuperar o esférico e, com um tiro colocadíssimo, obtém um golo de belo efeito, levando à explosão de alegria da massa associativa boavisteira.

O tento galvanizou a equipa, que, aos 42 minutos, teve uma soberana ocasião para ampliar a diferença no marcador, e, porque não, praticamente sentenciar o jogo, numa das melhores jogadas da partida. Rui Lima combina com Gilberto na esquerda e consegue ganhar a linha de fundo para centar ao segundo poste, onde surge João Tomás, que, num cabeceamento de cima para baixo, falha o golo por milímetros. O intervalo chegava pouco depois, para azar do Boavista, já que a toada com que terminou a primeira parte revelava-se verdadeiramente asfixiante para o Aves, com o 2-0 mais próximo que o 1-1.

No reatar da partida, o Boavista mantinha o domínio do encontro, agora jogando mais pela direita, onde Adriano criava alguns desequilíbrios. Aliás, foi do pé direito do brasileiro que saiu um cruzamento perigoso, da linha de fundo, que João Tomás por pouco não conseguiu emendar. Destaque, também, para uma obstrução a Adriano, mesmo em cima da grande área, que ficou por marcar e que, com toda a certeza, resultaria num livre perigoso.

Aos 63 minutos, Rui Bento operava as primeiras mudanças na equipa, com uma dupla substituição: saíam os dois extremos, Sidnei e Adriano, rendidos por Rodrigo Fuska e Diogo Fernandes. Neste último caso, a intenção passava por dar maior solidez em termos defensivos à faixa direita, com Diogo Fernandes a auxiliar Bruno Pinheiro a fechar o flanco, onde o Aves era mais perigoso. No entanto, aos 66 minutos, quando nada o fazia prever e completamente contra a corrente do jogo, o Aves chegava ao empate. O número 15 Robert penetra pela esquerda, combina na grande área com o avançado Rui Miguel (número 9) e, perante Sérgio Leite, acaba por fazer o 1-1, num lance em que o guardião axadrezado por pouco não conseguia evitar o golo. Mas o Boavista respondeu logo de seguida, no lance mais polémico da partida: Diogo Fernandes consegue furar pela direita e só é parado em falta no interior da grande área. Para surpresa geral do público nas bancadas, o árbitro, ao invés de assinalar, como se impunha, grande penalidade, acaba por marcar um livre indirecto, quando a falta que foi feita pelo jogador da equipa visitante justificava, claramente, um livre directo, o que dentro da grande área equivale a “penalty”.

Com todas estas peripécias, a equipa do Boavista passou por um período de 10 a 15 minutos de algum nervosismo e precipitação, que o Aves, todavia, abdicou de tentar aproveitar, preferindo defender o empate. Aos 73 minutos, Rui Bento lançou Ivan Santos para o lugar do lesionado Pedro Moreira, passando Diogo Fernandes para médio-interior direito, sendo Ivan e Rodrigo Fuska os dois extremos. Na defesa, Gilberto trocou de flanco com Bruno Pinheiro. Com todas estas mudanças, o Boavista reequilibrou-se e, nos últimos fôlegos do encontro, voltou a pressionar, faltando, contudo, o discernimento e, sobretudo, o espaço para chegar ao tão almejado golo.

A igualdade acabou por não sofrer alterações até final (após apenas três minutos de compensação… claramente escassos para as paragens que houve no jogo). Apesar do empate, a equipa do Boavista saiu do campo ao som de uma (justa) ovação por parte dos seus adeptos, que, além de estarem em muito bom número (quem, vindo de fora, olhasse para as bancadas e para a qualidade do encontro não acreditaria que se tratava de um jogo da 2.ª Liga, mas, sim da 1.ª), apoiaram sempre a equipa. O jogo de hoje soube a alguma frustração devido ao resultado final, mas mostrou, de qualquer forma, que estes jogadores têm capacidade para dar alegrias aos boavsteiros e honrar a camisola deste grande clube, domingo após domingo. Ao fim desta 4.ª jornada, o Boavista, com 7 pontos, faz parte do grupo de quatro equipas que ocupa o 3.º lugar (Varzim, Feirense e Freamunde são as outras formações), a um ponto da dupla que lidera e ocupa os lugares de subida, Santa Clara e Aves.



publicado por pjmcs às 20:17
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