Boavista Carlos; Rui Duarte (Cafú, aos 36min), Hélder Rosário, Cadú e Areias; Tiago e Lucas; Manuel José, João Pinto (Paulo Jorge, aos 69min) e Diogo Valente (Guga, ao intervalo); Fary prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" />
Treinador: Carlos Brito
Nacional Diego Benaglio; Ávalos, Fernando Cardozo e Ricardo Fernandes; Patacas, Bruno (Dario Anic, aos 79min), Chainho e Alonso; Alexandre Goulart; Nuno Viveiros (André Pinto, aos 54min) e Miguelito
Treinador: Manuel Machado
O Boavista sofreu, ontem à noite, prefix = st1 ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:smarttags" />
Curiosamente, o BFC soube reagir ao golo sofrido e às adversidades que se seguiram (o remate de Diogo Valente ao poste, que, depois, bateu no pé de Diego Benaglio, e o penalty falhado por Fary são os exemplos mais flagrantes), mostrando alguns momentos de futebol bastante razoável no sector ofensivo. Jogadores como João Pinto, Fary (apesar da grande penalidade desperdiçada) e Cafú (que entrou perto do final da primeira parte) tudo fizeram para inverter o rumo dos acontecimentos.
Todavia, uma equipa de futebol não pode mostrar, apenas, qualidade quando dispõe da posse de bola nas imediações da grande área adversária. Por outras palavras, o Boavista foi uma formação demasiado desorganizada nas situações em que o Nacional conseguia circular o esférico no meio-campo defensivo dos axadrezados. Os dois médios (Lucas e Tiago) revelaram-se excessivamente curtos para o maior poderio madeirense no sector intermediário, não sabendo, autenticamente, o que fazer quando tinham por missão fazer a transposição do jogo boavisteiro para o ataque. Um problema que se arrasta dos últimos encontros (mas que já se havia verificado em algumas partidas fora de casa, no início da temporada), sem que sejam operadas mudanças pela equipa técnica... Quanto à defesa, podemos afirmar que Carlos acabou por ser vítima da falta de rigor nas marcações e de tempo de entrada à bola (o primeiro golo do Nacional,
É evidente, todavia, que o Nacional foi extremamente feliz. Inaugurou o marcador quando o encontro se encontrava numa fase precoce, de completa indefinição, e fez o 0-2 num período em que o Boavista dominava claramente e estava pertíssimo do empate. No entanto, uma equipa que perde 0-3 no seu próprio estádio não pode queixar-se, somente, da infelicidade na hora de marcar...
Além disso, as entradas de Cafú, Guga e Paulo Jorge, jogadores que até trouxeram maior acutilância ao sector ofensivo axadrezados, revelaram-se algo tardias. Cafú deveria ter sido lançado logo após o primeiro golo, Guga deveria ter rendido o, uma vez mais, desinspirado Diogo Valente (que, fora o remate ao poste, pouco mais produziu) antes do intervalo e Paulo Jorge até poderia ter sido titular e, entrando no jogo, nunca deveria ter sido para o lugar de JVP, que, como já foi referido, foi um dos poucos axadrezados que tudo fez para remar contra a maré.
Para finalizar esta análise resta dizer o seguinte: sem colocar, minimamente, em causa o lugar de Carlos Brito enquanto treinador do BFC (até porque a sua chegada ao Estádio do Bessa Século XXI trouxe maior alegria ao futebol ofensivo da Pantera, com jogadores como João Pinto a renderem, incomparavelmente, mais do que na época passada), existem aspectos importantíssimos relativamente aos quais urge operar mudanças significativas. Com o BFC a utilizar, no onze, um futebolista como João Pinto (que gosta de jogar nas costas do ponta-de-lança, sem grandes preocupações defensivas), é necessário um meio-campo extremamente forte e consistente, mas, igualmente, com capacidade para sair a jogar e distribuir jogo com grande qualidade. Das duas uma: ou ocorre a substituição de um ou dois médios por outro(s) mais rigorosos tacticamente e com maior visão de jogo e segurança no passe ou é realizada uma mudança de sistema táctico, com um reforço (acrescentando mais um homem) do meio-campo, talvez com um futebolista capaz de organizar jogo, retirando, assim, tantas responsabilidades a Lucas (que tem, actualmente, de desdobrar-se entre as sempre árduas tarefas de recuperar bolas e fazer compensações no sector defensivo e a distribuição de jogo em zonas mais adiantadas no terreno). Além disso, como é óbvio, a defesa precisa de uma remodelação. A dupla de centrais, que se mantém praticamente inalterada durante toda a primeira volta, voltou, ontem, a mostrar, apesar de, nos encontros anteriores (contra Benfica e Guimarães), até se ter exibido em bom plano, tudo o que de negativo protagonizou nas primeiras jornadas desta Liga, o que já valeu a perda, desnecessária, de alguns pontos preciosos. O Boavista é uma equipa que sofre demasiados tentos, falhando, por vezes de forma incompreensível, nas marcações. E centrais como Ricardo Silva (muito experiente e fortíssimo no jogo aéreo) e Cissé (que mostrou muita qualidade durante a pré-época) pouquíssimas oportunidades tiveram.
Em suma, tratam-se de problemas e questões sobre os quais a equipa técnica liderada por Carlos Brito tem de se debruçar, aproveitando a paragem do campeonato face à quadra natalícia, a fim de que, nas 18 jornadas que faltam disputar, o Boavista recupere os pontos que tem de desvantagem em relação às equipas que ocupam os lugares europeus, saindo do desagradável 7.º lugar em que, actualmente, se encontra.
Sp. CovilhãxBoavista
(25/01; 16:00) - 15.ª Jornada
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