4 comentários:
De ma a 11 de Setembro de 2006 às 00:12
Parabéns pela excelente vitória. Têm aí uma equipa com uns jogadores estrangeiros de qualidade. Continuação de boa caminhada e parabéns pela dedicação a este bem elaborado blog.


De Julio Gonçalo a 12 de Setembro de 2006 às 00:25
Excelente analise. Força Boavista


De gUI a 12 de Setembro de 2006 às 22:18
a analise do jogo esta fantastica (quase como a exbição das nossas panteras) ams queria pedir ao sr. pjmcs, que sabe muito mais de tatica que a maioria dos leitores como e que se vai encaixar aqui aquele que para mim e a contratação mais significativa da epoca - RICARDO SOUSA - ele n tem caracteristicas para jogar no meio como o kazu..


De pjmcs a 13 de Setembro de 2006 às 13:19
A pergunta do Gui é muito pertinente. Apesar de não termos jogado com um "número 10" frente ao Benfica, conseguimos aliar à maior consistência no meio-campo conferida pelo facto de jogarmos com três centrocampistas "de trabalho" a uma capacidade de rápido desdobramento ofensivo dada, principalmente, pelos movimentos de aproximação à grande área feitos pelo Kaz. Além disso, o Zé Manel fez bastantes diagonais de apoio ao ponta-de-lança e o próprio Grzelak flectiu algumas vezes para zonas mais interiores para acrescentar criatividade ao meio-campo. Por isso, o Ricardo Sousa, neste momento, talvez não tenha lugar no "onze".
Agora, também é evidente que a maioria das equipas que vão jogar ao Bessa esta época (e o mesmo pode acontecer em alguns jogos fora) vai jogar muito mais fechada e com as linhas mais recuadas do que o Benfica no último sábado. Nessa perspectiva, é provável que seja necessário acrescentar maior capacidade criadora à equipa e maior "rasgo" individual com a entrada do Ricardo Sousa e/ou do Zairi. Penso que poderá haver duas formas de o encaixar. Na primeira, sai o Lucas e entra o Ricardo para médio-interior direito (o até poderá ser interessante para ele explorar o seu pé esquerdo para passes a rasgar e remates em jeito), tendo que apresentar maior capacidade de esforço, trabalho e recuperação de bola e maior disciplina táctica quando a equipa não tiver a bola. Com a bola na posse do Boavista, o Ricardo Sousa pode subir para jogar em zonas mais adiantadas. Foi mais ou menos isto que aconteceu nos 20 minutos iniciais da segunda parte com o Celta e, a meu ver, com relativo sucesso. A segunda hipótese (apenas equacionável, na minha opinião, quando jogarmos em casa com equipas com a linha do meio-campo muito recuada) será prescindir do médio mais defensivo (Tiago) e jogarmos com o Ricardo Sousa nas "costas" do trio ofensivo, com o Kaz e o Lucas a jogarem em "linha". Ou seja, seria um esquema de 4-2-3-1. Sairia o Tiago e não o Lucas, pois, para jogarmos nesse sistema, precisamos de dois médios que sejam "box-to-box", isto é, capazes de recuperar a bola, de pressionar o adversário e de lançar o ataque com rapidez. Recordo que, no ano passado, jogámos muitas vezes em 4-2-3-1 (de modo a que o João Pinto tivesse acção livre em campo), mas com o Lucas e o Tiago na linha média, o que era um erro, já que o Tiago é um médio vocacionado, claramente, para jogar à frente da defesa, sem ter a missão de distribuir jogo para o ataque.

Mas, acima de tudo, o importante é ter um meio-campo consistente, com a "força" e a disciplina táctica suficientes para dominarmos o jogo nesse sector do terreno, o que foi o que faltou à equipa no ano passado, sobretudo nos jogos com as equipas melhor classificadas (como o Nacional, o Benfica, o FC Porto). Agora, também reparei que, no sábado, os dois extremos deram um importante auxílio, quando a equipa não tinha a bola, aos dois médios-interiores, o que poderá viabilizar a utilização de um jogador que não gosta de ter grandes preocupações defensivas como é o Ricardo Sousa.

De qualquer forma, isto só mostra a variedade de soluções do nosso plantel esta época.

Saudações axadrezadas,

PJMCS


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