O Boavista regressou às vitórias na II Liga (repetindo o resultado do último fim-de-semana, na Taça), ao bater a Oliveireinse por uma bola a zero. Num Estádio do Bessa, uma vez mais, muito bem composto de público, Sidnei, aos 4 minutos, fixou o resultado final.
Para o duelo frente à turma de Oliveira de Azeméis, Rui Bento apenas efectuou uma alteração relativamente ao triunfo frente ao Lousada, trocando o guarda-redes (entrou Sérgio Leite para o lugar de Trigueira). De resto, o 4-3-3 habitual, com Rui Lima e Pedro Moreira, os médios-interiores, a terem a função de gizar os lances de ataque do Boavista.
Começou bem o Boavista, fortemente apoiado pelos seus adeptos, e numa jogada muito bem construída, pela esquerda: Rui Lima, como é seu timbre, é oportuno a ocupar o espaço vazio neste flanco, coloca em Pedro Moreira, que, com um excelente passe a rasgar, desmarca Sidnei que, cara-a-cara com o guardião Jorge Silva, não perdoa e faz o primeiro e único tento do encontro. Aliás, foi, essencialmente, pela ala esquerda que o BFC continua a colocar o adversário “em sentido”, com um Gilberto extremamente ofensivo e um Sidnei irrequieto, apoiados por Rui Lima. A Oliveirense, por seu turno, apostando numa transição rápida para o ataque (baseada em lançamentos longos), apenas chegava à área axadrezada através de lances de bola parada que resultavam em cruzamentos. No entanto, a defesa do Boavista e o guarda-redes Sérgio Leite conseguiam, com maior ou menor dificuldade, evitar que a Oliveirense criasse perigo.
Após uns 15/20 minutos em que o Boavista surgiu mais pressionante e a praticar um futebol rápido e com boa circulação de bola (explorando bem, como já dito, a faixa canhota), o jogo entrou numa fase de alguma indefinição, com muitos passes falhados e alguma precipitação nas saídas para o ataque. Ainda assim, era à Oliveirense quem, obviamente, competia tentar mudar o rumo do encontro.
No entanto, nos minutos finais, o Boavista (re)surgiu mais forte, tendo, inclusive, uma soberana ocasião para ampliar o marcador. João Tomás (muito castigado por faltas, muitas das quais sem terem sido, sequer, assinaladas) pressiona o lateral-direito contrário e recupera o esférico, coloca em Sidnei, que, após uma excelente combinação com Rui Lima, consegue ganhar a linha de fundo para tirar um cruzamento para o “coração” da área, onde João Tomás, já em desequilíbrio, cabeceia para as mãos de Jorge Silva. A primeira parte terminava pouco depois, com uma vantagem justa no marcador e a sensação de que o BFC tinha o jogo completamente controlado.
A etapa complementar do desafio, porém, acabou por ficar marcada, de certa forma, pela actuação infeliz da equipa de arbitragem. Muitas faltas, quer no meio-campo oliveirense, quer no axadrezado, que ficaram por marcar a favorecer o Boavista e algum excesso de zelo sempre que os jogadores do BFC disputavam de forma mais viril os lances. A Oliveirense, ao colocar dois homens fortes fisicamente na área boavisteira, apostava nos lançamentos longos logo desde o sector defensivo para tentar colocar alguma pressão no último reduto do Boavista e, através de um ressalto ou uma segunda bola, procurar surpreender no ensejo de alcançar o empate. No entanto, a única oportunidade de golo aconteceu no final do primeiro quarto-de-hora do segundo tempo, quando um atacante forasteiro surgiu isolado perante Sérgio Leite, que, todavia, conseguiu travar o remate.
Aos 66 minutos, Rui Bento operou a primeira alteração na equipa, mudando o lateral-direito: saiu Michel para entrar Diogo Fernandes. Logo a seguir, mais duas substituições, lançando François e Fuska, que renderam Sidnei e João Tomás. Com estas trocas, o treinador do Boavista pretendeu dar maior solidez e coesão à equipa, de modo a fechar as linhas de passe ao adversário e, sobretudo, dar maior capacidade na “luta” pelas segundas bolas. E a verdade é que foi bem sucedido nesses objectivos. Adriano passou a ser a referência ofensiva da equipa, jogando numa posição mais central, Rui Lima passou para extremo-esquerdo e Fuska jogava como “falso” extremo-direito, auxiliando Diogo Fernandes a fechar esse flanco. François entrou para médio mais recuado (apostando Rui Bento na sua elevada estatura para impedir que os avançados e médios oliveirenses recebessem as bolas enviadas pelo ar a partir da defesa), subindo Bruno Monteiro para médio-interior esquerdo (poupando-se, assim, do risco de um eventual segundo cartão amarelo) e soltando Pedro Moreira para funções mais ofensivas e de “pressing” aos defesas contrários. E o que é certo é que a Oliveirense, a partir daí, pouco ameaçou a baliza à guarda de Sérgio Leite, pelo que o jogo, nesses 20/25 minutos finais, teve poucas situações de grande destaque. Nos minutos finais, o público boavisteiro, apercebendo-se da importância que poderia ter o seu apoio na fase decisiva do encontro, não se cansou de incentivar a equipa e, assim, impulsionou-a para um último esforço, na tentativa de segurar a vitória. O apito final acabou por chegar e os três pontos, efectivamente, acabaram por ficar no Estádio do Bessa Século XXI. Com este triunfo, o terceiro no campeonato e o quinto em jogos oficiais, o Boavista igualou o Santa Clara e o Sporting da Covilhã no topo da tabela classificativa, com 11 pontos. Na próxima jornada (domingo, às 11h 15min da manhã), a formação às ordens de Rui Bento desloca-se a Santa Maria da Feira, para defrontar o Feirense, que somou até ao momento 8 pontos. Tal como aconteceu, por exemplo, na deslocação ao terreno do Varzim, apelamos à família boavisteira que compareça em muito bom número no Estádio Marcolino de Castro, para apoiar esta equipa rumo à Primeira Liga.
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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