Os "onzes" prováveis são:
Leixões - Beto; Filipe Oliveira, Nuno Silva, Élvis e Ezequias; Pedro Cervantes, Bruno China e Hugo Morais; Jorge Gonçalves, Roberto e Diogo Valente
Treinador: Carlos Brito
Boavista - Peter Jehle; Gilberto; Ricardo Silva, Marcelão e Brayan Angulo; Fleurival, Luís Loureiro e Jorge Ribeiro; Laionel, Fary e Mateus
Treinador: Jaime Pacheco
Depois da importantíssima vitória da última jornada frente ao Paços de Ferreira, o Boavista volta a defrontar um rival directo na luta pela fuga à "zona perigosa" da classificação, num duelo em que, se ganharem, os "axadrezados" garantem, praticamente, a manutenção (e poderão, quem sabe, pensar em objectivos mais ambiciosos...). Será, obviamente, um "derby" do Grande Porto disputado com muita intensidade, depois do empate da primeira volta (num encontro com momentos de bom futebol e oportunidades de golo, mas acabou por não ter golos, num desfecho que, na altura, agradou, claro, muito mais aos visitantes). Agora, o BFC tem, a seu lado, o facto de ter encontrado maior estabilidade em termos de opções no "onze" titular (visto que, à 4.ª jornada, havia ainda poucos "automatismos" numa equipa boavisteira construída "aos poucos" durante o período de transferências; além de que, por exemplo, Jorge Ribeiro jogou a lateral-esquerdo, Peter Jehle sentou-se no "banco" de suplentes e Gajic e Bangoura - que já não fazem parte do plantel - foram titulares), enquanto que o Leixões, que já conseguiu surpreender em algumas ocasiões (nos empates na Luz e em casa com o Sporting e na goleada imposta, no Estádio do Mar, ao Braga), terá a pressão de saber que, se perder este encontro em casa, ficará numa situação bastante complicada em termos classificativos. Por outro lado, a formação leixonense tem a seu favor a motivação de receber, quase 20 anos depois, o Boavista no seu estádio, "ressuscitando" uma rivalidade antiga.
Para o desafio de hoje, ambos os treinadores (que se conhecem bem, dado que, no Rio Ave, Carlos Brito foi jogador de um Jaime Pacheco na fase inicial da sua carreira como treinador) deverão apostar no seu esquema táctico preferido: o 4-3-3. No BFC, ficam as dúvidas sobre quem jogará na posição mais recuada do meio-campo (Diakité tem sido o habitual titular, mas, frente ao Paços de Ferreira, a entrada de Luís Loureiro para o lugar do maliano - muito infeliz nesse encontro - permitiu estabilizar a equipa em termos defensivos), no lado esquerdo da defesa (Brayan Angulo esteve muito bem, na segunda parte frente aos pacenses, a lateral-esquerdo e pode ter "agarrado" o lugar na equipa, mas Pacheco poderá optar por uma solução mais conservadora, atribuindo essas funções a Moisés) e no ataque - se Laionel tem o lugar garantido face ao "hat-trick" da última ronda, Mateus ou Zé Kalanga, ambos regressados da CAN, um dos dois jogará no outro flanco (Zé Kalanga esteve muito mais em evidência do que Mateus na competição africana, mas regressou mais tarde ao trabalho com o plantel do BFC, o que poderá dar uma certa "vantagem" a Mateus), sendo que não é de descartar a possibilidade de jogarem os dois, surgindo Mateus no centro do ataque (relegando Fary para o "banco", numa intenção clara de tentar surpreender o Leixões com ataques rápidos).
Quanto ao Leixões, não há grandes dúvidas quando ao "onze" titular, mas o Boavista não pode deixar de ter em atenção que Carlos Brito poderá lançar, durante a partida, jogadores como Jaime e Vieirinha, que podem desequilibrar na fase final do encontro.
Para o encontro de logo à noite, o Boavista terá de procurar ser, em termos ofensivos, uma equipa mais próxima do que tem feito em casa (o BFC é um dos ataques mais concretizadores na condição de visitado - com 19 golos em 10 jogos - mas apenas tem dois tentos apontados em 8 encontros fora do seu estádio), evitando jogar com os sectores demasiado distantes e com fraca ligação como aconteceu frente ao Marítimo. Ganhar o meio-campo (procurando dar o mínimo de espaço a Paulo Machado, elemento fulcral na organização do jogo ofensivo leixonense) e dar alguma liberdade a Jorge Ribeiro, para que este possa lançar com qualidade o trio ofensivo da equipa, abrir espaços e, por vezes, ensaiar o remate, serão factores importantes para que o Boavista consiga dominar o jogo e criar situações de golo. Em termos defensivos, os "axadrezados" deverão apresentar maior coesão e solidez nas marcações (de modo a evitar sofrer golos de forma infantil como muitas vezes tem acontecido esta época), evitando que Roberto (ponta-de-lança fortíssimo no jogo aéreo) possa ser servido em boas condições. Atenção, também, à capacidade de Diogo Valente no remate e nos cruzamentos e às diagonais de Jorge Gonçalves (bastante rápido e evoluído tecnicamente e capaz de aparecer com perigo na grande área). Consiga o Boavista ser uma equipa sólida e, acima de tudo, personalizada e sem medo de assumir o jogo e poderá arrecadar a primeira vitória fora, num duelo de exigência e importância elevadíssimas.
FORÇA BOAVISTA!!!
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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